O SACO DE KUMBÚ QUE NÃO ME ACHOU
Descreve Angola na adversidade e no plural, suas gentes, hábitos e costumes e não só. Sem filosofar e sem estrias nem sofismas, aqui você acompanha Angola e os angolanos no seu melhor.
quinta-feira, 14 de agosto de 2025
PARA SER SINCERO, ESTOU PREOCUPADO
A origem e a chegada da mandioca a Angola e à África
A mandioca (Manihot esculenta) é uma planta de raiz originária da América do Sul tropical, especificamente da região do sudoeste da Amazónia, hoje abrangendo partes do Brasil, Bolívia e Paraguai. Estudos arqueológicos e análises genéticas mostram que a sua domesticação começou há cerca de 8.000 a 10.000 anos, quando povos indígenas selecionaram variedades silvestres do género Manihot, desenvolvendo métodos para reduzir ou eliminar o ácido cianídrico presente nas variedades bravas.
Entre a memória e a realidade
Quase cinquenta anos se passaram desde que Angola recuperou o direito de ser dona do seu destino.
Para quem nasceu nos anos 2000 ou veio das chamadas “terras livres” jovem e com o intelecto partidarizado, é difícil imaginar a grandeza dos sonhos que acendemos em 1975. Para estes e muitos jovens, as dificuldades e a estagnação de hoje parecem normais, como se sempre tivessem existido. Mas para quem viveu a transição ou seguiu a trajectória, sabe que há uma verdade que não se pode apagar, já houve um tempo em que acreditámos num futuro diferente mesmo com todas as adversidades. A ressalva se faz aos saudosistas e ressabiados que ainda existem entre nós.
Nestes cinquenta anos, errámos. Errámos, sim e alguns erros como a guerra civil, foram graves, com marcas profundas. Mas também fizemos mais pelo nosso povo do que se fez em quase quinhentos anos de colonização. Erguemos infraestruturas colossais, barragens, estradas, pontes e cidades inteiras. Construímos escolas e hospitais. Abrimos espaço para vozes que antes eram silenciadas. Tentámos, mesmo com imperfeições, traçar um caminho pensado por nós e para nós.
Não é esconder as falhas, nem tapar o desastre que hoje vivemos. É lembrar que o único período justo para comparar o presente é a nossa própria independência. O passado colonial não é exemplo; é aviso. E o presente só fará sentido se nunca esquecermos o quanto custou chegar até aqui.
Eu acredito num futuro melhor. Mas esse futuro não cairá do céu. Ele depende de uma juventude que aprenda a pensar e a viver Angola de forma consciente. De uma juventude que perceba que partidos políticos, assim como religiões, muitas vezes não servem para unir, mas para dividir.
O destino do nosso país não será decidido por bandeiras nem por credos. Será decidido pela nossa capacidade de nos unirmos como povo e lutarmos por um propósito maior de fazer de Angola uma terra justa, livre e digna para todos.
E isso… começa agora.
Angola é vossa, nós kotas, estamos próximos do portão de saída.
Os espantalhos humanos que a UNITA criou e como foi fácil torna-los milicianos digitais.
Durante anos, mantive-me atento, especialmente nas redes sociais, a um fenómeno chocante. Muitos dos chamados “maninhos” escrevem (às vezes até bem) mas é evidente que não sabem ler. Escrevem sem compreender, e entre os que realmente lêem, 1 em 10 não interpretam o que lêem. É alarmante.
A leitura não é apenas juntar letras; é pensar. É construir sentido. Requer vocabulário, memória activa, raciocínio, interpretação. E nada disso se ensina com repetição ou doutrinação.
Na Jamba e nas "terras livres", a UNITA tentou construir um sistema escolar paralelo com 1.000 escolas, 5.000 professores e 200.000 crianças, conforme seus relatórios da época. Mas muitos desses docentes eram sobreviventes do sistema colonial (a maioria com a 4ª classe), enviados ao “mato” para manter a ilusão de autoridade. O ensino era mecânico, ideologizado e desligado da autonomia intelectual.
A educação era usada como propaganda, não como emancipação. Repetição em vez de reflexão. Disciplina em vez de questionamento.
O triste legado é evidente, alfabetizados funcionais que ecoam frases vazias; robôs que repetem cartilha de forma canina. Raciocínio? Raro. Compreensão? Uma miragem. E muitos ainda aplaudem isso como “educação”. Daí o "exército" de milicianos digitais que o actual líder dos "maninhos" de outra escola, conseguiu reunir nas redes sociais para combater tudo e todos que pensem fora da caixa.
PAZ E AMOR
Vitória com sabor a chá morno
sexta-feira, 8 de agosto de 2025
Os "imbumbáveis" já esfregavam as mãos
OS COBARDES DO EXÍLIO DIGITAL
Há uma categoria curiosa de indivíduos que só encontra coragem para criticar o regime depois de atravessar fronteiras e instalar-se confortavelmente em sofás aquecidos pela comodidade ocidental. Enquanto cá estiveram, silenciaram-se, adaptaram-se e, pior ainda, beneficiaram do sistema que hoje atacam com fúria teatral. Alguns até floresceram nos braços da mídia pública, sendo promovidos, celebrados e sustentados por aquilo que agora classificam como opressivo, corrupto ou retrógrado.
O Presidente da República afirmou no seu discurso à Nação, a propósito dos recentes tumultos em Luanda, que o Estado conhece tanto os instigadores internos como os externos. Ora, se de facto os conhece — como afirmou com convicção — o que espanta é a ausência de responsabilização concreta. Afinal, por que razão continuam soltos e impunes aqueles que colocam em risco vidas humanas e o património público e privado?
O pior é que não é a primeira vez. São sempre os mesmos rostos, os mesmos nomes ou estruturas que operam à sombra da legalidade, instigando a violência e a desordem, travestidos de democratas e defensores de causas populares. E o Estado, que diz conhecê-los, parece hesitar sempre na hora de agir. Já o filho do Zé-Povo que na oportunidade pegou um pacote de 'sambapitos' ou um papel higiénico, está detido, a ser julgado, condenado com penas efectivas e outros conheceram a pior situação, despachados para o campo santo.
UNITA - o culto à personalidade mudou de rosto?
quinta-feira, 24 de julho de 2025
Aos que me acusam de ter ouvido e interpretado mal o Presidente da República no meu texto anterior, cá vai a prova:
O SACO DE KUMBÚ QUE NÃO ME ACHOU Diz o comunicado do SIC de hoje sobre dois russos que andavam a fazer turismo criminal por Angola: "...

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