terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Homem falha ao tentar engravidar mulher do vizinho

Um homem que vive na Alemanha  foi processado por não conseguir engravidar a mulher do vizinho, depois de ser contratado por 2 mil euros  para isso (coisas dos nguetas).

Demetrius Soupolos e a mulher, Traute, queriam ter uma criança, mas descobriram que Soupolos não poderia ter filhos. Por isso, decidiram contratar Maus, na esperança que o homem casado e com dois filhos pudesse engravidar Traute. A informação foi divulgada pela publicação alemã "Bild".

Depois de seis meses e nenhuma gravidez – com uma média de tentativas de três vezes por semana –, Soupolos insistiu para que Maus passasse por exames médicos. Os testes mostraram que o vizinho também é estéril. Por isso, a mulher de Maus foi obrigada a admitir que as duas crianças não eram dele.

De acordo com o “Bild”, a Justiça de Sttutgart, na Alemanha, ficará responsável pela decisão sobre o caso. Outras agências dizem que, no processo, Soupolos pede seus 2 mil euros de volta. O vizinho, no entantanto, não quer devolver a quantia, porque não havia dado garantias de gravidez.

Decida você o que é pior: (Dê sua opinião)

1) Ir a justiça cobrar um sujeito que "comeu" sua mulher por seis meses.
2) Contratar um sujeito para "comer" sua mulher por seis meses.
3) Descobrir que você é estéril enquanto tenta engravidar a mulher do vizinho, ganhando para isso.
4) Descobrir que os dois filhos que você tem não são seus.
5) "Cornear" o vizinho e descobrir que já foi corno, no mínimo duas vezes.
6) Comer uma mulher que se chama "Traute", ainda que recebendo pra isso (com esse nome, imaginem o naipe da baranga)
7) Todas as anteriores

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ary foi agredida com ataques físicos e verbais

Luanda - A cantora angolana Aryvalda foi agredida com ataques físicos e verbais no aeroporto 4 de Fevereiro na capital de Angola Luanda quando a mesma regressava de uma digressão do showmen Yury da Cunha, pela esposa de Manuel Mantorras a senhora Nina.


Aryvalda mantinha um relacionamento com o famoso Manuel Mantorras, foi vistas por varias vezes aos beijos em centros comerciais com o mesmo na metrópole, Lisboeta este relacionamento já vinha a se enrolar a um bom tempinho.

A Jovem Cantora continua com os seus trabalhos ambiciosos no mundo da música africana, Ary anunciou que irá lançar seu segundo CD no segundo semestre deste ano.

Sobre o primeiro álbum, Ary disse que em comparação ao primeiro CD “Sem substituições”, desta vez pretende ter menos participações.

Quanto ao título do próximo trabalho discográfico, ela disse que poderá escolher entre “Sem substituições 2 "Ou ainda mais Ary”.

De referir que Ary foi considerada uma das três vozes femininas mais admiradas da atualidade. No concurso para a atribuição das Divas de Angola, realizado em Novembro de 2008, foi considerada a Diva do Momento.

Por:J.Mukwano

*Este texto foi escrito conforme ao novo acordo ortográfico.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Porque o Wikileaks deve ser protegido

 por John Pilger

Em 26 de Julho o sítio web Wikileaks divulgou milhares de ficheiros militares secretos dos EUA sobre a guerra no Afeganistão. Encobrimentos, uma unidade secreta de assassinatos e a matança de civis são ali documentados. Ficheiro após ficheiro, as brutalidades reflectem o passado colonial. Desde a Malásia e o Vietname até o Domingo Sangrento e Bassorá, pouco mudou. A diferença é que hoje há um modo extraordinário de saber como sociedades remotas são assoladas rotineiramente em nosso nome. O Wikileaks obteve registos de seis anos de mortes civis tanto para o Afeganistão como para o Iraque, dos quais aqueles publicados no Guardian, Der Spiegel e New York Times são apenas uma parte.

Há uma histeria compreensível nos altos escalões, com o pedido de que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, seja "perseguido e capturado" e "entregue" ("rendered"). Em Washington, entrevistei um oficial superior do Departamento da Defesa e perguntei: "Pode o sr. dar uma garantia de que os editores do Wikileaks e o seu editor-chefe, que não é americano, não será sujeito à espécie de caçada humana a que se referem os media?" Ele respondeu: "Não é minha posição dar garantias sobre qualquer coisa". Ele mencionou-me à "investigação criminal em curso" de um soldado estado-unidense, Bradley Manning, um alegado informante. Num país cuja constituição afirma proteger os que dizem a verdade, a administração Obama está a perseguir e processar mais informantes do que qualquer dos seus modernos antecessores. Um documento do Pentágono declara sem rodeios que a inteligência dos EUA pretende "marginalizar mortalmente" o Wikileaks. A táctica preferida é enlamear, com jornalistas corporativos sempre prontos a desempenhar a sua parte.

Em 31 de Julho, a célebre repórter americano Christiane Amanapour entrevistou o secretário da Defesa Robert Gates na rede ABC. Ela convidou Gates a descrever aos telespectadores a sua "ira" acerca da Wikileaks. Ela reflectia a linha do Pentágono de que "esta fuga tem sangue nas suas mãos", com isso instando Gates a considerar o Wikileaks "moralmente culpado". Tal hipocrisia vinda de um regime encharcado no sangue do povo do Afeganistão e do Iraque – como os seus próprios ficheiros tornam claro – aparentemente não é para inquérito jornalístico. Isto é dificilmente surpreendente agora que uma nova e destemida forma de responsabilidade pública, representada pelo Wikileaks, ameaça não só os feitores da guerra como os seus apologistas.

A sua propaganda actual é que o Wikileaks é "irresponsável". Anteriormente a este ano, antes de libertar o vídeo de cabine da metralhadora de um [helicóptero] Apache americano a matar 19 civis no Iraque, incluindo jornalistas e crianças, o Wikileaks enviou pessoas a Bagdad para encontrar famílias das vítimas a fim de prepará-las. Antes da divulgação dos Registos da Guerra Afegã no mês passado, o Wikileaks escreveu à Casa Branca pedindo-lhe que identificasse nomes que pudessem provocar represálias. Não houve resposta. Mais de 15 mil ficheiros foram retidos e estes, diz Assange, não serão divulgados até terem sido examinados "linha a linha" até que os nomes daqueles em risco possam ser removidos.

A pressão sobre o próprio Assange parece implacável. Na sua pátria, a Austrália, a ministra dos Estrangeiros sombra, Julie Bishop, disse que se a sua coligação de extrema direita ganhar a eleição geral de 21 de Agosto, será tomada "acção apropriada se um cidadãos australiano efectuou deliberadamente uma actividade que pudesse por em risco as vidas de forças australianas no Afeganistão ou minar de qualquer forma as nossas operações". O papel australiano no Afeganistão, efectivamente mercenário ao serviço de Washington, provocou dois resultados gritantes: o massacre de cinco crianças numa aldeia na província de Oruzgan e a esmagadora desaprovação da maioria dos australianos.
Em Maio último, a seguir à divulgação da filmagem do Apache, Assange teve o seu passaporte australiano confiscado temporariamente quando retornou ao seu país. O governo trabalhista em Canberra nega que tenha recebido pedidos de Washington para detê-lo e espionar a rede do Wikileaks. O governo Cameron também nega isto. Eles o fariam, não é? Assange, que veio a Londres no mês passado para trabalhar na revelação de registos de guerra, teve de deixar a Grã-Bretanha apressadamente para, como ele diz, "climas mais seguros".

Em 16 de Agosto, o Guardian, citando Daniel Ellsberg, descreveu o grande denunciante israelense Mordechai Vanunu como "o proeminente herói da era nuclear". Vanunu, que alertou o mundo para as armas nucleares secretas de Israel", foi sequestrado pelos israelenses e encarcerado durante 18 anos depois de ser deixado sem protecção pelo London Sunday Times, o qual publicou os documentos que ele lhe forneceu. Em 1983, outra denunciante heróica, Sarah Tisdall, uma responsável administrativa do Foreign Office, enviou documentos aos Guardian, que revelou como o governo Thatcher planeou adiar a chegada de mísseis de cruzeiro à Grã-Bretanha. O Guardian cumpriu uma ordem do tribunal para entregar os documentos e Tisdall foi para a prisão.

ESTENÓGRAFOS DO ESTADO

Num certo sentido, as revelações do Wikiliaks envergonham a secção dominante do jornalista dedicada meramente a registar o que lhe contam poderes cínicos e malignos. Isto é uma estenografia do Estado, não jornalismo. Olhe o sítio Wikileaks e leia um documento do Ministério da Defesa que descreve a "ameaça" do jornalismo real. Ele é considerado uma ameaça. Tendo publicado com maestria revelações do Wikileaks de uma guerra fraudulenta, o Guardian deveria agora dedicar o seu apoio editorial mais poderoso e sem reservas à protecção de Julian Assange e seus colegas, cujas revelações de verdades são tão importantes como quaisquer outras que já vi na minha vida.

Gosto do humor seco de Julian Assange. Quando lhe perguntei se estava mais difícil publicar informação secreta na Grã-Bretanha, ele respondeu: "Quando olhamos documentos etiquetados "Official Secrets Act" vemos que eles declaram ser transgressão reter a informação e uma transgressão destruir a informação. De modo que a única coisa que podemos fazer é publicá-la ".

19/Agosto/2010

O original encontra-se em http://www.johnpilger.com/page.asp?partid=584
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

Porque o Wikileaks deve ser protegido

por John Pilger

Em 26 de Julho o sítio web Wikileaks divulgou milhares de ficheiros militares secretos dos EUA sobre a guerra no Afeganistão. Encobrimentos, uma unidade secreta de assassinatos e a matança de civis são ali documentados. Ficheiro após ficheiro, as brutalidades reflectem o passado colonial. Desde a Malásia e o Vietname até o Domingo Sangrento e Bassorá, pouco mudou. A diferença é que hoje há um modo extraordinário de saber como sociedades remotas são assoladas rotineiramente em nosso nome. O Wikileaks obteve registos de seis anos de mortes civis tanto para o Afeganistão como para o Iraque, dos quais aqueles publicados no Guardian, Der Spiegel e New York Times são apenas uma parte.

Há uma histeria compreensível nos altos escalões, com o pedido de que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, seja "perseguido e capturado" e "entregue" ("rendered"). Em Washington, entrevistei um oficial superior do Departamento da Defesa e perguntei: "Pode o sr. dar uma garantia de que os editores do Wikileaks e o seu editor-chefe, que não é americano, não será sujeito à espécie de caçada humana a que se referem os media?" Ele respondeu: "Não é minha posição dar garantias sobre qualquer coisa". Ele mencionou-me à "investigação criminal em curso" de um soldado estado-unidense, Bradley Manning, um alegado informante. Num país cuja constituição afirma proteger os que dizem a verdade, a administração Obama está a perseguir e processar mais informantes do que qualquer dos seus modernos antecessores. Um documento do Pentágono declara sem rodeios que a inteligência dos EUA pretende "marginalizar mortalmente" o Wikileaks. A táctica preferida é enlamear, com jornalistas corporativos sempre prontos a desempenhar a sua parte.

Em 31 de Julho, a célebre repórter americano Christiane Amanapour entrevistou o secretário da Defesa Robert Gates na rede ABC. Ela convidou Gates a descrever aos telespectadores a sua "ira" acerca da Wikileaks. Ela reflectia a linha do Pentágono de que "esta fuga tem sangue nas suas mãos", com isso instando Gates a considerar o Wikileaks "moralmente culpado". Tal hipocrisia vinda de um regime encharcado no sangue do povo do Afeganistão e do Iraque – como os seus próprios ficheiros tornam claro – aparentemente não é para inquérito jornalístico. Isto é dificilmente surpreendente agora que uma nova e destemida forma de responsabilidade pública, representada pelo Wikileaks, ameaça não só os feitores da guerra como os seus apologistas.

A sua propaganda actual é que o Wikileaks é "irresponsável". Anteriormente a este ano, antes de libertar o vídeo de cabine da metralhadora de um [helicóptero] Apache americano a matar 19 civis no Iraque, incluindo jornalistas e crianças, o Wikileaks enviou pessoas a Bagdad para encontrar famílias das vítimas a fim de prepará-las. Antes da divulgação dos Registos da Guerra Afegã no mês passado, o Wikileaks escreveu à Casa Branca pedindo-lhe que identificasse nomes que pudessem provocar represálias. Não houve resposta. Mais de 15 mil ficheiros foram retidos e estes, diz Assange, não serão divulgados até terem sido examinados "linha a linha" até que os nomes daqueles em risco possam ser removidos.

A pressão sobre o próprio Assange parece implacável. Na sua pátria, a Austrália, a ministra dos Estrangeiros sombra, Julie Bishop, disse que se a sua coligação de extrema direita ganhar a eleição geral de 21 de Agosto, será tomada "acção apropriada se um cidadãos australiano efectuou deliberadamente uma actividade que pudesse por em risco as vidas de forças australianas no Afeganistão ou minar de qualquer forma as nossas operações". O papel australiano no Afeganistão, efectivamente mercenário ao serviço de Washington, provocou dois resultados gritantes: o massacre de cinco crianças numa aldeia na província de Oruzgan e a esmagadora desaprovação da maioria dos australianos.

Em Maio último, a seguir à divulgação da filmagem do Apache, Assange teve o seu passaporte australiano confiscado temporariamente quando retornou ao seu país. O governo trabalhista em Canberra nega que tenha recebido pedidos de Washington para detê-lo e espionar a rede do Wikileaks. O governo Cameron também nega isto. Eles o fariam, não é? Assange, que veio a Londres no mês passado para trabalhar na revelação de registos de guerra, teve de deixar a Grã-Bretanha apressadamente para, como ele diz, "climas mais seguros".

Em 16 de Agosto, o Guardian, citando Daniel Ellsberg, descreveu o grande denunciante israelense Mordechai Vanunu como "o proeminente herói da era nuclear". Vanunu, que alertou o mundo para as armas nucleares secretas de Israel", foi sequestrado pelos israelenses e encarcerado durante 18 anos depois de ser deixado sem protecção pelo London Sunday Times, o qual publicou os documentos que ele lhe forneceu. Em 1983, outra denunciante heróica, Sarah Tisdall, uma responsável administrativa do Foreign Office, enviou documentos aos Guardian, que revelou como o governo Thatcher planeou adiar a chegada de mísseis de cruzeiro à Grã-Bretanha. O Guardian cumpriu uma ordem do tribunal para entregar os documentos e Tisdall foi para a prisão.

ESTENÓGRAFOS DO ESTADO

Num certo sentido, as revelações do Wikiliaks envergonham a secção dominante do jornalista dedicada meramente a registar o que lhe contam poderes cínicos e malignos. Isto é uma estenografia do Estado, não jornalismo. Olhe o sítio Wikileaks e leia um documento do Ministério da Defesa que descreve a "ameaça" do jornalismo real. Ele é considerado uma ameaça. Tendo publicado com maestria revelações do Wikileaks de uma guerra fraudulenta, o Guardian deveria agora dedicar o seu apoio editorial mais poderoso e sem reservas à protecção de Julian Assange e seus colegas, cujas revelações de verdades são tão importantes como quaisquer outras que já vi na minha vida.

Gosto do humor seco de Julian Assange. Quando lhe perguntei se estava mais difícil publicar informação secreta na Grã-Bretanha, ele respondeu: "Quando olhamos documentos etiquetados "Official Secrets Act" vemos que eles declaram ser transgressão reter a informação e uma transgressão destruir a informação. De modo que a única coisa que podemos fazer é publicá-la ".

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O poder muda a pessoa

O poder torna as pessoas estúpidas e muito poder, torna-as estupidíssimas. (R. Kurz)

O psicanalista J. Lacan [1] ,observou que a partir do momento em que alguém se vê "rei", ele muda sua personalidade. Um cidadão qualquer quando sobe ao poder [2] , altera seu psiquismo. Seu olhar sobre os outros será diferente; admita ou não ele olhará "de cima" os seus "governados", os "comandados", os "coordenados", enfim, os demais.

Estar no poder, diz Lacan, "dá um sentido interiormente diferente às suas paixões, aos seus desígnios, à sua estupidez mesmo". Pelo simples fato de agora ser "rei", tudo deverá girar em função do que representa a realeza. Também os "comandados" são levados pelas circunstâncias a vê-lo como o "rei do pedaço".

La Boétie [3] parecia indignado em perceber o quanto o lugar simbólico de poder faz o populacho se oferecer a uma certa "servidão voluntária". Bourdieu chama-nos atenção para a força que o símbolo exerce sobre os indivíduos e grupos. Antes de ocupá-lo, o poder atrai e fascina; depois de ocupado tende a colar a alguns como se lhes fossem eterno. Aí está a diferença entre um Fidel Castro e um Nelson Mandela. O primeiro e a maioria dos ditadores pretendem se eternizar no poder, o segundo, mais sábio, toma-o como transitório, evitando ser possuído pelo próprio. ("Possuído", sim, pois o poder tem algo de diabólico, que tenta, que corrompe, etc).

Uma vez no poder, o sujeito precisará de personas (máscaras) e molduras de sobrevivência. A persona serve para enganar a si e aos outros. A moldura, é algo necessário para delimitar simbolicamente a acção dele enquanto representante do poder. A ausência de moldura ou o seu mau uso fará irromper a força pulsional do sujeito que anseia por mais e mais poder, podendo vir a se tornar uma patologia psíquica. A história colecciona exemplos: Hitler, Stalin, Mobutu, Collor de Melo, Pol Pot, Idi Amim, etc.

No filme As loucuras do rei George III [4] , da Inglaterra, somos levados a perceber duas coisas: o quanto que as pessoas recusavam a ideia de um rei que perdeu a razão em função de uma doença e, que fazer para impedir alguém que representa o poder máximo de uma nação, devido a suas loucuras?

O poder faz fronteira com a loucura. Não é sem motivo que muitos loucos se julgam Napoleão ou o Rei Luís XV. Parece que há algo de "loucura narcísica" nas pessoas que anseiam chegar ao poder político (governante de uma cidade, estado ou país, ministro, membro do secretariado local), ou ao poder de uma instituição, empresa, departamento, pequeno sector de uma organização qualquer ou grupo qualquer. O narcisismo de quem ocupa o poder, revela-se na auto-admiração (o amor a si e aos seus feitos), na recusa em aceitar o que vem dos outros e no gozo que ele extrai do poder, que, levado ao extremo poderia revelar loucura. R. Kurz, é directo ao declarar que "o poder torna as pessoas estúpidas e muito poder, torna-as estupidíssimas".

O sociólogo M. Tragtenberg certa vez observou como muitos intelectuais discursam uma preocupação pelo "social", mas estão mesmo preocupados com a sua "razão do poder". Há uma espécie de "gozo louco" pelo poder, que faz subir a cabeça dos que estão jogando para ganhá-lo um dia.

Do ponto de vista psicológico, observa-se que o poder faz o ocupante perder a própria identidade pessoal e assumir outra, contornada pela "forma" do próprio poder. Os cargos executivos (presidente, governador, perfeito, director, reitor, etc), tem uma forma própria, um lugar que marca uma certa diferença em quem a ocupa em relação aos cargos de segundo escalão (ministros, secretários disso e daquilo, chefes de gabinetes, assessores, etc). As "pequenas autoridades" dos escalões inferiores - mas com algum poder - costumam ter atitudes mais protofascistas que as grandes. São mais propensas a "vender sua alma ao diabo" que as grandes para estar no poder.

O psicólogo Ricardo Vieira, da UERJ, de quem me inspirei para continuar seu artigo, levanta os quatro primeiros indicadores de mudanças que ocorrem com as pessoas que chegam ao poder:

1) no modo de vestir: o terno, a gravata, o blazer e o tailleur que, antes eram utilizados em circunstâncias especiais, passam a ser usados cotidianamente, mesmo quando não é necessário utilizá-los. Alguns demonstram certo constrangimento em trocar a surrada camiseta e passar a usar um blazer ou uma camisa de linho, pelo menos nas ocasiões especiais. Se antes usava um cabelo comprido, despenteado, logo é orientado a cortá-lo, penteá-lo, dar um trato. Na última eleição para perfeito de Maringá, um candidato foi orientado pelo seu marketeiro para mudar o cabelo enrolado por um penteado de brilhantina. Perdeu a eleição.

2) mudam as relações pessoais: os antigos companheiros poderão ser substituídos por novos, que o leva a sentir-se menos ameaçado. O sentimento persecutório de "ser mal visto", precisa ser evitado a qualquer preço por quem ocupa o poder.

3) Temperamento: altera o tratamento com o outro, que torna-se autoritário com seus subordinados; gritos e ameaças passam a ser seu estilo. Certa vez, perguntaram a Maquiavel se era melhor ser amado que temido? O autor de O príncipe respondeu que "os dois mas se houver necessidade de escolha, é melhor ser temido do que amado".

4) mudam os antigos apoios e alianças. Aqueles que o apoiaram chegar ao poder, transformam-se em arquivos vivos dos seus defeitos. O poder leva a desidentificação com os antigos colegas de profissão. É o caso do presidente FHC e do seu Ministro da Educação Paulo Renato Souza, depois de executivos, ambos não se vêem mais professores.

5) Resistência em fazer autocrítica. Antes, vivia criticando tudo que era governo ou tudo que constituía como efeito de governo. Mas, logo que passa a ocupar o poder, revela "sua outra face", não suportando a mínima crítica. O poder os torna cegos e surdos a crítica. Uma pesquisa de Pedro Demo, da Universidade de Brasília, constata que os profissionais de academias apreciam criticar a tudo e a todos, mas são pouco eficazes na crítica para consigo mesmos. Enquanto só teorizavam, nada resolviam, mas quando passam a ocupar um cargo que exige acção prática, terá que testar a teoria; agora é que "a prática se torna o critério da verdade" [5] . Por falta de referencial e por excesso de idealismo, é frequente ocorrerem bobagens e repetições dos antigos adversários, tais como: fazer aumentos abusivos de impostos, aplicar multas injustas, discursos cínicos para justificar um ato imoral de abuso de poder, etc. Há um provérbio oriental que diz: "quem vence dragões, também vira dragão".

Os sujeitos quando no poder protege-se da crítica reforçando pactos de auto-engano com seus colegas de partido. Reforçam a crença de que representam o Bem contra o Mal, recusam escutar o outro que lhe faz crítica e que poderia norteá-lo para corrigir seus erros e ajudar a superar suas contradições. Se entrincheirarem no grupo narcísico, o discurso político tornar-se-á dogmático, duro, tapado, e podemos até prever qual será o seu futuro se tomar o caminho de também eliminar os divergentes internos e fazer mais acções de governo contra o povo, "em nome do povo".

Infelizmente assim é o poder: seduz, corrompe, decepciona e faz ponto cego e surdo nos seus ocupantes temporários.

* Psicanalista e professor da UEM

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[1] Jacques Lacan, psicanalista francês, que propôs o retorno à leitura da obra de S. Freud. Cf.: Seminário 1. Ed. Zahar, 1979, p. 318.

[2] Max Weber define que o"poder é toda chance, seja ela qual for de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contar a relutância dos outros". Para M. Foucault, nas duas obras, Vigiar e Punir e Microfísica do poder, faz uma genealogia do poder. Constata que o poder se exerce na sociedade não apenas através do Estado e das autoridades formalmente constituídas, mas de maneiras as mais diversas, em uma multiplicidade de sentidos, em níveis distintos e variados, muitas vezes sem nos darmos conta disso.

[3] Etienne La Boétie, filósofo francês, autor do Discurso da Servidão Voluntária. Cf.: Brasiliense, 1982.

[4] O rei George III reinou na Inglaterra no séc. 18 Ficou louco devido a uma doença, a porfiria, desconhecida na época.

[5] Dito por L. Feuerbach

RAYMUNDO DE LIMA

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Batalha de Kifangondo

Um contributo valioso a historia de Angola, a batalha de Kifangondo ocorrido em Novembro de 1975 as vésperas da independência contada em primeira pessoa por um dos protagonistas activos da batalha e que com a devida vénia republico aqui no meu blog.



Fonte: http://www.veteranangola.ru

Attention! To download Pedro Marangoni's book "Opcao pela Espada", click on the PDF file icon at the top of the Russian version of this page: /main/other_side/p_marangoni_rus
Vercao Portuguesa




Pedro Marangoni:  Quatro MLRS BM-21 Grad deteram os inimigos que avancavam sobre Luanda e mudaram o rumo da guerra?
Sim, mas como arma de efeito moral e nao destrutivo.
Pedro Marangoni  /upload/1265466298_super_image.jpg nasceu em Sao Paulo , Brasil  em 1949. Foi formado no Centro de Formacao de Pilotos Militares da Forca Aerea Brasileira (1968-1971). Ocupacao - Piloto de Helicopteros, 9.000 horas de voo. Serviu na Legiao Estrangeira  Francesa (1972-1973). Depois viveu em Mocambique (1973-1974). Chegou para Angola em Junho 1975, combateu com o grupo do coronel Santos e Castro ao lado da FNLA.   Participou na Batalha de Quifangondo (23 de Outubro - 10 de Novembro de 1975). Abandonou a luta em Fevereiro de 1976.  Viveu na  Rhodesia (1976 – 1977). Depois esteve com a Resistencia Nacional Mocambicana, na regiao de fronteira com a Rhodesia, Inyanga, Umtali. Em 1979-1980 serviu na Legiao Espanhola. Depois de Africa voltou para o Brasil e trabalhou na Amazonia (Brasil), Bolivia e Peru, como piloto de helicopteros por cerca de 20 anos. Agora vive no Brasil.
Livros publicados: “Angola-Comandos especiais contra cubanos” . “A opcao pela espada” (Brasil, 2 edicoes). “Maria da Silva e a era do nao” (Brasil). “A grande manada/o infinito nao tem pressa” (Brasil).
Observando o comportamento dos africanos em combate, de um modo nao cientifico mas baseados em guerras recentes, verificaremos que a sua combatividade decresce do norte para o sul do continente negro. Minha experiencia na Africa Austral mostrava que quem atacava vencia, quem era atacado recuava sempre e a maior parte das vitimas eram civis, nao militares. Frentes elasticas e combatentes sem qualquer motivacao mais profunda. Era a proporcao de nao-africanos – advisers, internacionalistas, mercenarios, voluntarios, etc., que decidia os confrontos. Estes eram tropas de conquista, os outros, de simples ocupacao de terreno conquistado. E assim aconteceu tambem em Angola, de forma significativa.
Os combatentes nao-africanos com ideais ou vontade de vencer eram afetados por armas que realmente eram perigosas e produziam baixas; a esmagadora maioria africana temia qualquer coisa que explodia e fizesse barulho. Desculpem-me por nao ser politicamente correto, mas esta e a verdade.
Fui, nos anos setenta, advertido de que estaria fornecendo informacoes importantes ao inimigo, ao menosprezar em artigos escritos, o 122 sovietico, que considerava uma arma de efeito moral, nao efetivo para causar baixas. Mas assim o via, como os demais colegas de combate. Temiamos mais um morteiro 81. Um morteiro 120, entao, nos pregava ao solo, irremediavelmente...
Observei incontaveis vezes, a marca deixada no asfalto ou no solo, por explosoes do 122 e dos morteiros 120, 81, 60. Os estilhacos dos morteiros rasgavam o solo no ponto de impacto, desenhando uma estrela, mostrando que varreram o solo em trajetoria rasante, atingindo mesmo quem estivesse deitado. Ja o 122 deixava poucas marcas, com estilhacos sendo lancados em angulo mais fechado, mais alto e menos perigosos. Varios cairam a poucos metros de mim na batalha de Quifangondo, sem maiores danos. Tenho certeza que qualquer morteiro caindo na mesma curta distancia teria me posto fora de combate.

Mas a capacidade de lancamento multiplo, apido, sequencial dos MLRS BM-21 e devastador para tropas mal treinadas, inexperientes ou pouco motivadas. Sem nenhuma duvida eles foram decisivos para o panico e a debandada geral das tropas da FNLA e zairenses em Quifangondo.
E o que deteve a pequena tropa nao-africana? Em primeiro lugar, os canhoes anti-carro 76 mm, que aproveitaram o absurdo avanco das frageis Panhard totalmente descobertas; em segundo lugar, para segurar os poucos infantes que seguiriam atras delas, as metralhadoras anti-aereas (ZPU-4?) cujo tiro podiamos sentir sobre nossas cabecas e que nao nos deixavam levantar do solo.

Mas, mesmo se as Panhards nao fossem detidas e nosso pequeno grupo pudesse avancar, nao teriamos ninguem nos seguindo, pois o grosso da tropa africana debandara apavorada pelo efeito psicologicamente devastador dos MLRS BM-21 Grad...
Resumindo, sim, concordo que esta arma foi decisiva nao so no rumo da batalha, mas de toda a guerra. Acredito que se o indisciplinado exercito zairense entrasse em Luanda, tudo seria arrasado e saqueado e uma avalanche de tropas de Mobutu Sesse Seko se despejariam pela fronteira norte, numa ocupacao criminosa. E nos, o pequeno grupo de comandos especiais que por um ideal, serviu de ponta de lanca, seriamos dizimados ou presos ou expulsos, pois representavamos um obstaculo as barbaries zairenses em solo angolano.




Pedro Marangoni: «A bem da historia militar sera um mapa incomum, feito em conjunto pelos dois lados opostos envolvidos»

 Entrevista
do ex-combatente da Batalha do Quifangondo ao lado da FNLA Pedro Marangoni, cedida ao Secretario da imprensa da Uniao Russa dos Veteranos de Angola
Serguei Kolomnin


Serguei Kolomnin:
Estimado Pedro Marangoni!
Fico-lhe muito grato por suas mensagens relativas a Batalha de Quifangondo, em particular pelo artigo "Quatro MLRS BM-21 Grad deteram os inimigos que avancavam sobre Luanda e mudaram o rumo da guerra?", que ja foi publicado no nosso website em russo e portugues.
Encontrei nas suas mensagens alguns elementos muito interessantes para mim, como historico, em particular, em relacao ao efeito provocado pelas metralhadoras anti-aereas ZPU-4 de calibre 14,5 mm (os angolanos e cubanos os chamavam "cuatro bocas"), ao efeito moral, produzido por salvas de BM-21 e tambem acerca do numero exacto de comandos especiais portugueses ao lado da FNLA e ELP (Exercito de Libertacao Portugues). E mais algumas perguntas, se permitir.

- O ELP – foi simplesmente o slogan, ou forca real com a estructura, programa e o comando formados?

Pedro Marangoni:

- Como recebi sua mensagem em portugues correto, vejo que nao e atraves de tradutor eletronico e sim de quem tem otimos conhecimentos da lingua portuguesa, portanto ficarei mais a vontade para responder em meu idioma.
O ELP so seria mencionado de forma politica, tentando comprometer a FNLA e tambem porque dizia-se que o Coronel Santos e Castro  /upload/1265215912_super_image.jpg era ligado a este "exercito" que considero apenas teorico, nunca chegou a existir como forca real, coesa, organizada e pronta para combate. Apenas uma organizacao politica. Nunca ajudou nossas tropas, que foram recrutadas entre portugueses refugiados na Rhodesia, pelo comandante das Flechas, Alves Cardoso, da DGS/PIDE. Mas os membros do grupo do Coronel Santos e Castro nao eram mercenarios, eram combatentes, que viviam em Africa e quiseram ficar la para passar ali a sua vida. Era composto por 153 portugueses mais eu. O unico militar do grupo que poderia se chamar de “estrangeiro" era eu, brasileiro, mas com dupla nacionalidade portuguesa. O Coronel Santos e Castro apareceria em Ambriz, como adviser militar de Holden Roberto e ligacao com o nosso grupo. Depois passara a participar dos combates, fardado mas sem armas. Depois de Quifangondo volta a Europa.


Serguei Kolomnin:
 - O que pode dizer da ajuda dos EUA a FNLA e ao ELP?

Pedro Marangoni:
 - Quanto  a ajuda dos EUA, tinhamos pouco apoio e se os EUA ajudavam mais, provavelmente a ajuda era desviada por Mobutu. Muitos artigos tambem exageram a atuacao dos norte-americanos, que pouco interviram e pouco nos ajudaram. Muitos livros historicos agora apenas mais uma obra politica, repleta de mentiras e exageros; estes livros prestam-se para falsear a historia da descolonizacao e dificultar para que as geracoes pos guerra conhecam o que se passou realmente e aprendam a nao repetir erros do passado.

Serguei Kolomnin:
- Na edicao "FAPLA baluarte da paz em"  (Berger-Levrault International, Paris. Р. 110) le-se, que a ponte sobre rio Bengo tinha sido  destruida pelos sapadores das FAPLA para impedir o avanco da tropa da FNLA. Alguns angolanos participantes na Batalha de Quifangondo (FAPLA) mencionam a de Panguila tambem como destruida. O General Xavier, actual responsavel da Academia Militar das Forcas Armadas Angolanas  (http://jornaldeangola.sapo.ao/20/0/general_xavier_historia_vivida_em_kifangondo) tambem insiste no facto a ponte sobre rio Bengo tinha sido destruida.
Outro ex-combatente (FAPLA) Alvaro Antonio, que e o capitao, actualmente colocado na Unidade da Guarda presidencial (UGP) (http://allafrica.com/stories/200811120632.html) na entrevista a TV angolana afirma: "Nesta altura em que se destruiu a ponte estavam a atravessar tres viaturas, entre as quais um tanque que ainda nao tinha passado, tendo as outras duas caido com a ponte, morrendo os seus ocupantes". Ele acrescentou ainda, "que desta accao resultou a captura de quatro mercenarios norte-mericanos que permaneceram encarcerados na ex-sala do director da Escola Primária da Fazenda experimental da Funda".
Se a ponte do Bengo estava destruida, de que maneira a tropa da FNLA tencionara e conseguiria atravessar o rio? A nado?
Ou a ponte sobre rio Bengo continuava a funcionar, tendo so alguns danos nao significativos? Conforme a minha experiencia militar explodir e destruir a ponte solida, construida em betao e uma coisa nao facil…

Pedro Marangoni:
- Encontrei as recordacoes do General angolano Xavier honestas, parece-me ele realmente esteve em Quifangondo. Mas nenhuma das duas pontes estavam destruidas e nao entendo porque os angolanos insistem em mentir sobre um facto que daria ate mais valor a luta deles... Claro com a ponte destruida, seria uma defesa mais segura, praticamente admitindo que nao conseguiriam deter o inimigo. A ponte destruida seria uma protecao a mais.
Talvez a  ponte do Bengo estivesse SABOTADA, NAO DESTRUIDA, OU SEJA, COLOCARAM AS CARGAS EXPLOSIVAS E NAO DETONARAM, TAL SERIA FEITO APENAS SE NAO CONSEGUISSEM NOS DETER! Sera que isso aconteceu tambem na ponte do Panguila, onde encontramos os cordoes detonantes? E a explosao teria falhado?
Um grupo de comandos com o capitao Valdemar precedeu o grande ataque, infiltrando-se pela madrugada e tomando a primeira ponte, do Panguila. Apenas cordoes detonantes foram encontrados, sem explosivos. Eu proprio passei por ela, intacta. A segunda ponte tambem, no primeiro ataque foi avistada inteira pelos blindados e tambem pelos avioes de reconhecimento.
Se a ponte do Bengo estava destruida, como posteriormente as Faplas/cubanos avancaram contra o Morro da Cal e Caxito? Pelas pontes...A preocupacao da FNLA era que, as duas pontes fossem destruidas quando avancassemos e a engenharia zairense so tinha uma ponte disponivel para construir.
Ainda sobre pontes: a unica ponte importante que foi destruida pelo MPLA, quando do grande avanco da FNLA rumo a Luanda foi a de Porto Quipiri, na saida de Caxito. Ai a engenharia zairense construiu uma flutuante, de madeira e depois uma grande ponte metalica, que permanece ate hoje.
Depoimento do capitao Alvaro Antonio... lembremos sempre: a primeira vitima da guerra e a verdade... Atualmente existem mais herois que combatentes na ocasiao da batalha... estaria ele la? Lembremos que os cubanos, de arma na mao tiveram que obrigar os angolanos a voltarem para os postos de combate, pois fugiam em panico. Nao existiram, por exemplo, quatro mercenarios norte-americanos capturados! No combate, foram capturados apenas o municiador da Panhard-90 Remedios, o condutor da Panhard-60 Serra e seu atirador Oliveira, todos portugueses. Americano so havia um, observador do CIA, sempre desarmado, que nao saiu do Morro da Cal. Os autenticos mercenarios apareceram no Norte de Angola um mes depois de Quifangondo, eram na verdade os Ingleses e Americanos, mas nao conseguiram nada, pois a luta ja tinha terminado.
O meu grande amigo Remedios foi capturado porque foi ferido com gravidade (esta vivo e hoje mora em ), mas Serra e Oliveira suspeita-se que forcaram a queda da Panhard-60 no pantano para se entregar, desertando. Talvez voce tenha conhecido Oliveira, fiquei surpreso ao ve-lo na televisao, anos mais tarde como comandante militar das FAPLA num setor no Sul de Angola!
Um facto interessante e que nem mesmo o MPLA nos considerava realmente mercenarios, apenas usavam como propaganda, pois meus colegas capturados nao foram julgados com os ingleses e americanos e tiveram tratamento mais humano. Alem de Remedios, Serra e Oliveira, capturados em Quifangondo, anteriormente haviam sido capturados na batalha de Caxito em 7 de Setembro de 1975 os comandos especiais brancos: Quintino, Fernandes e Pereira. Eles estao na foto do seu  arquivo:/upload/1264179068_super_image.jpg  
Resumindo, no Quifangondo ficaram no terreno uma Panhard-90, uma Panhard-60 e um caminhao Mercedes zairense; brancos capturados – 3, todos portugueses. O tal capitao mente.

Serguei Kolomnin:
- Qual foi o destino da maioria dos comandos portugueses apos o desastre do Quifangondo?  Portugal ? Africa do Sul?

Pedro Marangoni:
- Como ja disse o coronel Santos e Castro voltou a Europa. Outros foram-se embora depois que abandonamos a luta em Fevereiro de 1976, alguns continuaram a luta. Por exemplo, o meu  colega a quem chamavamos "Passarao" (esta de pe, na extrema direita na foto /upload/1265473138_super_image.jpg). Tomei conhecimento que ele retornou do Zaire e continuou combatendo sozinho (ele havia nascido la, era um africano branco a quem negavam a patria), fazendo emboscadas contra os cubanos, formou e comandou um pequeno grupo, atuando na regiao de Ambriz, ate que em Outubro de 1977, sofreu queimaduras graves com o mosquiteiro que pegou fogo e agonizou por duas semanas ate morrer. Foi enterrado pelos africanos na mata perto da Fazenda Loge, regiao de Ambriz.
Apos Angola os comandos portugueses voltaram para a Rhodesia, alguns para o Brasil, buscando uma patria nova e outros para Portugal, pais que alguns nunca haviam estado, africanos brancos de varias geracoes e que foram muito discriminados pelos portugueses na Europa.

Serguei Kolomnin:
- E de conhecimeto geral, que atacando contra Quifangondo a FNLA e  os zairenses foram apoiaos pela artilharia de longo alcance  sul-africana.  O que poderia dizer a este respeito?

Pedro Marangoni:
- As pecas   140-mm G-2 sul-africanas chegaram ao Morro a Cal na tarde do dia 9 e comecaram o fogo de barragem no dia 10 por volta das 05:00H;  foram diminuindo a intensidade do fogo ate cessar de vez, nao sei precisar o momento. Segundo o сoronel Santos e Castro, que me informou pessoalmente, as 16:30H (04:30 PM) os sul-africanos se retiraram do local com todo o material, sem autorizacao ou comunicar a ninguem. Os sul-africanos fugiram durante o combate. Apos Caxito abandonaram os obuses sem as culatras e foram resgatados em Ambriz, já noite, por um helicoptero. Fugiram de helicoptero para um barco na costa de Ambriz, levando as culatras dos obuses 140-mm G-2. Tudo a revelia da FNLA. Os obuses posteriormente foram rebocados pela FNLA, mas sem poder usa-los, acabaram em Ambrizete como ferro velho.

Serguei Kolomnin:
- Poderia pormenorizar o despositivo de combate e a composicao da forca da FNLA e zairenses? Quantos carros Panhard, soldados (FNLA e zairenses), pecas de artilharia haviam no palco de combate no dia 10 de Novembro perante o ultimo ataque contra Quifangondo?

Pedro Marangoni:
 - Numeros aproximados.
Artilharia:  1 canhao 130-mm, Africa do Sul 3 obuses 140-mm, FNLA alguns morteiros 120-mm.
Cavalaria: Comandos Especiais: 1 Panhard-90 (destruida), 2 Panhards-60 (uma destruida e uma avariada), 1 VTT Panhard com um grupo de combate, retornou ileso sem lancar a tropa, um jeep com canhao 106-mm sem recuo (nao participou).
Zaire: cerca de 10 jeeps com canhao 106-mm sem recuo (nao participaram), umas 15 Panhards diversas, nenhuma participou do combate, assim que transpuseram a ponte do Panguila descarregaram toda a municao e recuaram. Varios canhoes antiaereos 20-mm montados em jeeps (nao participaram).
Infantaria: Comandos, dos 154, cerca de 80 participaram do combate, apenas uns 10 cruzaram a ponte do Panguila avancando, o restante nao avancou, permaneceu antes da ponte.   
FNLA: cerca de 800 homens (nao tenho certeza, numero aproximado), nenhum cruzou a ponte do Panguila.
Zaire: um batalhao de infantaria (dizem dois, nao sei), uma equipe de engenharia; dois caminhoes Mercedes, carregados de soldados zairenses cruzaram a ponte do Panguila e comecaram a morrer sem chance de defesa na primeira curva depois da ponte. Poucos voltaram, quase todos feridos. Um dos caminhoes retornou a noite, apos o combate, com alguns homens.
Quando recuei para o Morro da Cal, debaixo de cerrado bombardeio, por volta das 18:00H (06:00PM) do dia 10, tudo estava completamente deserto e as unicas viaturas eram o jeep do staff e a nossa VTT Panhard.
Na noite de 11 de Novembro 1975, apos a derrota, juntamente com o Coronel Santos e Castro,  apenas 26 homens ficaram na frente de combate no Morro da Cal, todos comandos especiais, portugueses, entre eles todos os oficiais. Nenhum dos quadros da FNLA.  A FNLA simplesmente fugiu  mato adentro sem comando e os zairenses recuaram para o Caxito.

Serguei Kolomnin:
- A maioria das fontes (livros, recordacoes) mencionam os tres avioes da FA sul-africana  "Buccanir" a bombardear as posicoes FAPLA/cubanos na manha do dia 10 de Novembro.
De outro lado,  o General Xavier (Jornal de Angola, 13 de Janeiro 2010. General Xavier: História vivida em Kifangondo) diz o seguinte: "as FAPLA estavam a espera de uma investida maior no dia 10 de Novembro de 1975. O relogio indicava 05H00, quando dois avioes se fizeram aos ceus flagelando as posicoes das FAPLA, no Morro de Kifangondo. A primeira impressao e que fomos bombardeados pela aviacao, mas nao. Eram voos de reconhecimento que iam verificar os acessos, principalmente o estado das pontes…" E acrescenta: "eram avionetas de reconhecimento, que partiam da pista do Ambriz ou de pequenas pistas em fazendas como a Martins de Almeida".
Como poderia comentar estas palavras do veterano? Eram bombardeiros da Africa do Sul ou avionetas de reconhecimento FNLA? Se havia realmente aviacao sul-africana envolvida nessa batalha?

Pedro Marangoni:
- Avioes? Isto e muito interessante, confirmo as palavras do General Xavier, eram apenas dois avioes nossos, convencionais, civis, de observacao, decolados de Ambriz, mas ja era dia claro. Os primeiros tiros dos 140 sul-africanos foram em Luanda e depois foram recuando o alcance para atingir Quifangondo, coincidindo com a passagem dos avioes,o que para leigos poderia ser tomado por um bombardeio aereo.
Misterio: realmente por volta das 05:00H ouvi um ruido semelhante a jactos de combate em grande altitude e depois tres explosoes surdas, nao mais, abafadas entre o morro de Quifangondo e Luanda . Avioes ou uma experiencia de tiro com canhoes de uma fragata sul- africana que estava ao largo, com alcance suficiente para atingir o local? Isto e apenas uma conjectura minha, sem informacoes. Nem o coronel Santos e Castro ou o major Alves Cardoso foram comunicados de ajuda de avioes ou marinha sul-africana. Se houve uma tentativa, nao foi alem, talvez devido a dificuldade de execucao (proximidade das forcas oponentes no terreno).

Serguei Kolomnin:
- No seu livro "А Opcao Pela Espada" ha um mapa bastante pormenorizada e bem clara /upload/1264786543_super_image.jpg das posicoes FNLA/zairenses - FAPLA/cubanos no Quifangondo. Mesmo com o numero exato das pecas e obuses (1 canhao 130-mm zairence, 3 obuses 140-mm sul-africanos, FNLA etc.) Voce indicou os quatro BM-21 nas posicoes FAPLA/cubanos por acaso ou tinha informacao mais ou menos exata? Muitas fontes dizem, que eram seis.
Conforme minha opiniao baseada nas certas recordacoes, eram quatro BM-21, que chegaram ao Quifangondo nas vesperas do dia 10 de Novembro. Como poderia comentar isso?
O que podera dizer a respeito do mapa da batalha feita do ponto de vista dos angolanos, que   exposta no nosso site /upload/1265475698_super_image.jpg?

Pedro Marangoni:
- O mapa de Quifangondo exposta ali /upload/1265475698_super_image.jpg  e um documento valioso. E aparentemente as posicoes das Faplas/cubanos estao proximas daquilo que imaginei. Existe, no indice, um simbolo para ponte destruida para impedir o avanco inimigo! Novamente a insistencia das pontes destruidas e note-se que estranhamente  nao se acha no terreno tal simbolo, apenas no indice. As mencoes de mercenarios referem-se ao nosso grupo, pois os mercenarios de Callan so chegariam em mais tarde. Nossas posicoes e rota de ataque e posterior retirada estao corretas, apenas nao existem datas.  Nota-se que, colocam correctamente o nosso grupo na vanguarda e a FNLA na nossa retaguarda. Com excessao do simbolo ponte destruida e do suposto bombardeamento da aviacao, me parece um mapa honesto.

O meu mapa /upload/1264786543_super_image.jpg foi feito de memoria, sem escala e sem consulta a um mapa real do terreno; e apenas o que visualisei no decorrer do combate. O lado da FNLA/Zaire/Comandos e exato; do lado inimgo sao minhas conjecturas. O numero e localizacao de canhoes anti carro por informacao do tenente Paes na primeira investida.
O numero de BM-21 calculei pela sequencia de lancamento, quando cairam em maior intensidade, pela concentracao das explosoes; apenas uma hipotese que agora me parece acertada.
Observacao: em meu livro, "Orgaos de Stalin", juntamente com monocaxito era a terminologia generica que davamos a qualquer missil 122, de lancador simples ou nao, sem significar BM-21./main/nauka/Qifangondo#_edn64
Se voce tiver dados confiaveis, autorizo que atualize com mais precisao a metade das fapla-cubanos no mapa.

Serguei Kolomnin:
Se poderia fazer uns comentarios acerca das fotos expostas na  nossa pagina, dedicada a este tema /main/nauka/fotokifangondo?
As fotos №№9 e 11 com Panhards destruidas sao originais de Angola dos tempos . Talvez saiba quem esta junto com Holden Roberto na foto №3? Foto №4  - sao soldados da FNLA ou zairenses? 

Pedro Marangoni:
Foto №3. /upload/1264175592_super_image.jpg Em primeiro plano nao sei identificar; atras, ao lado de Holden, e o jornalista brasileiro e assessor do Presidente, Fernando Luis da Camara Cascudo.
 Foto №4. /upload/1264175329_super_image.jpg  Esta foto me parece ser dos tempos mais fortes da FNLA, antes da guerra civil e mesmo do 25 de Аbril de 1974 e foi feita no Zaire, provavelmente na base de Quinkuzo. Nunca mais se viu tal concentracao de tropas.
Nao da para identificar; mas em toda a guerra civil os comandos perderam apenas uma Panhard-90, a do tenente Paes em Quifangondo.
Foto №12 /upload/1264179068_super_image.jpg  Como ja disse sao os primeiros comandos especiais capturados na batalha de Caxito em 7 de Setembro de 1975, onde participaram de improviso e com armamento obsoleto, sendo envolvidos devido a enorme inferioridade numerica; bateram-se bem. Da esquerda para a direita, (brancos) Quintino, pelotao G-3; Fernandes, paraquedista, pelotao MAG; Pereira , motorista caminhao Mercedez.
Encontrei mais fotos que tem mais relacao com Quifangondo, fotos nunca publicadas, em mal estado, mas importantes e autorizo a publicacao no site. Foram me dadas pelo autor, Azevedo, tripulante, que escapou da Panhard-60 cujos dois tripulantes foram capturados em Quifangondo.
 Mostram a chegada da artilharia sul-africana no Morro da Cal. Ao lado, uma torre de madeira, marco geodesico que marcava nossa posicao ao inimigo e que ninguem se preocupou em derrubar /upload/1265225452_super_image.jpg  e tambem as nossas tres Panhards, estacionadas no abrigo onde passamos a noite antes do combate. /upload/1265477608_super_image.jpg
Outra foto mostra a Panhard-90 do tenente Paes, pronta para descer ao Panguila, com a flamula onde se lia «Ouso»! /upload/1265225116_super_image.jpg As fotos coloridas mostram no jeep, apos a conquista de Quicabo, o comando Remedios, que foi capturado em Quifangondo, com sua M-79, que o General Xavier relata estar no museu em Luanda /upload/1265217091_super_image.jpg .
A outra e da “Forca Aerea da FNLA”, logo apos meu bombardeio, junto com Rabelo, um piloto civil, contra a emissora oficial em Luanda . Os homens com tarja preta sao os tecnicos em explosivos, uma equipe de muito valor, que prepararam as cargas que lancei. /upload/1265478619_super_image.jpg
Como conclusao queria dizer o seguinte: publicando estas fotos e meus depoimentos Veteranangola.ru assim amplia a contribuicao nao so para a reconstrucao da verdadeira historia militar de Angola, bem como para alertar sobre injusticas de cunho social, discriminatorio, por parte de europeus e africanos e que devem ser conhecidas pelo menos como uma homenagem e retratacao as vitimas.
A bem da historia militar sera um mapa incomum, feito em conjunto pelos dois lados opostos envolvidos. Creio que e uma oportunidade de mostrar ao mundo que militares em confronto sao profissionais em trabalho, nao inimigos pessoais.
 FIM

A Batalha de kifangondo





Pedro Marangoni:  Quatro MLRS BM-21 Grad deteram os inimigos que avancavam sobre Luanda e mudaram o rumo da guerra?
Sim, mas como arma de efeito moral e nao destrutivo.
Pedro Marangoni  /upload/1265466298_super_image.jpg nasceu em Sao Paulo , Brasil  em 1949. Foi formado no Centro de Formacao de Pilotos Militares da Forca Aerea Brasileira (1968-1971). Ocupacao - Piloto de Helicopteros, 9.000 horas de voo. Serviu na Legiao Estrangeira  Francesa (1972-1973). Depois viveu em Mocambique (1973-1974). Chegou para Angola em Junho 1975, combateu com o grupo do coronel Santos e Castro ao lado da FNLA.   Participou na Batalha de Quifangondo (23 de Outubro - 10 de Novembro de 1975). Abandonou a luta em Fevereiro de 1976.  Viveu na  Rhodesia (1976 – 1977). Depois esteve com a Resistencia Nacional Mocambicana, na regiao de fronteira com a Rhodesia, Inyanga, Umtali. Em 1979-1980 serviu na Legiao Espanhola. Depois de Africa voltou para o Brasil e trabalhou na Amazonia (Brasil), Bolivia e Peru, como piloto de helicopteros por cerca de 20 anos. Agora vive no Brasil.
Livros publicados: “Angola-Comandos especiais contra cubanos” . “A opcao pela espada” (Brasil, 2 edicoes). “Maria da Silva e a era do nao” (Brasil). “A grande manada/o infinito nao tem pressa” (Brasil). 
Observando o comportamento dos africanos em combate, de um modo nao cientifico mas baseados em guerras recentes, verificaremos que a sua combatividade decresce do norte para o sul do continente negro. Minha experiencia na Africa Austral mostrava que quem atacava vencia, quem era atacado recuava sempre e a maior parte das vitimas eram civis, nao militares. Frentes elasticas e combatentes sem qualquer motivacao mais profunda. Era a proporcao de nao-africanos – advisers, internacionalistas, mercenarios, voluntarios, etc., que decidia os confrontos. Estes eram tropas de conquista, os outros, de simples ocupacao de terreno conquistado. E assim aconteceu tambem em Angola, de forma significativa.
Os combatentes nao-africanos com ideais ou vontade de vencer eram afetados por armas que realmente eram perigosas e produziam baixas; a esmagadora maioria africana temia qualquer coisa que explodia e fizesse barulho. Desculpem-me por nao ser politicamente correto, mas esta e a verdade.
Fui, nos anos setenta, advertido de que estaria fornecendo informacoes importantes ao inimigo, ao menosprezar em artigos escritos, o 122 sovietico, que considerava uma arma de efeito moral, nao efetivo para causar baixas. Mas assim o via, como os demais colegas de combate. Temiamos mais um morteiro 81. Um morteiro 120, entao, nos pregava ao solo, irremediavelmente...
Observei incontaveis vezes, a marca deixada no asfalto ou no solo, por explosoes do 122 e dos morteiros 120, 81, 60. Os estilhacos dos morteiros rasgavam o solo no ponto de impacto, desenhando uma estrela, mostrando que varreram o solo em trajetoria rasante, atingindo mesmo quem estivesse deitado. Ja o 122 deixava poucas marcas, com estilhacos sendo lancados em angulo mais fechado, mais alto e menos perigosos. Varios cairam a poucos metros de mim na batalha de Quifangondo, sem maiores danos. Tenho certeza que qualquer morteiro caindo na mesma curta distancia teria me posto fora de combate.

Mas a capacidade de lancamento multiplo, apido, sequencial dos MLRS BM-21 e devastador para tropas mal treinadas, inexperientes ou pouco motivadas. Sem nenhuma duvida eles foram decisivos para o panico e a debandada geral das tropas da FNLA e zairenses em Quifangondo.
E o que deteve a pequena tropa nao-africana? Em primeiro lugar, os canhoes anti-carro 76 mm, que aproveitaram o absurdo avanco das frageis Panhard totalmente descobertas; em segundo lugar, para segurar os poucos infantes que seguiriam atras delas, as metralhadoras anti-aereas (ZPU-4?) cujo tiro podiamos sentir sobre nossas cabecas e que nao nos deixavam levantar do solo.

Mas, mesmo se as Panhards nao fossem detidas e nosso pequeno grupo pudesse avancar, nao teriamos ninguem nos seguindo, pois o grosso da tropa africana debandara apavorada pelo efeito psicologicamente devastador dos MLRS BM-21 Grad...
Resumindo, sim, concordo que esta arma foi decisiva nao so no rumo da batalha, mas de toda a guerra. Acredito que se o indisciplinado exercito zairense entrasse em Luanda, tudo seria arrasado e saqueado e uma avalanche de tropas de Mobutu Sesse Seko se despejariam pela fronteira norte, numa ocupacao criminosa. E nos, o pequeno grupo de comandos especiais que por um ideal, serviu de ponta de lanca, seriamos dizimados ou presos ou expulsos, pois representavamos um obstaculo as barbaries zairenses em solo angolano.




Pedro Marangoni: «A bem da historia militar sera um mapa incomum, feito em conjunto pelos dois lados opostos envolvidos»

 Entrevista
do ex-combatente da Batalha do Quifangondo ao lado da FNLA Pedro Marangoni, cedida ao Secretario da imprensa da Uniao Russa dos Veteranos de Angola
Serguei Kolomnin


Serguei Kolomnin:
Estimado Pedro Marangoni!
Fico-lhe muito grato por suas mensagens relativas a Batalha de Quifangondo, em particular pelo artigo "Quatro MLRS BM-21 Grad deteram os inimigos que avancavam sobre Luanda e mudaram o rumo da guerra?", que ja foi publicado no nosso website em russo e portugues.
Encontrei nas suas mensagens alguns elementos muito interessantes para mim, como historico, em particular, em relacao ao efeito provocado pelas metralhadoras anti-aereas ZPU-4 de calibre 14,5 mm (os angolanos e cubanos os chamavam "cuatro bocas"), ao efeito moral, produzido por salvas de BM-21 e tambem acerca do numero exacto de comandos especiais portugueses ao lado da FNLA e ELP (Exercito de Libertacao Portugues). E mais algumas perguntas, se permitir.

- O ELP – foi simplesmente o slogan, ou forca real com a estructura, programa e o comando formados?  

Pedro Marangoni:

- Como recebi sua mensagem em portugues correto, vejo que nao e atraves de tradutor eletronico e sim de quem tem otimos conhecimentos da lingua portuguesa, portanto ficarei mais a vontade para responder em meu idioma.
O ELP so seria mencionado de forma politica, tentando comprometer a FNLA e tambem porque dizia-se que o Coronel Santos e Castro  /upload/1265215912_super_image.jpg era ligado a este "exercito" que considero apenas teorico, nunca chegou a existir como forca real, coesa, organizada e pronta para combate. Apenas uma organizacao politica. Nunca ajudou nossas tropas, que foram recrutadas entre portugueses refugiados na Rhodesia, pelo comandante das Flechas, Alves Cardoso, da DGS/PIDE. Mas os membros do grupo do Coronel Santos e Castro nao eram mercenarios, eram combatentes, que viviam em Africa e quiseram ficar la para passar ali a sua vida. Era composto por 153 portugueses mais eu. O unico militar do grupo que poderia se chamar de “estrangeiro" era eu, brasileiro, mas com dupla nacionalidade portuguesa. O Coronel Santos e Castro apareceria em Ambriz, como adviser militar de Holden Roberto e ligacao com o nosso grupo. Depois passara a participar dos combates, fardado mas sem armas. Depois de Quifangondo volta a Europa.


Serguei Kolomnin:
 - O que pode dizer da ajuda dos EUA a FNLA e ao ELP?

Pedro Marangoni:
 - Quanto  a ajuda dos EUA, tinhamos pouco apoio e se os EUA ajudavam mais, provavelmente a ajuda era desviada por Mobutu. Muitos artigos tambem exageram a atuacao dos norte-americanos, que pouco interviram e pouco nos ajudaram. Muitos livros historicos agora apenas mais uma obra politica, repleta de mentiras e exageros; estes livros prestam-se para falsear a historia da descolonizacao e dificultar para que as geracoes pos guerra conhecam o que se passou realmente e aprendam a nao repetir erros do passado.

Serguei Kolomnin:
- Na edicao "FAPLA baluarte da paz em"  (Berger-Levrault International, Paris. Р. 110) le-se, que a ponte sobre rio Bengo tinha sido  destruida pelos sapadores das FAPLA para impedir o avanco da tropa da FNLA. Alguns angolanos participantes na Batalha de Quifangondo (FAPLA) mencionam a de Panguila tambem como destruida. O General Xavier, actual responsavel da Academia Militar das Forcas Armadas Angolanas  (http://jornaldeangola.sapo.ao/20/0/general_xavier_historia_vivida_em_kifangondo) tambem insiste no facto a ponte sobre rio Bengo tinha sido destruida.
Outro ex-combatente (FAPLA) Alvaro Antonio, que e o capitao, actualmente colocado na Unidade da Guarda presidencial (UGP) (http://allafrica.com/stories/200811120632.html) na entrevista a TV angolana afirma: "Nesta altura em que se destruiu a ponte estavam a atravessar tres viaturas, entre as quais um tanque que ainda nao tinha passado, tendo as outras duas caido com a ponte, morrendo os seus ocupantes". Ele acrescentou ainda, "que desta accao resultou a captura de quatro mercenarios norte-mericanos que permaneceram encarcerados na ex-sala do director da Escola Primária da Fazenda experimental da Funda".
Se a ponte do Bengo estava destruida, de que maneira a tropa da FNLA tencionara e conseguiria atravessar o rio? A nado?
Ou a ponte sobre rio Bengo continuava a funcionar, tendo so alguns danos nao significativos? Conforme a minha experiencia militar explodir e destruir a ponte solida, construida em betao e uma coisa nao facil…

Pedro Marangoni:
- Encontrei as recordacoes do General angolano Xavier honestas, parece-me ele realmente esteve em Quifangondo. Mas nenhuma das duas pontes estavam destruidas e nao entendo porque os angolanos insistem em mentir sobre um facto que daria ate mais valor a luta deles... Claro com a ponte destruida, seria uma defesa mais segura, praticamente admitindo que nao conseguiriam deter o inimigo. A ponte destruida seria uma protecao a mais.
Talvez a  ponte do Bengo estivesse SABOTADA, NAO DESTRUIDA, OU SEJA, COLOCARAM AS CARGAS EXPLOSIVAS E NAO DETONARAM, TAL SERIA FEITO APENAS SE NAO CONSEGUISSEM NOS DETER! Sera que isso aconteceu tambem na ponte do Panguila, onde encontramos os cordoes detonantes? E a explosao teria falhado?
Um grupo de comandos com o capitao Valdemar precedeu o grande ataque, infiltrando-se pela madrugada e tomando a primeira ponte, do Panguila. Apenas cordoes detonantes foram encontrados, sem explosivos. Eu proprio passei por ela, intacta. A segunda ponte tambem, no primeiro ataque foi avistada inteira pelos blindados e tambem pelos avioes de reconhecimento.
Se a ponte do Bengo estava destruida, como posteriormente as Faplas/cubanos avancaram contra o Morro da Cal e Caxito? Pelas pontes...A preocupacao da FNLA era que, as duas pontes fossem destruidas quando avancassemos e a engenharia zairense so tinha uma ponte disponivel para construir.
Ainda sobre pontes: a unica ponte importante que foi destruida pelo MPLA, quando do grande avanco da FNLA rumo a Luanda foi a de Porto Quipiri, na saida de Caxito. Ai a engenharia zairense construiu uma flutuante, de madeira e depois uma grande ponte metalica, que permanece ate hoje.
Depoimento do capitao Alvaro Antonio... lembremos sempre: a primeira vitima da guerra e a verdade... Atualmente existem mais herois que combatentes na ocasiao da batalha... estaria ele la? Lembremos que os cubanos, de arma na mao tiveram que obrigar os angolanos a voltarem para os postos de combate, pois fugiam em panico. Nao existiram, por exemplo, quatro mercenarios norte-americanos capturados! No combate, foram capturados apenas o municiador da Panhard-90 Remedios, o condutor da Panhard-60 Serra e seu atirador Oliveira, todos portugueses. Americano so havia um, observador do CIA, sempre desarmado, que nao saiu do Morro da Cal. Os autenticos mercenarios apareceram no Norte de Angola um mes depois de Quifangondo, eram na verdade os Ingleses e Americanos, mas nao conseguiram nada, pois a luta ja tinha terminado.
O meu grande amigo Remedios foi capturado porque foi ferido com gravidade (esta vivo e hoje mora em ), mas Serra e Oliveira suspeita-se que forcaram a queda da Panhard-60 no pantano para se entregar, desertando. Talvez voce tenha conhecido Oliveira, fiquei surpreso ao ve-lo na televisao, anos mais tarde como comandante militar das FAPLA num setor no Sul de Angola!
Um facto interessante e que nem mesmo o MPLA nos considerava realmente mercenarios, apenas usavam como propaganda, pois meus colegas capturados nao foram julgados com os ingleses e americanos e tiveram tratamento mais humano. Alem de Remedios, Serra e Oliveira, capturados em Quifangondo, anteriormente haviam sido capturados na batalha de Caxito em 7 de Setembro de 1975 os comandos especiais brancos: Quintino, Fernandes e Pereira. Eles estao na foto do seu  arquivo:/upload/1264179068_super_image.jpg  
Resumindo, no Quifangondo ficaram no terreno uma Panhard-90, uma Panhard-60 e um caminhao Mercedes zairense; brancos capturados – 3, todos portugueses. O tal capitao mente.

Serguei Kolomnin:
- Qual foi o destino da maioria dos comandos portugueses apos o desastre do Quifangondo?  Portugal ? Africa do Sul?

Pedro Marangoni:
- Como ja disse o coronel Santos e Castro voltou a Europa. Outros foram-se embora depois que abandonamos a luta em Fevereiro de 1976, alguns continuaram a luta. Por exemplo, o meu  colega a quem chamavamos "Passarao" (esta de pe, na extrema direita na foto /upload/1265473138_super_image.jpg). Tomei conhecimento que ele retornou do Zaire e continuou combatendo sozinho (ele havia nascido la, era um africano branco a quem negavam a patria), fazendo emboscadas contra os cubanos, formou e comandou um pequeno grupo, atuando na regiao de Ambriz, ate que em Outubro de 1977, sofreu queimaduras graves com o mosquiteiro que pegou fogo e agonizou por duas semanas ate morrer. Foi enterrado pelos africanos na mata perto da Fazenda Loge, regiao de Ambriz.
Apos Angola os comandos portugueses voltaram para a Rhodesia, alguns para o Brasil, buscando uma patria nova e outros para Portugal, pais que alguns nunca haviam estado, africanos brancos de varias geracoes e que foram muito discriminados pelos portugueses na Europa.

Serguei Kolomnin:
- E de conhecimeto geral, que atacando contra Quifangondo a FNLA e  os zairenses foram apoiaos pela artilharia de longo alcance  sul-africana.  O que poderia dizer a este respeito?

Pedro Marangoni:
- As pecas   140-mm G-2 sul-africanas chegaram ao Morro a Cal na tarde do dia 9 e comecaram o fogo de barragem no dia 10 por volta das 05:00H;  foram diminuindo a intensidade do fogo ate cessar de vez, nao sei precisar o momento. Segundo o сoronel Santos e Castro, que me informou pessoalmente, as 16:30H (04:30 PM) os sul-africanos se retiraram do local com todo o material, sem autorizacao ou comunicar a ninguem. Os sul-africanos fugiram durante o combate. Apos Caxito abandonaram os obuses sem as culatras e foram resgatados em Ambriz, já noite, por um helicoptero. Fugiram de helicoptero para um barco na costa de Ambriz, levando as culatras dos obuses 140-mm G-2. Tudo a revelia da FNLA. Os obuses posteriormente foram rebocados pela FNLA, mas sem poder usa-los, acabaram em Ambrizete como ferro velho.

Serguei Kolomnin:
- Poderia pormenorizar o despositivo de combate e a composicao da forca da FNLA e zairenses? Quantos carros Panhard, soldados (FNLA e zairenses), pecas de artilharia haviam no palco de combate no dia 10 de Novembro perante o ultimo ataque contra Quifangondo?

Pedro Marangoni:
 - Numeros aproximados.
Artilharia:  1 canhao 130-mm, Africa do Sul 3 obuses 140-mm, FNLA alguns morteiros 120-mm.
Cavalaria: Comandos Especiais: 1 Panhard-90 (destruida), 2 Panhards-60 (uma destruida e uma avariada), 1 VTT Panhard com um grupo de combate, retornou ileso sem lancar a tropa, um jeep com canhao 106-mm sem recuo (nao participou).
Zaire: cerca de 10 jeeps com canhao 106-mm sem recuo (nao participaram), umas 15 Panhards diversas, nenhuma participou do combate, assim que transpuseram a ponte do Panguila descarregaram toda a municao e recuaram. Varios canhoes antiaereos 20-mm montados em jeeps (nao participaram).
Infantaria: Comandos, dos 154, cerca de 80 participaram do combate, apenas uns 10 cruzaram a ponte do Panguila avancando, o restante nao avancou, permaneceu antes da ponte.   
FNLA: cerca de 800 homens (nao tenho certeza, numero aproximado), nenhum cruzou a ponte do Panguila.
Zaire: um batalhao de infantaria (dizem dois, nao sei), uma equipe de engenharia; dois caminhoes Mercedes, carregados de soldados zairenses cruzaram a ponte do Panguila e comecaram a morrer sem chance de defesa na primeira curva depois da ponte. Poucos voltaram, quase todos feridos. Um dos caminhoes retornou a noite, apos o combate, com alguns homens.
Quando recuei para o Morro da Cal, debaixo de cerrado bombardeio, por volta das 18:00H (06:00PM) do dia 10, tudo estava completamente deserto e as unicas viaturas eram o jeep do staff e a nossa VTT Panhard.
Na noite de 11 de Novembro 1975, apos a derrota, juntamente com o Coronel Santos e Castro,  apenas 26 homens ficaram na frente de combate no Morro da Cal, todos comandos especiais, portugueses, entre eles todos os oficiais. Nenhum dos quadros da FNLA.  A FNLA simplesmente fugiu  mato adentro sem comando e os zairenses recuaram para o Caxito.

Serguei Kolomnin:
- A maioria das fontes (livros, recordacoes) mencionam os tres avioes da FA sul-africana  "Buccanir" a bombardear as posicoes FAPLA/cubanos na manha do dia 10 de Novembro.
De outro lado,  o General Xavier (Jornal de Angola, 13 de Janeiro 2010. General Xavier: História vivida em Kifangondo) diz o seguinte: "as FAPLA estavam a espera de uma investida maior no dia 10 de Novembro de 1975. O relogio indicava 05H00, quando dois avioes se fizeram aos ceus flagelando as posicoes das FAPLA, no Morro de Kifangondo. A primeira impressao e que fomos bombardeados pela aviacao, mas nao. Eram voos de reconhecimento que iam verificar os acessos, principalmente o estado das pontes…" E acrescenta: "eram avionetas de reconhecimento, que partiam da pista do Ambriz ou de pequenas pistas em fazendas como a Martins de Almeida".
Como poderia comentar estas palavras do veterano? Eram bombardeiros da Africa do Sul ou avionetas de reconhecimento FNLA? Se havia realmente aviacao sul-africana envolvida nessa batalha?

Pedro Marangoni:
- Avioes? Isto e muito interessante, confirmo as palavras do General Xavier, eram apenas dois avioes nossos, convencionais, civis, de observacao, decolados de Ambriz, mas ja era dia claro. Os primeiros tiros dos 140 sul-africanos foram em Luanda e depois foram recuando o alcance para atingir Quifangondo, coincidindo com a passagem dos avioes,o que para leigos poderia ser tomado por um bombardeio aereo.
Misterio: realmente por volta das 05:00H ouvi um ruido semelhante a jactos de combate em grande altitude e depois tres explosoes surdas, nao mais, abafadas entre o morro de Quifangondo e Luanda . Avioes ou uma experiencia de tiro com canhoes de uma fragata sul- africana que estava ao largo, com alcance suficiente para atingir o local? Isto e apenas uma conjectura minha, sem informacoes. Nem o coronel Santos e Castro ou o major Alves Cardoso foram comunicados de ajuda de avioes ou marinha sul-africana. Se houve uma tentativa, nao foi alem, talvez devido a dificuldade de execucao (proximidade das forcas oponentes no terreno).

Serguei Kolomnin:
- No seu livro "А Opcao Pela Espada" ha um mapa bastante pormenorizada e bem clara /upload/1264786543_super_image.jpg das posicoes FNLA/zairenses - FAPLA/cubanos no Quifangondo. Mesmo com o numero exato das pecas e obuses (1 canhao 130-mm zairence, 3 obuses 140-mm sul-africanos, FNLA etc.) Voce indicou os quatro BM-21 nas posicoes FAPLA/cubanos por acaso ou tinha informacao mais ou menos exata? Muitas fontes dizem, que eram seis.
Conforme minha opiniao baseada nas certas recordacoes, eram quatro BM-21, que chegaram ao Quifangondo nas vesperas do dia 10 de Novembro. Como poderia comentar isso?
O que podera dizer a respeito do mapa da batalha feita do ponto de vista dos angolanos, que   exposta no nosso site /upload/1265475698_super_image.jpg?

Pedro Marangoni:
- O mapa de Quifangondo exposta ali /upload/1265475698_super_image.jpg  e um documento valioso. E aparentemente as posicoes das Faplas/cubanos estao proximas daquilo que imaginei. Existe, no indice, um simbolo para ponte destruida para impedir o avanco inimigo! Novamente a insistencia das pontes destruidas e note-se que estranhamente  nao se acha no terreno tal simbolo, apenas no indice. As mencoes de mercenarios referem-se ao nosso grupo, pois os mercenarios de Callan so chegariam em mais tarde. Nossas posicoes e rota de ataque e posterior retirada estao corretas, apenas nao existem datas.  Nota-se que, colocam correctamente o nosso grupo na vanguarda e a FNLA na nossa retaguarda. Com excessao do simbolo ponte destruida e do suposto bombardeamento da aviacao, me parece um mapa honesto.

O meu mapa /upload/1264786543_super_image.jpg foi feito de memoria, sem escala e sem consulta a um mapa real do terreno; e apenas o que visualisei no decorrer do combate. O lado da FNLA/Zaire/Comandos e exato; do lado inimgo sao minhas conjecturas. O numero e localizacao de canhoes anti carro por informacao do tenente Paes na primeira investida.
O numero de BM-21 calculei pela sequencia de lancamento, quando cairam em maior intensidade, pela concentracao das explosoes; apenas uma hipotese que agora me parece acertada.
Observacao: em meu livro, "Orgaos de Stalin", juntamente com monocaxito era a terminologia generica que davamos a qualquer missil 122, de lancador simples ou nao, sem significar BM-21./main/nauka/Qifangondo#_edn64
Se voce tiver dados confiaveis, autorizo que atualize com mais precisao a metade das fapla-cubanos no mapa.

Serguei Kolomnin:
- Se poderia fazer uns comentarios acerca das fotos expostas na  nossa pagina, dedicada a este tema /main/nauka/fotokifangondo?
As fotos №№9 e 11 com Panhards destruidas sao originais de Angola dos tempos . Talvez saiba quem esta junto com Holden Roberto na foto №3? Foto №4  - sao soldados da FNLA ou zairenses? 

Pedro Marangoni:
Foto №3. /upload/1264175592_super_image.jpg Em primeiro plano nao sei identificar; atras, ao lado de Holden, e o jornalista brasileiro e assessor do Presidente, Fernando Luis da Camara Cascudo.
 Foto №4. /upload/1264175329_super_image.jpg  Esta foto me parece ser dos tempos mais fortes da FNLA, antes da guerra civil e mesmo do 25 de Аbril de 1974 e foi feita no Zaire, provavelmente na base de Quinkuzo. Nunca mais se viu tal concentracao de tropas.
Nao da para identificar; mas em toda a guerra civil os comandos perderam apenas uma Panhard-90, a do tenente Paes em Quifangondo.
Foto №12 /upload/1264179068_super_image.jpg  Como ja disse sao os primeiros comandos especiais capturados na batalha de Caxito em 7 de Setembro de 1975, onde participaram de improviso e com armamento obsoleto, sendo envolvidos devido a enorme inferioridade numerica; bateram-se bem. Da esquerda para a direita, (brancos) Quintino, pelotao G-3; Fernandes, paraquedista, pelotao MAG; Pereira , motorista caminhao Mercedez.
Encontrei mais fotos que tem mais relacao com Quifangondo, fotos nunca publicadas, em mal estado, mas importantes e autorizo a publicacao no site. Foram me dadas pelo autor, Azevedo, tripulante, que escapou da Panhard-60 cujos dois tripulantes foram capturados em Quifangondo.
 Mostram a chegada da artilharia sul-africana no Morro da Cal. Ao lado, uma torre de madeira, marco geodesico que marcava nossa posicao ao inimigo e que ninguem se preocupou em derrubar /upload/1265225452_super_image.jpg  e tambem as nossas tres Panhards, estacionadas no abrigo onde passamos a noite antes do combate. /upload/1265477608_super_image.jpg
Outra foto mostra a Panhard-90 do tenente Paes, pronta para descer ao Panguila, com a flamula onde se lia «Ouso»! /upload/1265225116_super_image.jpg As fotos coloridas mostram no jeep, apos a conquista de Quicabo, o comando Remedios, que foi capturado em Quifangondo, com sua M-79, que o General Xavier relata estar no museu em Luanda /upload/1265217091_super_image.jpg .
A outra e da “Forca Aerea da FNLA”, logo apos meu bombardeio, junto com Rabelo, um piloto civil, contra a emissora oficial em Luanda . Os homens com tarja preta sao os tecnicos em explosivos, uma equipe de muito valor, que prepararam as cargas que lancei. /upload/1265478619_super_image.jpg
Como conclusao queria dizer o seguinte: publicando estas fotos e meus depoimentos Veteranangola.ru assim amplia a contribuicao nao so para a reconstrucao da verdadeira historia militar de Angola, bem como para alertar sobre injusticas de cunho social, discriminatorio, por parte de europeus e africanos e que devem ser conhecidas pelo menos como uma homenagem e retratacao as vitimas.
A bem da historia militar sera um mapa incomum, feito em conjunto pelos dois lados opostos envolvidos. Creio que e uma oportunidade de mostrar ao mundo que militares em confronto sao profissionais em trabalho, nao inimigos pessoais.
 FIM


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

AIDS - SIDA - COMO TRATÁ-LA COM HOMEOPATIA E PLANTAS MEDICINAIS

AIDS, SIDA ou AIDETISMO: DOENÇA TIDA COMO INCURÁVEL
Fonte: http://www.then.com.br/forum/

COMO TRATÁ-LA Orientação do Prof. Moreno - Terapeuta homeopata

É tido como científico que a SIDA/AIDS é uma doença é incurável, conforme a ciência da alopatia ou medicina química ou medicina oficial.

As terapias naturais associadas à ciência da homeopatia consideram a AIDS possa ter tratada com sucesso.

A mídia mundial anuncia que a AIDS é incurável. O portador do vírus da AIDS – SIDA, que acreditar que esta doença é curável e quiser testar, basta experimentar o tratamento formulado pelo Professor Moreno, terapeuta homeopata, professor de homeopatia para o público em geral e autor de 25 livros de homeopatia.

Como surgiu a AIDS?

O nome no nosso idioma é “síndrome da imuno deficiência adquirida” sigla SIDA (ou AIDS). A população brasileira e mundial precisa ficar sabendo que esta doença foi gerada após o surgimento de técnicas maciças de medicamentos químicos para tratar, curar e suprimir as doenças como sarna, psoríase, eczemas, gonorréia, sífilis, tuberculose, alergias, etc. Como este processo as pessoas se fragilizaram no seu sistema imunológico e isto facilitou o campo para invasão do vírus da AIDS.

As terapias naturais propõem o fortalecimento do organismo humano e limpeza interna dos órgãos, ao invés de continuar insistindo em combater os vírus da AIDS e eles se tornando cada vez mais fortes, resistentes, exigindo cada vez mais medicamentos químicos e gerando pessoas mais frágeis no seu sistema imunológico. Nas terapias naturais não se combate o vírus, mas altera-se o campo, eliminando as impurezas internas, não se facilita a vida do vírus da AIDS.

Como que a medicina oficial ajudou a desenvolver esta síndrome?

Muito simples. A resposta está no livro escrito pelo Doutor Hahnemann, doenças crónicas, publicado em 1800. Se a Sida foi identificada há menos de 30 anos, como Hahnemann já tinha teorizado a doença da síndrome da deficiência adquirida?

Leia o livro “Doenças crónicas de Hahnemann”, reorganizado por José Alberto Moreno. Editora Hipocrática-Hahnemanniana.

Neste livro está muito claro a fonte única das doenças. A sarna sendo reprimida, fica mostrado com clareza meridiana, científica, provas de médicos alopatas da sua época e séculos anteriores, que todas as doenças físicas vêm da sarna reprimida. A supressão da sarna causa milhares de novas doenças, que são tidas como independentes da repressão da sarna, mas vêm da supressão da sarna. A supressão da sarna facilita a entrada das gonorreia e da sífilis. A supressão destas duas ultimas doenças facilita a entrada do câncer, da tuberculose e finalmente da AIDS.

O que se entende por supressão da sarna? A doença tem duas direcções ou está saindo do corpo da pessoa ou está se interiorizando para o corpo do doente. A doença sai do corpo humano pelas fezes, urina, transpiração, catarros, ramelas, cerumes. Quando ela fica trancada no organismo vai se acumulando em vários órgãos e partes do corpo.

he do interior ao exterior do corpo dos humanos, dos animais e das plantas. Todos os esforços da medicina alopática são no sentido da doença caminhar do exterior para o interior, impedindo, dificultando, obstaculizando a saída das impurezas do organismo. Isto vai fragilizar o sistema imunológico nos humanos e animais, assim como o sistema de defesa das plantas.

SIDA (AIDS) surgiu nos humanos e se espalhou por grande parte da humanidade justamente poucas décadas depois da grande descoberta científica dos antibióticos. Estes aos matar os vírus, os micróbios, os vermes, os fungos, fragilizam o sistema imunológico. Estando fragilizado o sistema imunológico, os vírus, micróbios, fungos, bactérias, têm grande facilidade de penetrar, desenvolver e multiplicar no interior dos humanos e animais. Gerada esta fragilidade os organismos ficaram susceptíveis a receber vírus que somente conviviam em outras espécies animais. Assim, após a grande descoberta dos antibióticos os humanos, após receberem grandes cargas destes medicamentos e mais a grande carga de vacinas, ficaram com seus sistemas imunológicos frágeis e isto facilitou, permitiu a SIDA nos humanos. Assim, pode-se compreender porque esta doença tem justamente este nome “Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida” (SIDA), ela foi adquirida após o surgimento dos antibióticos. Para adquiri-la, usando excesso de medicamentos químicos, o seu organismo fragiliza-se e a pessoa tem o seu campo aberto para receber o virus HIV. O corpo humano fica fragilizado no seu sistema imunológico.

O modelo médico vigente ao aplicar nos humanos doses maciças de antibióticos para combater a gonorreia, a sífilis, a tuberculose, enfraqueceu os humanos e assim o vírus da AIDS que era especifico de determinada espécie de macaco passou a encontrar campo fértil no interior dos humanos.

Se os humanos por meio de tantos tratamentos alopáticos ficaram fragilizados para receber o HIV e se tornarem aidéticos, existe alguma fórmula de reverter esta situação e negativar os portadores deste vírus?

Basta seguir o raciocínio de Hahnemann que o HIV, começa a perceber que o campo onde estava instalado está-se modificando, agora ele está percebendo um sangue mais puro, o intestino mais limpo, e assim, o seu habitat está sendo alterado. Desta forma, o próprio HIV percebe que lhe está faltando terreno para a sua permanência e por isto é expelido pelas fezes. Ao invés de ser morto pelo antibiótico, ele mesmo abandona os hospedeiros.

Qual é a orientação? Há mais de 10 anos tenho esta fórmula. A questão é que a média mundial, orientada pelos “doutores tidos como cientistas”, afirmam que pelos métodos alopáticos esta doença é incurável. Pelo método alopático ela é na verdade incurável. Cada vez os humanos ficarão mais frágeis aos antibióticos e surgirão doenças mais graves do que a SIDA.

Mas, associando o tratamento homeopático, com o das plantas medicinais este virus tão fraquinho, que se exposto alguns segundos ao ar ele morre, assim podemos vencer uma doença tão monstruosa, que é tão forte, tão monstruoso, que está na lista da doenças incuráveis pela ALOPATIA.

Você tem a cura da AIDS – SIDA? Faltam-me pessoas, organizações que aceitem descartar o paradigma de que as doenças são incuráveis, pessoas que a aceitem o paradigma da cura das doenças. Faltam-me aidéticos ou organizações governamentais e não governamentais que acreditem em nova verdade, que a AIDS é facilmente tratada com plantas medicinais associadas a homeopatia, florais, sal natural e outras terapais.

RECEITA FITOTERÁPICA ASSOCIADA A HOMEOPATIA PARA CURAR AIDÉTICOS

Talvez alguns poucos se interessem por esta nova verdade. Se você conseguir normalizar, negativar 10 aidéticos, poderão surgir depois 100 interessados, após 1000, depois 10000, depois 100000 e assim sucessivamente iremos libertar a população mundial da escravidão mentais, a que os humanos são submetidos, ao se considerar como única verdade, “a AIDS é incurável”.

A) Tratamento homeopático, fitoterápico e da urinoterapia para cura da AIDS - SIDA.

Cada tratamento é independente, mas se o aidético fizer com perseverança dois ou os três tratamentos simultaneamente, o resultado é mais rápido.

Observação importantíssima. O aidético que está fazendo o tratamento convencional com o coquetel anti-AIDS, deve continuar usando os medicamentos químicos até que o seu médico requisite novo exame e no novo exame esteja comprovado não estar com o vírus da AIDS. O aidético deve continuar usando os medicamentos químicos recomendados pelo médico.

PRIMEIRO TRATAMENTO COM BASE NO LIVRO DO TERAPEUTA JAIME BRUNING
PLANTAS MEDICINAIS
1º mês
1ª quinzena: Agrião; bardana; batata-de-purga.
2ª quinzena: Raiz de Caruru-bravo; Chapéu-de-couro; Cipó-mil-homens.
2º mês
1ª quinzena: Dente-de-leão; Erva-de-bugre; Limão.
2ª quinzena: Pau-ferro; Sabugueiro; Saesaparilha.
3º mês
1ª Quinzena: Sassafras; Serralha-brava; Sete-sangrias.
2ª Quinzena: Taiuiá; Tansagem; Tarumã.
4º mês
1ª quinzena: Urtiga-vermelha; Capim-gordura; Pita.
2ª quinzena: Cipó-mil-homens; Cocos nucifera ou Coco-dabaía; Cana-de-macaco
5º mês
1ª Quinzena: Tiririca; Murta; Jatobá.
Reiniciar o tratamento a partir do primeiro mês por, mais 4 meses e meio.
Como preparar o chá das plantas medicinais?

1ª fase. Aquecer meio litro d´água em uma vasilha, chaleira, colocar num copo pequenos pedaços das folhas ou cascas ou raízes de três das ervas da quinzena, por cima colocar a água quente.

Deixar alguns minutos tapado o copo com guardanapo ou pano limpo.

2ª fase. Colocar uma colherinha de chá desta infusão no copo dágua vazio. Por cima da colherinha do chá colocar água até quase completar o copo. Tomar vagarosamente.

3ª fase. Por dia deve-se tomar de 4 a 8 copos, com este preparado com três ervas, durante cada semana.

4ª fase. Em cada nova quinzena repetir este tratamento com novas ervas, seguindo a ordem acima, ou outra ordem que você escolher.

Esclarecimento complementar: caso em sua cidade você não encontre todas as ervas listadas, fique tranquilo, vá fazendo o chá e tomando em cada quinzena três ervas, conforme a combinação a sua vontade. Em cada semana, use novamente mais três ervas seguintes da lista. Quando terminar reinicie o tratamento até completar nove meses.

TRATAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS CONFORME O PADRE ROQUE BARTH

SUGESTÕES DE TRATAMENTOS TESTADOS COM ÊXITO PELO PADRE Renato ROQUE BARTH, TERAPEUTA NA NICARÁGUA, BRASIL, ANGOLA E MOÇAMBIQUE

O Padre Roque tratou 2000 aidéticos em Moçambique com as formulas abaixo.

PRIMEIRO tratamento APRESENTADO:

PLANTAS PARA DECOMPOR O HIV E ELIMINAR OS RETROVIRUS RESULTANTES:

CAMOMILA, CIPRESTE, GIRASSOL, SALSA, TRANÇA AFRICANA, MANGERONA, TIRIRICA. Opcional: CANA DE AÇUCAR.

SEGUNDA ETAPA.

PLANTAS PARA DECOMPOR OS HIV E ELIMINAR OS RETROVIRUS RESULTANTES:

ALOE SILVESTRE, ARNICA MIUDA, AVELOZ, CORDÃO DE FRADE PEQUENO, BANANEIRA, CANA DE ACÇUAR, JAMELÂO. ABACATE(Opcional).

SEGUNDO TRATAMENTO APRESENTADO

PRIMEIRO fase.

PLANTAS PARA DECOMPOR OS HIV E ELIMINAR OS RETROVIRUS RESULTANTES:

EUCALIPTO, MELÃO DE SÃO CAETANO, BARBATIMAO, GRAVIOLA, SALSAPARRILHA, PIÇAO E CIPÓ MILHOMEN. Substituta : Artemísia.

SEGUNDA fase.

PLANTAS PARA DECOMPOR OS HIV E ELIMINAR OS RETROVIRUS RESULTANTES:

TITÔNIA (FLOR DA AMAZONIA)
ALGODÃO
GUACO
MACELA
ASSA PEIXE
CANA DO BREJO
SUBSTITUTA: QUEBRA PEDRA DE HASTE.

TERCEIRO TRATAMENTO APRESENTADO

PRIMEIRA fase.

PLANTAS PARA DECOMPOR OS HIV E ELIMINAR OS RETROVIRUS RESULTANTES:

TITONIA (FLOR DA AMAZONIA), BARBATIMAO, CIPÓ MILHOMEN. PIÇAO, SALSAPARRILHA Artemísia.
SANGRA DÁGUA. Substituta: ALFAZEMA

APÓS A CONSTATAÇÃO DA ELIMINAÇÃO DO HIV

PRIMEIRA SUGESTÃO DE TRATAMENTO

PLANTAS PARA A RECUPERAÇAO DO SISTEMA IMUNLÓGICO, APÓS A ELIMINAÇÃO DOS HIV e os RETRO-VIRUS RESULTANTES:

ALFAVACA, ASSA-PEIXE, JAMELÃO, PINO, GOIABEIRA, MELISSA (ERVA CIDEREIRA), MIL EM RAMA ( SUSBSTITUT (PRÓPOLIS A 10%).

SEGUNDA SUGESTÃO DE TRATAMENTO

PLANTAS PARA A RECUPERAÇAO DO SISTEMA IMUNLÓGICO, APÓS A ELIMINAÇÃO DOS HIV e os RETRO-VIRUS RESULTANTES:

CATUABA, PITANGA, EMBAUBA, GUAÇATONGA, ALOE VERA, ALGODÃO, NEEN (NIN). Substituta Alfavaca.

SEGUNDO TRATAMENTO: HOMEOPATIAS

Homeopatia substância energética de origem mineral, animal ou vegetal ou de origem de doenças dos humanos. Os medicamentos são adquiridos em farmácias homeopáticas brasileiras. Medicamentos livres que podem ser adquiridos sem receita médica, por qualquer brasileiro ou residente no país.

1º mês:
Medorrhinum CH 12-30 mL - 5 gotas diárias.
Homeopatia SOLO CH 06/20ml – 5 gotas diárias
Melinis minutiflora CH 12-5 gotas diárias.

2º mês:
Luesinum CH 12-30 mL - 5 gotas, duas vezes ao dia.
Schinus mole CH 12 - 5 gotas, duas vezes ao dia.
Homeopatia Faecalis equi ch 6/20 ml – 5 gotas diárias.

3º mês:
Tuberculinum CH 12-30 mL - 5 gotas, duas vezes ao dia.
Melinis minutiflora CH 15 - 5 gotas, duas vezes ao dia. De preferência usar cada medicamento com no mínimo de uma hora de intervalo.

4º mês:
Carcinosinum CH 12-30 mL - 5 gotas, duas vezes ao dia.
5º mês:
 Staphisagria CH 12-30 mL - 5 gotas, duas vezes ao dia.
6º mês:
Psorinum CH 12-30 mL - 5 gotas, duas vezes ao dia.
7º mês:
Thuya CH 12-30 mL - 5 gotas, duas vezes ao dia.
8º mês:
Calcarea carbonica CH 12-30 mL - 5 gotas, duas vezes ao dia.
9º mês:
Sulphur CH 12-30 mL - 5 gotas, duas vezes ao dia.

Observação: Se usar somente plantas medicinais o tratamento é eficaz. Se usar somente homeopatia, também o tratamento é eficaz, mas se usar os dois tratamentos durante os nove meses, os resultados são mais rápidos.

Se associar ainda o tratamento da urinoterapia ou da homeopatia da urina, que o próprio aidético mesmo irá preparar, vai se curar com mais rapidez!

O aidético ficará triste porque vai se despedir da sua AIDS, quando ficar curado vai sentir e falar, ah, como era bom quando eu era aidético!!! Tinha coquetel de graça fornecido pelo nosso governo, agora não preciso mais destas benesses governamentais, vou caminhar com minhas pernas e seguir a orientação da minha mente: não sou mais escravo mental afirmando que sou um incurável.


TERCEIRO TRATAMENTO
Urinoterapia


Beber um copo da própria urina, preferencialmente a primeira urina da manhã. Pode ser usado por vários meses seguidos. O tratamento com a urina tem o poder de curar centenas de doenças nos humanos. No país China, neste planeta, a urinoterapia já é usada há mais de 5000 anos.

QUARTO TRATAMENTO
Homeopatia da urina

Como preparar a homeopatia da urina.

O material necessário é:

- Uma garrafa vazia de água mineral.
- Uma garrafa com o conteúdo da água mineral, sem gás.

1ª ETAPA

Colocar um centímetro cúbico (1 mL) da própria urina na garrafa vazia. Colocar por cima da urina 9 centímetros de água mineral, sem gás. Fechar bem a garrafa. Sacudir e bater várias vezes o conteúdo em torno de trinta a ciqüenta vezes, a urina+água.

2ª ETAPA

Abrir a garrafa. Derramar, deixando no fundo um centímetro cúbico, (jogando fora, 9 centímetros cúbicos) deste conteúdo da primeira etapa. Colocar mais 9 centímetros de água mineral. Fechar a garrafa. Novamente sacudir trinta a cinqüenta vezes.

3ª ETAPA

Abrir a garrafa. Derramar 9 cm cúbicos, deixando um cm cúbico no fundo da garrafa. Colocar mais 9 centímetros cúbicos de água mineral. Fechar a garrafa. Novamente sacudir mais trinta a cinqüenta vezes.

4ª ETAPA

Abrir a garrafa. Derramar jogando fora, 9 centímetros cúbicos aproximadamente deste conteúdo da terceira etapa e deixar no fundo um centímetro cúbico. Colocar mais 9 centímetros cúbicos de água mineral. Fechar a garrafa. Novamente sacudir de trinta a cinqüenta vezes.

5ª ETAPA

Abrir a garrafa. Derramar jogando fora, 9 centímetros cúbicos aproximadamente deste conteúdo da quarta etapa e deixar no fundo um centímetro cúbico. Colocar mais 9 centímetros cúbicos de água mineral. Fechar a garrafa. Novamente sacudir de trinta a cinqüenta vezes.

6ª ETAPA

Abrir a garrafa. Derramar, jogando fora, 5 centímetros aproximadamente deste conteúdo da quinta etapa (deixar no fundo um centímetro). Colocar 5 centímetros de álcool farmacêutico. Fechar a garrafa. Novamente sacudir em torno de vinte a trinta vezes. A homeopatia da sua urina está pronta.

COMO TOMÁ-LA?

Diariamente tomar 5 gotas duas ou três vezes ao dia, durante dois meses.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTÍSSIMA

Usar água mineral, sem gás ou água natural, de nascente, vertente, sem poluição. Não serve a água mineral gaseificada, porque o processo desta água, altera, prejudica a forma natural da água. Possui elementos químicos que alteram o conteúdo natural da água tornando-a prejudicial à saúde humana.

SEGUNDA OBSERVAÇÃO

Quem tiver dificuldade de preparar a homeopatia da urina, deve pedir na farmácia homeopática, ou farmácia de manipulação que se disponha a preparar a homeopatia da sua urina. Colher a urina e levá-la o mais rápido possível à farmácia de manipulação. Não são todas as farmácias de manipulação que aceitam fazer este preparado, que é chamado autonosódio.


QUINTO TRATAMENTO

Mais um tratamento. O sabonete de aroeira tem poder curativo fantástico. Ao tomar banho, ensaboar o corpo com o sabonete de aroreira, que tem o poder de puxar para fora as doenças. Ajuda a acelerar a cura. Se não encontrar em sua cidade o sabonete de aroeira, através do e-mail cursohomeopatia@terra.com.br – lhe será indicado onde adquiri-lo mais próximo da sua cidade.



SEXTO TRATAMENTO
Homeopatia do sangue



Como preparar a homeopatia do sangue?.

O material necessário é:
- Uma garrafa vazia de água mineral.
- Uma garrafa com o conteúdo da água mineral, sem gás.

1ª ETAPA

Colocar algumas gotas do seu sangue na garrafa vazia. Colocar por cima da urina 9 centímetros de água mineral, sem gás. Fechar bem a garrafa. Sacudir e bater várias vezes o conteúdo em torno de trinta a cinquenta vezes, o sangue+água.

2ª ETAPA

Abrir a garrafa. Derramar, deixando no fundo um centímetro cúbico, (jogando fora, 9 centímetros cúbicos) deste conteúdo da primeira etapa. Colocar mais 9 centímetros de água mineral. Fechar a garrafa. Novamente sacudir trinta a cinquenta vezes.

3ª ETAPA

Abrir a garrafa. Derramar 9 cm cúbicos, deixando um cm cúbico no fundo da garrafa. Colocar mais 9 centímetros cúbicos de água mineral. Fechar a garrafa. Novamente sacudir mais trinta a cinqüenta vezes.

4ª ETAPA

Abrir a garrafa. Derramar jogando fora, 9 centímetros cúbicos aproximadamente deste conteúdo da terceira etapa e deixar no fundo um centímetro cúbico. Colocar mais 9 centímetros cúbicos de água mineral. Fechar a garrafa. Novamente sacudir de trinta a cinqüenta vezes.

5ª ETAPA

Abrir a garrafa. Derramar jogando fora, 9 centímetros cúbicos aproximadamente deste conteúdo da quarta etapa e deixar no fundo um centímetro cúbico. Colocar mais 9 centímetros cúbicos de água mineral. Fechar a garrafa. Novamente sacudir de trinta a cinqüenta vezes.

6ª ETAPA

Abrir a garrafa. Derramar, jogando fora, 30 centímetros aproximadamente deste conteúdo da quinta etapa (deixar no fundo um centímetro). Colocar 30 centímetros de álcool farmacêutico. Fechar a garrafa. Novamente sacudir em torno de vinte a trinta vezes. A homeopatia do sangue está pronta.

COMO TOMÁ-LA?

Diariamente tomar 5 gotas duas ou três vezes ao dia, durante dois meses.


O TRATAMENTO
Sal marinho

Na sua alimentação diária, no preparo almoço, jantar, etc, usar sempre sal marinho, ao invés do sal industrializado. O sal industrializado ou iodado perde a virtude curativa natural. O sal marinho, apenas secado ao sol e sem ser adicionado produtos químicos possui 72 minerais que o organismo humano precisa e o uso constante e diário do sal marinho acelera a cura de quaisquer doenças, inclusive dos portadores do vírus da AIDS. Aprenda a ler rótulos e saiba distinguir o sal industrializado com produtos químicos, do sal marinho natural, apenas secado ao sol.

Se não encontrar o sal marinho natural, nas casas de produtos veterinários o sal grosso destinado ao gado contém os 72 minerais que são negados aos humanos. O sal MOSSORÓ NELORE é um sal puro. O sal escrito iodato, indica que já foi alterado por processos químicos e já perdeu a sua qualidade natural. O sal natural contém os minerais de todos os continentes do planeta e estão sendo misturados e diluídos há biliões de anos. Quando industrializado ele perde o seu poder natural de cura.

Advertência: O autor deste blog não é responsável pelo conteúdo acima exposto e muito menos pode ser responsabilizado pelo mau emprego das receitas nela contidas.  

PROJECTO LIBOLO

Estive em Calulo, Libolo, a terra que me viu nascer, como congressista convidado ao Congresso Internacional Linguístico (20° Conferência Anu...