segunda-feira, 24 de maio de 2010

«Refundação» do Galo Negro está novamente a ser ventilada

Com todos os ingredientes: mudança de nome e símbolos do partido
Fonte: Semanário Angolense
 
Observadores acreditam que esse será o desenlace caso a organização do Galo Negro não ultrapasse rapidamente a crise de liderança por que está a passar.
 
Em boa verdade, não e a primeira vez que o assunto vem a baila. Mas, nestes dias em que o debate em torno de uma liderança mais eficaz para a UNITA corre em surdina, esta novamente a ventilar-se um outro aspecto do mesmo problema. Trata-se da «refundação»


da UNITA, uma ideia que consistiria basicamente numa mudança radical do nome do partido e, subsequentemente, na escolha de novos símbolos. Alguns observadores acreditam que esse sera fatalmente o desenlace, caso a organização do Galo Negro não consiga encontrar solução satisfatória para a crise de liderança em que mergulhou, e que acabou por fracciona-la em duas alas. Ela tem ate ao próximo congresso, que tem sido adiado pela ala do actual presidente, Isaias Samakuva, para dar uma solução ao problema. Seja como for, ao que apurou o Semanário Angolense, a refundação e uma ideia que algumas chancelarias internacionais estão a encarar como uma «saída airosa» para devolver o vigor politico que a UNITA já teve e, na mesma esteira, revitalizar a oposição ao poder do MPLA, que governando

praticamente a seu bel-prazer não tem tido a eficácia que teria se contasse com um oponente mais forte.

Segundo a proposta que vem de fora, para a sobrevivência da UNITA, a sua refundação implicaria uma profunda reestruturação da organização. Algo que passaria mesmo por uma mudança de sigla e símbolos. Destrocando a tese que emerge, os actuais dirigentes da UNITA deveriam ter a coragem de criar uma nova organização politica, por ser entendimento de que os seus actuais símbolos e sigla transportam consigo uma enorme carga negativa, que

esta também na base do seu actual descarrilamento.

Esta imagem negativa perdurou no tempo e foi responsável para que mesmo depois de terminado o conflito militar, o partido tenha continuado associado ao que de pior se havia passado durante a guerra.

Para os defensores desta tese, já não importa que muita dessa imagem negativa assacada a UNITA decorra igualmente – para não dizer em grande medida – de uma porfiada campanha de diabolizacão que lhe foi movida pelo seu arqui-rival no poder, o MPLA. Os resultados e que contam: grande parte do eleitorado abomina a sigla UNITA e tem dificuldade de aceitar

os seus símbolos.

Trata-se de um raciocínio que terá menos a ver com a sociologia politica, inspirando-se mais em conceitos de marketing político. Nesta ordem de ideias, a UNITA seria vista como um produto em falência, que para sobreviver teria de mudar quase tudo: rotulo, marca e, ate, o conteúdo, se necessário for. Vários dirigentes de topo da UNITA tem sido, informalmente, abordados e confrontados com a ideia, seja no interior como fora do pais. Esta verificado,

por exemplo, que um dos primeiros a serem abordados num tal sentido foi Domingos Jardo Muekalia, que reside na capital dos Estados Unidos da América, em Washington. Mas o caso mais fresco foi o de Adelino Antonio, um antigo deputado do Galo Negro que há coisa de dias foi chamado para um «meeting» na embaixada de um pais ocidental em Luanda, cuja identidade as fontes deste jornal escusaram-se a mencionar. Mal saiu do referido contacto,

Adelino Antonio, que esta praticamente incompatibilizado com Isaias Samakuva, tratou de dar conta do facto a vários outros dirigentes da UNITA.

Israel quis vender armas nucleares à África do Sul, diz jornal

Esta é a primeira documentação oficial citando arsenal nuclear israelense.
Fonte: G1, em São Paulo
Documentos secretos da África do Sul obtidos pelo jornal britânico "The Guardian"' mostram que agentes de Israel tentaram vender armas nucleares ao país africano.
Os documentos são minutas de reuniões realizadas em 1975 entre o ministro da Defesa da África do Sul, PW Botha, e sua contraparte israelense, Shimon Peres, hoje presidente de Israel. Quando perguntado sobre mísseis do arsenal israelense, Peres responde dizendo que é possível obtê-los "em três tamanhos diferentes".
Obtidos pelo acadêmico americano Sasha Polakow-Suransky, os documentos são a primeira fonte oficial a citar as armas nucleares de Israel. As reuniões de 1975 chegaram a gerar um acordo de cooperação militar secreto entre os dois países, informam os documentos.

No livro "The unspoken alliance: Israel's secret alliance with apartheid South Africa" ("A aliança silenciaosa: a aliança secreta de Israel com a África do Sul do apartheid"), que será lançado nesta semana nos EUA, Polakow-Suransky afirma que o governo israelense negociou mísseis "Jericho", capazes de carregar ogivas nucleares, com a África do Sul.
Segundo o autor, Israel tentou impedir o governo sul-africano de divulgar os documentos. "O ministro da Defesa israelense tentou bloquear meu acesso ao acordo secreto, alegando que isso era material sensível, especialmente pela data e por causa de quem o assiinou", contou Polakow-Suransky. "Os sul-africanos pareceram não se importar tanto, eles censuraram algumas linhas e me entregaram os documentos. O governo atual não parece muito preocupado em esconder a roupa suja dos antigos aliados do regime do apartheid".

segunda-feira, 17 de maio de 2010

À beira da «mbuanja»?



Fonte: Semanário Angolense


Intriguista, arrivista, sem história na UNITA nem es-tatura política nacional são os adjectivos que Abel Chi-vukuvuku reserva ao seu colega de partido Cláudio Silva, depois deste último ter sugerido que ele estaria comprometido com um suposto plano de desestabilização do partido do Galo Negro gizado pelos serviços de inteligência do Estado angolano. Cláudio Silva, dirigente da UNITA e membro do gabinete de Isaías Samakuva, comentou desta maneira as alegações segundo as quais Abel Chivukuvuku estaria a ganhar terreno a Isaías Samaku-va nas preferências dos militantes do maior partido da oposição do país, algo que o Semanário Ango-lense reportou na última edição. Cláudio Silva considerou que tudo quanto estava a acontecer não passava de uma cabala de-sencadeada pelos serviços de inteligência do Estado, nome-adamente da Casa Militar da Presidência da República, com o objectivo de levar a confusão nas hostes da UNITA e antecipar o seu congresso ordinário. «Existe sim, uma corrente dos serviços de inteligência do Partido/Estado que pretende uma UNITA mais soft afastada dos seus princípios, objectivos de luta e valores. Para tanto, esta corrente, através de elementos seniores da Casa Mili-tar, pretende influenciar ou forçar a substituição da actual direcção da UNIT, e particular do seu presidente eleito. Por isso, preci-sa que a UNITA antecipe o seu congresso, o XI, estatutariamente previsto para 2011. Esta corren-te utiliza elementos da direcção da UNITA na sua estratégia, os quais poderão incluir o Dr. Abel Chivukuvuku», diz Cláudio Sil- va a determinado passo das suas declarações estampadas por este jornal. Na sua reacção, em curta nota que fez chegar à Redacção do Se-manário Angolense, Abel Chi-vukuvuku diz por seu turno que Cláudio Silva está à procura da legitimidade que lhe falta no seio da UNITA, chamando a atenção para o facto de ele ter abandona-do outras formações políticas. «O Sr. Cláudio Silva, que num passado recente já abandonou outras formações políticas, busca agora a legitimidade que lhe falta no seio da UNITA. Cláudio Silva, que não tem história neste parti-do, nem estatura política nacio-nal, vem hoje arrogar-se proferir insinuações maliciosas e inten-cionais contra reputados mem-bros da Direcção da UNITA», diz Abel Chivukuvuku na sua nota, para depois acrescentar: «A ati-tude intriguista e arrivista do Sr. Cláudio Silva não é irreflectida, tão-pouco ocasional; ela está cla-ramente ao serviço de interesses que visam inviabilizar a UNITA, o que não surpreende os obser-vadores atentos da vida política nacional». Ao que se sabe, Cláudio Silva faz parte dos quadros dirigentes recém-ingressados na UNITA. Pertenceu à extinta Frente para a Democracia, por quem deu a cara na campanha para as primeiras eleições realizadas em Angola, em Setembro de 1992. Deixou essa formação política em cir-cunstâncias envoltas em alguma obscuridade e foi para o estran-geiro estudar. A sua ascensão na UNITA tem vindo a fazer-se essencialmente neste segundo mandato de Isaí-as Samakuva como presidente do partido. Logrou mesmo incrus-tar-se na sua «entourage», sendo uma espécie de «cérebro» do res-tritíssimo núcleo de conselheiros de Samakuva. Tem veia legislado-ra e administrativista; ambiciona ser o secretário-geral da UNI-TA, cargo actualmente exercido por Abílio Camalata Numa, que foi um dos principais cabos-de- guerra de Jonas Savimbi. Na presente edição do SA, Cláudio Silva reitera as insinua-ções que fez relativamente a Abel Chivukuvuku. Em «carta aberta» que dirigiu ao editor-chefe do jor-nal, Severino Carlos, ele vai mes-mo mais longe, aludindo a um «comportamento marginal» no seio da UNITA. «Defendo que, enquanto, pela sua conduta, Abel Chivukuvuku ou qualquer outro membro não trabalhar de forma leal à UNI-TA – isto é, gastar o seu tempo e energias a combater a oligarquia e não a UNITA – estará a fazer o jogo do adversário da UNITA. O Comité Permanente da Comissão Política – órgão máximo no inter-valo dos Congressos – admoestou já dois dos seus membros que fo-ram identificados como mento-res ou autores de uma campanha junto dos media desenvolvida ao arrepio das normas estatutárias para causar danos à UNITA. Um destes membros é o Dr. Abel Chi-vukuvuku». Cláudio Silva volta, assim, à carga, não se sabendo se será o prelúdio de um «pingue-pongue» com Abel Chivukuvuku. Prova-velmente não será, a avaliarmos pela contenção que este revelou na sua nota-resposta, que o leitor poderá ler na íntegra, assim como a «carta aberta» de Cláudio Silva. Porém, foi com alguma estra-nheza que se soube que Cláudio Silva não integrou em nenhuma ocasião a comitiva do presidente da UNITA nas visitas de campo que este realizou na última se-mana. Não acompanhou Isaías Samakuva na Ingombota nem no Rangel e na cadeia-hospital de São Paulo. Fontes familiarizadas com o assunto asseguraram ao Semaná-rio Angolense que essa ausência configura uma ocorrência inusu-al, já que Cláudio Silva é, junta-mente com Domingos Maluka, o que se pode considerar um «habi-tué» no séquito do presidente da UNITA. Há quem não perca de vista uma eventual «dessintonia» entre ele e o líder do partido nes-te episódio. Esquivo, Maluka não emitiu um pio sobre o assunto, ao passo que Cláudio Silva ter- se-á exorbitado nas insinuações que faz de uma colagem entre os serviços de inteligência e notáveis dirigentes da UNITA. Isso mesmo foi desvaloriza-do pelo analista político Justino Pinto de Andrade quando na pas-sada segunda-feira, 10, na Rádio Ecclesia, procedia à sua habitual resenha às principais matérias publicadas pelos jornais de fim- de-semana. Para piorar, nesta edição do Semanário Angolense, além da resposta de Abel Chivukuvuku, Cláudio Silva tem contra si as de-clarações de Alexandre Dias dos Santos, exonerado do cargo de se-cretário municipal da UNITA do Sambizanga. Já se pode ir dizen-do que falta pouco para instalar- se completamente a «mbuanja» (confusão em umbundu)

Manuel Vicente é sócio da empresa que construiu a sede da Sonangol




Luanda - O presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Manuel Vicente, é sócio qualificado da empresa de construção que erigiu o edifício sede do grupo e que está a erguer a sede da Sonangol Pesquisa e Produção.

Fonte: Semanario Angolense

Sujeito a uma pena maior de dois a oito anos de prisão

Isso mesmo acaba de ser denunciado pelo investigador Rafael Marques que, na sua mais recente pesquisa, atribui a Manuel Vicente uma participação de 25 por cento no capital da Grinaker LTA Angola – Construção Civil e Obras Públicas, onde detêm participações dessa mesma magnitude o Banco Africano de Investimento (BAI) e o antigo PCA desta última instituição, Mário Palhares.

Segundo Rafael Marques, com o BAI, Mário Palhares e a Grinaker LTA International Holdings, Manuel Vicente formou, em 20 de Maio de 2002, a Grinaker LTA Angola, uma companhia que pouco depois recebeu um contrato para, em associação a construtora portuguesa Soares da Costa, erigir a sede da holding do Grupo Sonangol.

«A 20 de Maio de 2002, o presidente do Conselho de Administração e director-geral da Sonangol, Manuel Vicente, associou-se à LTA International ao Banco Africano de Investimentos e a Mário Palhares no estabelecimento da Grinaker LTA Angola – Construção Civil e Obras Públicas», escreve Rafael Marques ao publicar a denúncia.

«Poucos meses após à sua criação», prossegue, «a Grinaker LTA Angola – Construção Civil e Obras Públicas, em parceria com a construtora portuguesa Soares da Costa, ganhou o contrato para a construção da sede da Sonangol, em Luanda».

O valor total dessa obra, um edifício de 21 andares construído entre Junho de 2003 e o segundo semestre de 2008, ficou cifrado em 83.542.320,00 dólares, tendo os lucros decorrentes revertido a favor da sociedade parcialmente detida pelo PCA da Sonangol.

Rafael Marques denuncia também o facto flagrante de a Grinaker LTA Angola, em parceria com a Soares da Costa, ter recebido, em 2006, a obra da sede da Sonangol Pesquisa e Produção, subsidiária do Grupo Sonangol.

A empreitada, um edifício de 14 andares teve um orçamento inicial de 56.618.466,00 dólares e encontra-se agora em fase de acabamento. A soma total dos fundos da Sonangol utilizados em proveito do PCA da Sonangol nos negócios conformados por essas duas obras atinge algo com 140 milhões de dólares, uma trama em que Manuel Vicente dá com uma mão e recebe com outra.

Efectivamente, Rafael Marques tece considerações de ordem legal que atribuem a esses negócios o facto que configurarem «actos passíveis de corrupção e de conflito de interesses». É que, para além dos cargos na Sonangol, Manuel Vicente, na altura, exercia o cargo de administrador do BAI, em representação da Sonangol, a accionista maioritária do banco. No mesmo período, o cargo de presidente do Conselho de Administração do BAI estava confiado a Mário Palhares.

A esse propósito Rafael Marques produz uma contextualização das normas jurídicas e a inconformidade dos actos praticados por Manuel Vicente enquanto gestor público, notando que até 10 de Junho de 2003, durante o período em que a direcção da Sonangol atribuiu o contrato ao consórcio formado pela Grinaker LTA Angola e a Soares da Costa, vigorava a Lei das Infracções contra a Economia (Lei 6/99).

Essa Lei imputava, no seu artigo 48º, actos de corrupção passiva àquele que, «trabalhando em organismo do Estado, empresa pública, de capitais públicos ou mistos, por si ou por interposta pessoa, com a sua autorização ou ratificação, solicitar, aceitar ou receber dinheiro, bens, qualquer vantagem patrimonial ou benefício de outra natureza, para antecipar, demorar, praticar ou omitir acto contrário aos deveres do cargo que ocupa».

Num crime como esse, a lei previa a aplicação de sanções inscritas no código penal, em que se estabelece que aqueles que forem achados culpados sejam punidos «de acordo com o valor dos bens ou benefícios obtidos, nos termos do artigo 421º do Código Penal em vigor». O artigo 49º dessa mesma lei definia, como acto de corrupção activa o seguinte a promessa «ao trabalhador de organismo de Estado, empresa pública de capitais públicos ou mistos por si ou interposta pessoa, de dinheiro, bens, qualquer vantagem patrimonial ou benefício de outra natureza que não lhe sejam devidos para assegurar a prática, a omissão, a antecipação ou a demora de um acto». Nesse caso as punições previstas eram as estabelecidas no artigo anterior.

Segundo considera Rafael Marques, Manuel Vicente violou a lei por ter usado o cargo que ocupa para autorizar o contracto de construção do edifício da Sonangol, a favor de uma empresa de que é sócio qualificado, garantindo assim, para enriquecimento pessoal, a partilha dos lucros da empreitada.

Por outro lado, enquanto administrador e vice-presidente do BAI, Manuel Vicente também incorreu em acto contrário à lei ao usar a sua posição de representante de capitais públicos, no banco, para fazer sociedade com esta instituição financeira, na Grinaker LTA Angola.

Por sua vez, os sócios estrangeiros, a Grinaker Internacional Holdings e a Soares da Costa, incorreram em acto de corrupção activa, de um funcionário público, conforme o artigo supracitado. Segundo denuncia o investigador, «tem sido prática corrente, das empresas estrangeiras estabelecerem sociedades com figuras poderosas do regime, como Manuel Vicente» para por via desse expediente, tais não só acederem a contratos multimilionários e muitas vezes super facturados como também «para beneficiarem da impunidade» de que estão investidas os principais figuras do regime.

Desde 10 de Junho de 2003, a Lei dos Crimes Contra a Economia (10/03) revogou a lei de que se fala com anterioridade neste texto, incluindo os artigos 48º e 49º. Essa lei definiu o empregado público como sendo «aquele que exerce funções não só em serviços públicos como em empresas públicas e sociedades de capitais públicos», remetendo para o Código Penal (artigos 318º a 323º) a definição e criminalização dos actos de suborno e de corrupção de servidores públicos.

Por conseguinte, considera Rafael Marques, a posição de Manuel Vicente, como presidente do Conselho de Administração e director-geral da Sonangol, influenciou a tomada de decisão de atribuição do contrato a uma empresa em que tinha interesses. O Código Penal, no seu artigo 322º, estabelece o acto de recebimento de promessa na partilha de lucros da empreitada, como acto de corrupção sujeito a uma pena maior de dois a oito anos de prisão.

Em conformidade com o Código Penal, por continuação do contrato na vigência da Lei dos Crimes contra a Economia, de 2003, os sócios estrangeiros, a Grinaker LTA International Holdings e a Soares da Costa incorreram no acto de corrupção activa (art. 321º) de um funcionário público, Manuel Vicente, tal como declara o investigador.

Rafael Marques inscreve nessa investigação uma conclusão sarcástica, ao afirmar que «o fenómeno da corrupção em Angola tem revelado uma contradição extraordinária: a aprovação de novas leis para combater o mal tem correspondido, na prática, ao incremento da impunidade e dos actos lesivos ao património do Estado, ao bem-estar dos angolanos e à moral pública».

Tráfico de influência

A entrega da obra do edifício sede da Sonangol Pesquisa & Produção ao consórcio formado pela Grinaker LTA Angola e Soares da Costa decorreu num quadro legal de incorporação do Protocolo da SADC contra a Corrupção no direito angolano, considera Rafael Marques.

O Conselho de Ministros aprovou esse tratado regional a 8 de Agosto de 2005, através da Resolução 38/05, conferindo ao ordenamento jurídico angolano uma definição mais abrangente e específica sobre os actos de corrupção.

Para o caso em análise, o Protocolo estabelece (art. 3º, 1, c) como prática de corrupção «qualquer acção ou omissão praticada por um funcionário público no exercício das suas funções, com o fim de obter ilicitamente benefícios pessoais ou para terceiros». O tráfico de influências também é definido como acto de corrupção.

Mas, diz Rafael Marques, a Lei sobre a Probidade Administrativa, ratificada a 30 de Março de 2010, como instrumento principal da política de tolerância zero contra a corrupção, garante maior robustez e harmonia jurídica às questões legais abordadas suscitadas neste caso.

Libolo conquista título inédito



Fonte:Angop

Libolo conquista Taça de Angola

Luanda - Ao vencer hoje, no pavilhão principal da Cidadela, o 1º de Agosto por 76-74 o Recreativo do Libolo conquistou, pela primeira vez, o troféu da Taça de Angola em basquetebol sénior masculinos.

Depois de uma vitória para cada na primeira e segunda mão, as duas equipas disputaram na noite deste domingo uma finalíssima, com a formação do Kwanza Sul a destronar os "militares" que detinham o troféu.

Com este resultado, o Libolo, neste seu segundo ano de existência, conquista o seu primeiro troféu e encontra-se ainda na "luta" pelo título nacional.

O jogo decisivo da Taça de Angola foi uma boa propaganda para o basquetebol angolano. As duas formações proporcionaram um bom espectáculo, principalmente na vertente defensiva.

Como já havia sucedido na segunda mão, as defesas voltaram a superar os ataques e os 76 pontos marcados pelo vencedor, menos 40 que os 116 apontados pelo vencedor da primeira mão, é a prova do rigor defensivo aplicado por ambas. Neste capitulo o poste norte-americano Omar Peterkin foi o que mais se destacou.

Discreto, apesar de marcar apenas quatro pontos, Omar foi o melhor ressaltador do encontro com 11, sendo seis defensivos e cinco ofensivos. Foi uma autentica "parede" na última linha do Libolo e esteve bem nas ajudas.

O jogo foi disputado num ritmo acelerado e o equilíbrio manteve-se até aos instantes finais. Os vários empates registados durante os 48 minutos de jogo (23-23, 35-35, 47-47, 52-52, 68-68, 73-73, 74-74) demonstram claramente quão renhido esteve o encontro.

No entanto, o Recreativo do Libolo foi mais feliz e mais eficiente na etapa final. Mérito para Raúl Duarte que conseguiu gerir a condição física dos seus jogadores até aos momentos cruciais, ao contrário dos "rubro-negros" que no último quarto mostraram alguma quebra física.

Realce também para ausência, no 1º de Agosto, do base principal Armando Costa, lesionado, que obrigou Luís Magalhães a utilizar durante muito tempo Miguel Lutonda, além de, em alguns momentos, adaptar o extremo Mário Correia para a referida posição.

Com arbitragem de Carlos Júlio e Fernando Pacheco, as equipas alinharam da seguinte forma:

1º de Agosto: Filipe Abraão (00), Adilson Baza (00), Mário Correia (16), Kikas Gomes (03), Felizardo Ambrósio (12), Vlademir Ricardino (18), Francisco Jordão (02), Carlos Almeida (09), Miguel Lutonda (14), Rodrigo Mascarenhas (00), Hermenegildo dos Santos (00).

Técnico: Luís Magalhães

Libolo: Domingos Bonifácio (07), Olímpio Cipriano (16), Luís Costa (00), Carlos Morais (13), Gerson Monteiro (02), Adilson Câmara (00), Leonel Paulo (10), Abdel Gomes (00), Omar Peterkin (04), Reggie Moore (17), Feliciano Camacho (05), Milton Barros (02).

Técnico: Raúl Duarte

Resultados parciais: 19-13, 33-32 (intervalo), 60-58, 74-76 (final)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Acidente com avião mata mais de cem pessoas na Líbia


Um menino holandês de 8 anos é a única sobrevivente do acidente com a aeronave da Afriqiyah Airways que matou mais de cem pessoas na Líbia, segundo um ministro do país.

O avião havia decolado de Joanesburgo, na África do Sul, e deveria ter pousado na capital líbia, Trípoli, às 6h (1h, em Brasília), mas o acidente aconteceu no momento em que ele pousava no aeroporto.

Entre os 93 passageiros do Airbus 330 estariam cidadãos de diversas nacionalidades, entre eles britânicos e sul-africanos.

Todos os 11 tripulantes seriam líbios, de acordo com um funcionário da Afriqiyah Airways.

De Trípoli, o avião seguiria rumo ao aeroporto de Heathrow, o principal de Londres.

A correspondente da BBC na capital líbia, Rana Jawad, disse que ainda não foi esclarecido se o avião já estava sobre a pista de pouso, mas afirmou que algumas testemunhas no aerporto disseram não ter visto a aeronave.

Segundo Jawad, o movimento de ambulâncias no aerporto é intenso.

O tempo na região nos últimos dias tem estado claro e ensolarado, de acordo com a correspondente.

A Afriqiyah Airways é uma empresa líbia de baixo custo fundada em 2001.


Fonte: BBC.Brasil

D´Agosto ganha Libolo por 116 - 80



Luanda - Com vinte e cinco pontos de Francisco Jordão, o 1º de Agosto derrotou esta noite no pavilhão do Rio Seco o Recreativo do Libolo, por 116-80, em partida da primeira "mão" da Taça de Angola e fica a uma vitória da revalidação do título da competição.

No primeiro período, as equipas entraram com muita determinação e dinâmica, quer a defender, quer a atacar. A quatro minutos do final do mesmo tempo regulamentar, ambas as formações estavam empatadas a 14-14.



No entanto, antes do término do período, os " militares" apostaram no jogo exterior e subiram para cinco pontos de vantagem, 21-16, o que obrigou o treinador do Recreativo do Libolo, Raúl Duarte, a solicitar um desconto de tempo para corrigir alguns aspectos na sua equipa. No reatamento, com maior técnica e rigor na abordagem do jogo, o 1º de Agosto terminou em vantagem de 33-21.



No segundo período, o 1º de Agosto manteve a tónica dominante. Mostrou ser uma equipa habituada a jogar uma final, ante um Libolo que não aproveitava da melhor forma os lances livres que beneficiava.



Francisco Jordão, aproveitando-se das debilidades da equipa adversária, assumiu as rédeas do jogo e passou a ser a principal unidade dos " militares". Em quatro tentativas da linha dos três pontos concretizou todas, dilatando o marcador para o 1º de Agosto, que foi para o intervalo vencendo por 59-40.

No terceiro quarto, a equipa do Libolo parecia estar sem soluções e o 1º de Agosto aproveitou para fazer o seu espectáculo, com sucessivos triplos, "smashes" e outras jogadas que levaram ao rubro os seus adeptos. Terminou o período com 90-53.



Mesmo com as desclassificações de Vladimir Ricardino e Adolfo Quimbamba, que atingiram seis faltas, o 1º de Agosto não baixou de produção. Miguel Lutinda e Carlos Almeida contribuíram com os seus pontos para ampliar a vantagem e fechar o jogo com os favoráveis 116-80.

O jogo da segunda "mão" acontece na próxima sexta-feira às 18 horas no pavilhão principal da Cidadela.


Sob arbitragem de Carlos Júlio e Domingos Simão, eis a produção das equipas:


1º de Agosto: Filpe Abrão (10 pts), Armando Costa(14), Adilson Baza(5), Mário Correia(6), Joaquim Gomes (12), Felizardo Ambrósio(5), Vladimir Gerónimo (5), Fracisco Jordão (25), Adolfo Quimbamba (4), Carlos Almeida (16), Miguel Lutonda (12) e Rodrigo Mascarenhas (2).

Treinador: Luis Magalhães

Recreativo do Libolo: Domingos Bonifácio (00), Olímpio Cipriano (11), Luís Costa (2), Carlos Morais (12), Walter Monteiro (8), Adilson Camara (6), Leonel Paulo (15), Abdel Gomes (00), Omar Peterkin (7), Reggie Moore (14), Feliciano Camacho (2), Milton Barros (3).
Treinador: Raúl Duarte

Fonte: Angop

PROJECTO LIBOLO

Estive em Calulo, Libolo, a terra que me viu nascer, como congressista convidado ao Congresso Internacional Linguístico (20° Conferência Anu...