Um homem que vive na Alemanha foi processado por não conseguir engravidar a mulher do vizinho, depois de ser contratado por 2 mil euros para isso (coisas dos nguetas).
Demetrius Soupolos e a mulher, Traute, queriam ter uma criança, mas descobriram que Soupolos não poderia ter filhos. Por isso, decidiram contratar Maus, na esperança que o homem casado e com dois filhos pudesse engravidar Traute. A informação foi divulgada pela publicação alemã "Bild".
Depois de seis meses e nenhuma gravidez – com uma média de tentativas de três vezes por semana –, Soupolos insistiu para que Maus passasse por exames médicos. Os testes mostraram que o vizinho também é estéril. Por isso, a mulher de Maus foi obrigada a admitir que as duas crianças não eram dele.
De acordo com o “Bild”, a Justiça de Sttutgart, na Alemanha, ficará responsável pela decisão sobre o caso. Outras agências dizem que, no processo, Soupolos pede seus 2 mil euros de volta. O vizinho, no entantanto, não quer devolver a quantia, porque não havia dado garantias de gravidez.
Decida você o que é pior: (Dê sua opinião)
1) Ir a justiça cobrar um sujeito que "comeu" sua mulher por seis meses.
2) Contratar um sujeito para "comer" sua mulher por seis meses.
3) Descobrir que você é estéril enquanto tenta engravidar a mulher do vizinho, ganhando para isso.
4) Descobrir que os dois filhos que você tem não são seus.
5) "Cornear" o vizinho e descobrir que já foi corno, no mínimo duas vezes.
6) Comer uma mulher que se chama "Traute", ainda que recebendo pra isso (com esse nome, imaginem o naipe da baranga)
7) Todas as anteriores
Descreve Angola na adversidade e no plural, suas gentes, hábitos e costumes e não só. Sem filosofar e sem estrias nem sofismas, aqui você acompanha Angola e os angolanos no seu melhor.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Ary foi agredida com ataques físicos e verbais
Luanda - A cantora angolana Aryvalda foi agredida com ataques físicos e verbais no aeroporto 4 de Fevereiro na capital de Angola Luanda quando a mesma regressava de uma digressão do showmen Yury da Cunha, pela esposa de Manuel Mantorras a senhora Nina.
Aryvalda mantinha um relacionamento com o famoso Manuel Mantorras, foi vistas por varias vezes aos beijos em centros comerciais com o mesmo na metrópole, Lisboeta este relacionamento já vinha a se enrolar a um bom tempinho.
A Jovem Cantora continua com os seus trabalhos ambiciosos no mundo da música africana, Ary anunciou que irá lançar seu segundo CD no segundo semestre deste ano.
Sobre o primeiro álbum, Ary disse que em comparação ao primeiro CD “Sem substituições”, desta vez pretende ter menos participações.
Quanto ao título do próximo trabalho discográfico, ela disse que poderá escolher entre “Sem substituições 2 "Ou ainda mais Ary”.
De referir que Ary foi considerada uma das três vozes femininas mais admiradas da atualidade. No concurso para a atribuição das Divas de Angola, realizado em Novembro de 2008, foi considerada a Diva do Momento.
Por:J.Mukwano
*Este texto foi escrito conforme ao novo acordo ortográfico.
Aryvalda mantinha um relacionamento com o famoso Manuel Mantorras, foi vistas por varias vezes aos beijos em centros comerciais com o mesmo na metrópole, Lisboeta este relacionamento já vinha a se enrolar a um bom tempinho.
A Jovem Cantora continua com os seus trabalhos ambiciosos no mundo da música africana, Ary anunciou que irá lançar seu segundo CD no segundo semestre deste ano.
Sobre o primeiro álbum, Ary disse que em comparação ao primeiro CD “Sem substituições”, desta vez pretende ter menos participações.
Quanto ao título do próximo trabalho discográfico, ela disse que poderá escolher entre “Sem substituições 2 "Ou ainda mais Ary”.
De referir que Ary foi considerada uma das três vozes femininas mais admiradas da atualidade. No concurso para a atribuição das Divas de Angola, realizado em Novembro de 2008, foi considerada a Diva do Momento.
Por:J.Mukwano
*Este texto foi escrito conforme ao novo acordo ortográfico.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Porque o Wikileaks deve ser protegido
por John Pilger
Em 26 de Julho o sítio web Wikileaks divulgou milhares de ficheiros militares secretos dos EUA sobre a guerra no Afeganistão. Encobrimentos, uma unidade secreta de assassinatos e a matança de civis são ali documentados. Ficheiro após ficheiro, as brutalidades reflectem o passado colonial. Desde a Malásia e o Vietname até o Domingo Sangrento e Bassorá, pouco mudou. A diferença é que hoje há um modo extraordinário de saber como sociedades remotas são assoladas rotineiramente em nosso nome. O Wikileaks obteve registos de seis anos de mortes civis tanto para o Afeganistão como para o Iraque, dos quais aqueles publicados no Guardian, Der Spiegel e New York Times são apenas uma parte.
Há uma histeria compreensível nos altos escalões, com o pedido de que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, seja "perseguido e capturado" e "entregue" ("rendered"). Em Washington, entrevistei um oficial superior do Departamento da Defesa e perguntei: "Pode o sr. dar uma garantia de que os editores do Wikileaks e o seu editor-chefe, que não é americano, não será sujeito à espécie de caçada humana a que se referem os media?" Ele respondeu: "Não é minha posição dar garantias sobre qualquer coisa". Ele mencionou-me à "investigação criminal em curso" de um soldado estado-unidense, Bradley Manning, um alegado informante. Num país cuja constituição afirma proteger os que dizem a verdade, a administração Obama está a perseguir e processar mais informantes do que qualquer dos seus modernos antecessores. Um documento do Pentágono declara sem rodeios que a inteligência dos EUA pretende "marginalizar mortalmente" o Wikileaks. A táctica preferida é enlamear, com jornalistas corporativos sempre prontos a desempenhar a sua parte.
Em 31 de Julho, a célebre repórter americano Christiane Amanapour entrevistou o secretário da Defesa Robert Gates na rede ABC. Ela convidou Gates a descrever aos telespectadores a sua "ira" acerca da Wikileaks. Ela reflectia a linha do Pentágono de que "esta fuga tem sangue nas suas mãos", com isso instando Gates a considerar o Wikileaks "moralmente culpado". Tal hipocrisia vinda de um regime encharcado no sangue do povo do Afeganistão e do Iraque – como os seus próprios ficheiros tornam claro – aparentemente não é para inquérito jornalístico. Isto é dificilmente surpreendente agora que uma nova e destemida forma de responsabilidade pública, representada pelo Wikileaks, ameaça não só os feitores da guerra como os seus apologistas.
A sua propaganda actual é que o Wikileaks é "irresponsável". Anteriormente a este ano, antes de libertar o vídeo de cabine da metralhadora de um [helicóptero] Apache americano a matar 19 civis no Iraque, incluindo jornalistas e crianças, o Wikileaks enviou pessoas a Bagdad para encontrar famílias das vítimas a fim de prepará-las. Antes da divulgação dos Registos da Guerra Afegã no mês passado, o Wikileaks escreveu à Casa Branca pedindo-lhe que identificasse nomes que pudessem provocar represálias. Não houve resposta. Mais de 15 mil ficheiros foram retidos e estes, diz Assange, não serão divulgados até terem sido examinados "linha a linha" até que os nomes daqueles em risco possam ser removidos.
A pressão sobre o próprio Assange parece implacável. Na sua pátria, a Austrália, a ministra dos Estrangeiros sombra, Julie Bishop, disse que se a sua coligação de extrema direita ganhar a eleição geral de 21 de Agosto, será tomada "acção apropriada se um cidadãos australiano efectuou deliberadamente uma actividade que pudesse por em risco as vidas de forças australianas no Afeganistão ou minar de qualquer forma as nossas operações". O papel australiano no Afeganistão, efectivamente mercenário ao serviço de Washington, provocou dois resultados gritantes: o massacre de cinco crianças numa aldeia na província de Oruzgan e a esmagadora desaprovação da maioria dos australianos.
Em Maio último, a seguir à divulgação da filmagem do Apache, Assange teve o seu passaporte australiano confiscado temporariamente quando retornou ao seu país. O governo trabalhista em Canberra nega que tenha recebido pedidos de Washington para detê-lo e espionar a rede do Wikileaks. O governo Cameron também nega isto. Eles o fariam, não é? Assange, que veio a Londres no mês passado para trabalhar na revelação de registos de guerra, teve de deixar a Grã-Bretanha apressadamente para, como ele diz, "climas mais seguros".
Em 16 de Agosto, o Guardian, citando Daniel Ellsberg, descreveu o grande denunciante israelense Mordechai Vanunu como "o proeminente herói da era nuclear". Vanunu, que alertou o mundo para as armas nucleares secretas de Israel", foi sequestrado pelos israelenses e encarcerado durante 18 anos depois de ser deixado sem protecção pelo London Sunday Times, o qual publicou os documentos que ele lhe forneceu. Em 1983, outra denunciante heróica, Sarah Tisdall, uma responsável administrativa do Foreign Office, enviou documentos aos Guardian, que revelou como o governo Thatcher planeou adiar a chegada de mísseis de cruzeiro à Grã-Bretanha. O Guardian cumpriu uma ordem do tribunal para entregar os documentos e Tisdall foi para a prisão.
ESTENÓGRAFOS DO ESTADO
Num certo sentido, as revelações do Wikiliaks envergonham a secção dominante do jornalista dedicada meramente a registar o que lhe contam poderes cínicos e malignos. Isto é uma estenografia do Estado, não jornalismo. Olhe o sítio Wikileaks e leia um documento do Ministério da Defesa que descreve a "ameaça" do jornalismo real. Ele é considerado uma ameaça. Tendo publicado com maestria revelações do Wikileaks de uma guerra fraudulenta, o Guardian deveria agora dedicar o seu apoio editorial mais poderoso e sem reservas à protecção de Julian Assange e seus colegas, cujas revelações de verdades são tão importantes como quaisquer outras que já vi na minha vida.
Gosto do humor seco de Julian Assange. Quando lhe perguntei se estava mais difícil publicar informação secreta na Grã-Bretanha, ele respondeu: "Quando olhamos documentos etiquetados "Official Secrets Act" vemos que eles declaram ser transgressão reter a informação e uma transgressão destruir a informação. De modo que a única coisa que podemos fazer é publicá-la ".
19/Agosto/2010
O original encontra-se em http://www.johnpilger.com/page.asp?partid=584
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
Em 26 de Julho o sítio web Wikileaks divulgou milhares de ficheiros militares secretos dos EUA sobre a guerra no Afeganistão. Encobrimentos, uma unidade secreta de assassinatos e a matança de civis são ali documentados. Ficheiro após ficheiro, as brutalidades reflectem o passado colonial. Desde a Malásia e o Vietname até o Domingo Sangrento e Bassorá, pouco mudou. A diferença é que hoje há um modo extraordinário de saber como sociedades remotas são assoladas rotineiramente em nosso nome. O Wikileaks obteve registos de seis anos de mortes civis tanto para o Afeganistão como para o Iraque, dos quais aqueles publicados no Guardian, Der Spiegel e New York Times são apenas uma parte.
Há uma histeria compreensível nos altos escalões, com o pedido de que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, seja "perseguido e capturado" e "entregue" ("rendered"). Em Washington, entrevistei um oficial superior do Departamento da Defesa e perguntei: "Pode o sr. dar uma garantia de que os editores do Wikileaks e o seu editor-chefe, que não é americano, não será sujeito à espécie de caçada humana a que se referem os media?" Ele respondeu: "Não é minha posição dar garantias sobre qualquer coisa". Ele mencionou-me à "investigação criminal em curso" de um soldado estado-unidense, Bradley Manning, um alegado informante. Num país cuja constituição afirma proteger os que dizem a verdade, a administração Obama está a perseguir e processar mais informantes do que qualquer dos seus modernos antecessores. Um documento do Pentágono declara sem rodeios que a inteligência dos EUA pretende "marginalizar mortalmente" o Wikileaks. A táctica preferida é enlamear, com jornalistas corporativos sempre prontos a desempenhar a sua parte.
Em 31 de Julho, a célebre repórter americano Christiane Amanapour entrevistou o secretário da Defesa Robert Gates na rede ABC. Ela convidou Gates a descrever aos telespectadores a sua "ira" acerca da Wikileaks. Ela reflectia a linha do Pentágono de que "esta fuga tem sangue nas suas mãos", com isso instando Gates a considerar o Wikileaks "moralmente culpado". Tal hipocrisia vinda de um regime encharcado no sangue do povo do Afeganistão e do Iraque – como os seus próprios ficheiros tornam claro – aparentemente não é para inquérito jornalístico. Isto é dificilmente surpreendente agora que uma nova e destemida forma de responsabilidade pública, representada pelo Wikileaks, ameaça não só os feitores da guerra como os seus apologistas.
A sua propaganda actual é que o Wikileaks é "irresponsável". Anteriormente a este ano, antes de libertar o vídeo de cabine da metralhadora de um [helicóptero] Apache americano a matar 19 civis no Iraque, incluindo jornalistas e crianças, o Wikileaks enviou pessoas a Bagdad para encontrar famílias das vítimas a fim de prepará-las. Antes da divulgação dos Registos da Guerra Afegã no mês passado, o Wikileaks escreveu à Casa Branca pedindo-lhe que identificasse nomes que pudessem provocar represálias. Não houve resposta. Mais de 15 mil ficheiros foram retidos e estes, diz Assange, não serão divulgados até terem sido examinados "linha a linha" até que os nomes daqueles em risco possam ser removidos.
A pressão sobre o próprio Assange parece implacável. Na sua pátria, a Austrália, a ministra dos Estrangeiros sombra, Julie Bishop, disse que se a sua coligação de extrema direita ganhar a eleição geral de 21 de Agosto, será tomada "acção apropriada se um cidadãos australiano efectuou deliberadamente uma actividade que pudesse por em risco as vidas de forças australianas no Afeganistão ou minar de qualquer forma as nossas operações". O papel australiano no Afeganistão, efectivamente mercenário ao serviço de Washington, provocou dois resultados gritantes: o massacre de cinco crianças numa aldeia na província de Oruzgan e a esmagadora desaprovação da maioria dos australianos.
Em Maio último, a seguir à divulgação da filmagem do Apache, Assange teve o seu passaporte australiano confiscado temporariamente quando retornou ao seu país. O governo trabalhista em Canberra nega que tenha recebido pedidos de Washington para detê-lo e espionar a rede do Wikileaks. O governo Cameron também nega isto. Eles o fariam, não é? Assange, que veio a Londres no mês passado para trabalhar na revelação de registos de guerra, teve de deixar a Grã-Bretanha apressadamente para, como ele diz, "climas mais seguros".
Em 16 de Agosto, o Guardian, citando Daniel Ellsberg, descreveu o grande denunciante israelense Mordechai Vanunu como "o proeminente herói da era nuclear". Vanunu, que alertou o mundo para as armas nucleares secretas de Israel", foi sequestrado pelos israelenses e encarcerado durante 18 anos depois de ser deixado sem protecção pelo London Sunday Times, o qual publicou os documentos que ele lhe forneceu. Em 1983, outra denunciante heróica, Sarah Tisdall, uma responsável administrativa do Foreign Office, enviou documentos aos Guardian, que revelou como o governo Thatcher planeou adiar a chegada de mísseis de cruzeiro à Grã-Bretanha. O Guardian cumpriu uma ordem do tribunal para entregar os documentos e Tisdall foi para a prisão.
ESTENÓGRAFOS DO ESTADO
Num certo sentido, as revelações do Wikiliaks envergonham a secção dominante do jornalista dedicada meramente a registar o que lhe contam poderes cínicos e malignos. Isto é uma estenografia do Estado, não jornalismo. Olhe o sítio Wikileaks e leia um documento do Ministério da Defesa que descreve a "ameaça" do jornalismo real. Ele é considerado uma ameaça. Tendo publicado com maestria revelações do Wikileaks de uma guerra fraudulenta, o Guardian deveria agora dedicar o seu apoio editorial mais poderoso e sem reservas à protecção de Julian Assange e seus colegas, cujas revelações de verdades são tão importantes como quaisquer outras que já vi na minha vida.
Gosto do humor seco de Julian Assange. Quando lhe perguntei se estava mais difícil publicar informação secreta na Grã-Bretanha, ele respondeu: "Quando olhamos documentos etiquetados "Official Secrets Act" vemos que eles declaram ser transgressão reter a informação e uma transgressão destruir a informação. De modo que a única coisa que podemos fazer é publicá-la ".
19/Agosto/2010
O original encontra-se em http://www.johnpilger.com/page.asp?partid=584
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
Porque o Wikileaks deve ser protegido
por John Pilger
Em 26 de Julho o sítio web Wikileaks divulgou milhares de ficheiros militares secretos dos EUA sobre a guerra no Afeganistão. Encobrimentos, uma unidade secreta de assassinatos e a matança de civis são ali documentados. Ficheiro após ficheiro, as brutalidades reflectem o passado colonial. Desde a Malásia e o Vietname até o Domingo Sangrento e Bassorá, pouco mudou. A diferença é que hoje há um modo extraordinário de saber como sociedades remotas são assoladas rotineiramente em nosso nome. O Wikileaks obteve registos de seis anos de mortes civis tanto para o Afeganistão como para o Iraque, dos quais aqueles publicados no Guardian, Der Spiegel e New York Times são apenas uma parte.
Há uma histeria compreensível nos altos escalões, com o pedido de que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, seja "perseguido e capturado" e "entregue" ("rendered"). Em Washington, entrevistei um oficial superior do Departamento da Defesa e perguntei: "Pode o sr. dar uma garantia de que os editores do Wikileaks e o seu editor-chefe, que não é americano, não será sujeito à espécie de caçada humana a que se referem os media?" Ele respondeu: "Não é minha posição dar garantias sobre qualquer coisa". Ele mencionou-me à "investigação criminal em curso" de um soldado estado-unidense, Bradley Manning, um alegado informante. Num país cuja constituição afirma proteger os que dizem a verdade, a administração Obama está a perseguir e processar mais informantes do que qualquer dos seus modernos antecessores. Um documento do Pentágono declara sem rodeios que a inteligência dos EUA pretende "marginalizar mortalmente" o Wikileaks. A táctica preferida é enlamear, com jornalistas corporativos sempre prontos a desempenhar a sua parte.
Em 31 de Julho, a célebre repórter americano Christiane Amanapour entrevistou o secretário da Defesa Robert Gates na rede ABC. Ela convidou Gates a descrever aos telespectadores a sua "ira" acerca da Wikileaks. Ela reflectia a linha do Pentágono de que "esta fuga tem sangue nas suas mãos", com isso instando Gates a considerar o Wikileaks "moralmente culpado". Tal hipocrisia vinda de um regime encharcado no sangue do povo do Afeganistão e do Iraque – como os seus próprios ficheiros tornam claro – aparentemente não é para inquérito jornalístico. Isto é dificilmente surpreendente agora que uma nova e destemida forma de responsabilidade pública, representada pelo Wikileaks, ameaça não só os feitores da guerra como os seus apologistas.
A sua propaganda actual é que o Wikileaks é "irresponsável". Anteriormente a este ano, antes de libertar o vídeo de cabine da metralhadora de um [helicóptero] Apache americano a matar 19 civis no Iraque, incluindo jornalistas e crianças, o Wikileaks enviou pessoas a Bagdad para encontrar famílias das vítimas a fim de prepará-las. Antes da divulgação dos Registos da Guerra Afegã no mês passado, o Wikileaks escreveu à Casa Branca pedindo-lhe que identificasse nomes que pudessem provocar represálias. Não houve resposta. Mais de 15 mil ficheiros foram retidos e estes, diz Assange, não serão divulgados até terem sido examinados "linha a linha" até que os nomes daqueles em risco possam ser removidos.
A pressão sobre o próprio Assange parece implacável. Na sua pátria, a Austrália, a ministra dos Estrangeiros sombra, Julie Bishop, disse que se a sua coligação de extrema direita ganhar a eleição geral de 21 de Agosto, será tomada "acção apropriada se um cidadãos australiano efectuou deliberadamente uma actividade que pudesse por em risco as vidas de forças australianas no Afeganistão ou minar de qualquer forma as nossas operações". O papel australiano no Afeganistão, efectivamente mercenário ao serviço de Washington, provocou dois resultados gritantes: o massacre de cinco crianças numa aldeia na província de Oruzgan e a esmagadora desaprovação da maioria dos australianos.
Em Maio último, a seguir à divulgação da filmagem do Apache, Assange teve o seu passaporte australiano confiscado temporariamente quando retornou ao seu país. O governo trabalhista em Canberra nega que tenha recebido pedidos de Washington para detê-lo e espionar a rede do Wikileaks. O governo Cameron também nega isto. Eles o fariam, não é? Assange, que veio a Londres no mês passado para trabalhar na revelação de registos de guerra, teve de deixar a Grã-Bretanha apressadamente para, como ele diz, "climas mais seguros".
Em 16 de Agosto, o Guardian, citando Daniel Ellsberg, descreveu o grande denunciante israelense Mordechai Vanunu como "o proeminente herói da era nuclear". Vanunu, que alertou o mundo para as armas nucleares secretas de Israel", foi sequestrado pelos israelenses e encarcerado durante 18 anos depois de ser deixado sem protecção pelo London Sunday Times, o qual publicou os documentos que ele lhe forneceu. Em 1983, outra denunciante heróica, Sarah Tisdall, uma responsável administrativa do Foreign Office, enviou documentos aos Guardian, que revelou como o governo Thatcher planeou adiar a chegada de mísseis de cruzeiro à Grã-Bretanha. O Guardian cumpriu uma ordem do tribunal para entregar os documentos e Tisdall foi para a prisão.
ESTENÓGRAFOS DO ESTADO
Num certo sentido, as revelações do Wikiliaks envergonham a secção dominante do jornalista dedicada meramente a registar o que lhe contam poderes cínicos e malignos. Isto é uma estenografia do Estado, não jornalismo. Olhe o sítio Wikileaks e leia um documento do Ministério da Defesa que descreve a "ameaça" do jornalismo real. Ele é considerado uma ameaça. Tendo publicado com maestria revelações do Wikileaks de uma guerra fraudulenta, o Guardian deveria agora dedicar o seu apoio editorial mais poderoso e sem reservas à protecção de Julian Assange e seus colegas, cujas revelações de verdades são tão importantes como quaisquer outras que já vi na minha vida.
Gosto do humor seco de Julian Assange. Quando lhe perguntei se estava mais difícil publicar informação secreta na Grã-Bretanha, ele respondeu: "Quando olhamos documentos etiquetados "Official Secrets Act" vemos que eles declaram ser transgressão reter a informação e uma transgressão destruir a informação. De modo que a única coisa que podemos fazer é publicá-la ".
Em 26 de Julho o sítio web Wikileaks divulgou milhares de ficheiros militares secretos dos EUA sobre a guerra no Afeganistão. Encobrimentos, uma unidade secreta de assassinatos e a matança de civis são ali documentados. Ficheiro após ficheiro, as brutalidades reflectem o passado colonial. Desde a Malásia e o Vietname até o Domingo Sangrento e Bassorá, pouco mudou. A diferença é que hoje há um modo extraordinário de saber como sociedades remotas são assoladas rotineiramente em nosso nome. O Wikileaks obteve registos de seis anos de mortes civis tanto para o Afeganistão como para o Iraque, dos quais aqueles publicados no Guardian, Der Spiegel e New York Times são apenas uma parte.
Há uma histeria compreensível nos altos escalões, com o pedido de que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, seja "perseguido e capturado" e "entregue" ("rendered"). Em Washington, entrevistei um oficial superior do Departamento da Defesa e perguntei: "Pode o sr. dar uma garantia de que os editores do Wikileaks e o seu editor-chefe, que não é americano, não será sujeito à espécie de caçada humana a que se referem os media?" Ele respondeu: "Não é minha posição dar garantias sobre qualquer coisa". Ele mencionou-me à "investigação criminal em curso" de um soldado estado-unidense, Bradley Manning, um alegado informante. Num país cuja constituição afirma proteger os que dizem a verdade, a administração Obama está a perseguir e processar mais informantes do que qualquer dos seus modernos antecessores. Um documento do Pentágono declara sem rodeios que a inteligência dos EUA pretende "marginalizar mortalmente" o Wikileaks. A táctica preferida é enlamear, com jornalistas corporativos sempre prontos a desempenhar a sua parte.
Em 31 de Julho, a célebre repórter americano Christiane Amanapour entrevistou o secretário da Defesa Robert Gates na rede ABC. Ela convidou Gates a descrever aos telespectadores a sua "ira" acerca da Wikileaks. Ela reflectia a linha do Pentágono de que "esta fuga tem sangue nas suas mãos", com isso instando Gates a considerar o Wikileaks "moralmente culpado". Tal hipocrisia vinda de um regime encharcado no sangue do povo do Afeganistão e do Iraque – como os seus próprios ficheiros tornam claro – aparentemente não é para inquérito jornalístico. Isto é dificilmente surpreendente agora que uma nova e destemida forma de responsabilidade pública, representada pelo Wikileaks, ameaça não só os feitores da guerra como os seus apologistas.
A sua propaganda actual é que o Wikileaks é "irresponsável". Anteriormente a este ano, antes de libertar o vídeo de cabine da metralhadora de um [helicóptero] Apache americano a matar 19 civis no Iraque, incluindo jornalistas e crianças, o Wikileaks enviou pessoas a Bagdad para encontrar famílias das vítimas a fim de prepará-las. Antes da divulgação dos Registos da Guerra Afegã no mês passado, o Wikileaks escreveu à Casa Branca pedindo-lhe que identificasse nomes que pudessem provocar represálias. Não houve resposta. Mais de 15 mil ficheiros foram retidos e estes, diz Assange, não serão divulgados até terem sido examinados "linha a linha" até que os nomes daqueles em risco possam ser removidos.
A pressão sobre o próprio Assange parece implacável. Na sua pátria, a Austrália, a ministra dos Estrangeiros sombra, Julie Bishop, disse que se a sua coligação de extrema direita ganhar a eleição geral de 21 de Agosto, será tomada "acção apropriada se um cidadãos australiano efectuou deliberadamente uma actividade que pudesse por em risco as vidas de forças australianas no Afeganistão ou minar de qualquer forma as nossas operações". O papel australiano no Afeganistão, efectivamente mercenário ao serviço de Washington, provocou dois resultados gritantes: o massacre de cinco crianças numa aldeia na província de Oruzgan e a esmagadora desaprovação da maioria dos australianos.
Em Maio último, a seguir à divulgação da filmagem do Apache, Assange teve o seu passaporte australiano confiscado temporariamente quando retornou ao seu país. O governo trabalhista em Canberra nega que tenha recebido pedidos de Washington para detê-lo e espionar a rede do Wikileaks. O governo Cameron também nega isto. Eles o fariam, não é? Assange, que veio a Londres no mês passado para trabalhar na revelação de registos de guerra, teve de deixar a Grã-Bretanha apressadamente para, como ele diz, "climas mais seguros".
Em 16 de Agosto, o Guardian, citando Daniel Ellsberg, descreveu o grande denunciante israelense Mordechai Vanunu como "o proeminente herói da era nuclear". Vanunu, que alertou o mundo para as armas nucleares secretas de Israel", foi sequestrado pelos israelenses e encarcerado durante 18 anos depois de ser deixado sem protecção pelo London Sunday Times, o qual publicou os documentos que ele lhe forneceu. Em 1983, outra denunciante heróica, Sarah Tisdall, uma responsável administrativa do Foreign Office, enviou documentos aos Guardian, que revelou como o governo Thatcher planeou adiar a chegada de mísseis de cruzeiro à Grã-Bretanha. O Guardian cumpriu uma ordem do tribunal para entregar os documentos e Tisdall foi para a prisão.
ESTENÓGRAFOS DO ESTADO
Num certo sentido, as revelações do Wikiliaks envergonham a secção dominante do jornalista dedicada meramente a registar o que lhe contam poderes cínicos e malignos. Isto é uma estenografia do Estado, não jornalismo. Olhe o sítio Wikileaks e leia um documento do Ministério da Defesa que descreve a "ameaça" do jornalismo real. Ele é considerado uma ameaça. Tendo publicado com maestria revelações do Wikileaks de uma guerra fraudulenta, o Guardian deveria agora dedicar o seu apoio editorial mais poderoso e sem reservas à protecção de Julian Assange e seus colegas, cujas revelações de verdades são tão importantes como quaisquer outras que já vi na minha vida.
Gosto do humor seco de Julian Assange. Quando lhe perguntei se estava mais difícil publicar informação secreta na Grã-Bretanha, ele respondeu: "Quando olhamos documentos etiquetados "Official Secrets Act" vemos que eles declaram ser transgressão reter a informação e uma transgressão destruir a informação. De modo que a única coisa que podemos fazer é publicá-la ".
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
O poder muda a pessoa
O psicanalista J. Lacan [1] ,observou que a partir do momento em que alguém se vê "rei", ele muda sua personalidade. Um cidadão qualquer quando sobe ao poder [2] , altera seu psiquismo. Seu olhar sobre os outros será diferente; admita ou não ele olhará "de cima" os seus "governados", os "comandados", os "coordenados", enfim, os demais.
Estar no poder, diz Lacan, "dá um sentido interiormente diferente às suas paixões, aos seus desígnios, à sua estupidez mesmo". Pelo simples fato de agora ser "rei", tudo deverá girar em função do que representa a realeza. Também os "comandados" são levados pelas circunstâncias a vê-lo como o "rei do pedaço".
La Boétie [3] parecia indignado em perceber o quanto o lugar simbólico de poder faz o populacho se oferecer a uma certa "servidão voluntária". Bourdieu chama-nos atenção para a força que o símbolo exerce sobre os indivíduos e grupos. Antes de ocupá-lo, o poder atrai e fascina; depois de ocupado tende a colar a alguns como se lhes fossem eterno. Aí está a diferença entre um Fidel Castro e um Nelson Mandela. O primeiro e a maioria dos ditadores pretendem se eternizar no poder, o segundo, mais sábio, toma-o como transitório, evitando ser possuído pelo próprio. ("Possuído", sim, pois o poder tem algo de diabólico, que tenta, que corrompe, etc).
Uma vez no poder, o sujeito precisará de personas (máscaras) e molduras de sobrevivência. A persona serve para enganar a si e aos outros. A moldura, é algo necessário para delimitar simbolicamente a acção dele enquanto representante do poder. A ausência de moldura ou o seu mau uso fará irromper a força pulsional do sujeito que anseia por mais e mais poder, podendo vir a se tornar uma patologia psíquica. A história colecciona exemplos: Hitler, Stalin, Mobutu, Collor de Melo, Pol Pot, Idi Amim, etc.
No filme As loucuras do rei George III [4] , da Inglaterra, somos levados a perceber duas coisas: o quanto que as pessoas recusavam a ideia de um rei que perdeu a razão em função de uma doença e, que fazer para impedir alguém que representa o poder máximo de uma nação, devido a suas loucuras?
O poder faz fronteira com a loucura. Não é sem motivo que muitos loucos se julgam Napoleão ou o Rei Luís XV. Parece que há algo de "loucura narcísica" nas pessoas que anseiam chegar ao poder político (governante de uma cidade, estado ou país, ministro, membro do secretariado local), ou ao poder de uma instituição, empresa, departamento, pequeno sector de uma organização qualquer ou grupo qualquer. O narcisismo de quem ocupa o poder, revela-se na auto-admiração (o amor a si e aos seus feitos), na recusa em aceitar o que vem dos outros e no gozo que ele extrai do poder, que, levado ao extremo poderia revelar loucura. R. Kurz, é directo ao declarar que "o poder torna as pessoas estúpidas e muito poder, torna-as estupidíssimas".
O sociólogo M. Tragtenberg certa vez observou como muitos intelectuais discursam uma preocupação pelo "social", mas estão mesmo preocupados com a sua "razão do poder". Há uma espécie de "gozo louco" pelo poder, que faz subir a cabeça dos que estão jogando para ganhá-lo um dia.
O psicólogo Ricardo Vieira, da UERJ, de quem me inspirei para continuar seu artigo, levanta os quatro primeiros indicadores de mudanças que ocorrem com as pessoas que chegam ao poder:
1) no modo de vestir: o terno, a gravata, o blazer e o tailleur que, antes eram utilizados em circunstâncias especiais, passam a ser usados cotidianamente, mesmo quando não é necessário utilizá-los. Alguns demonstram certo constrangimento em trocar a surrada camiseta e passar a usar um blazer ou uma camisa de linho, pelo menos nas ocasiões especiais. Se antes usava um cabelo comprido, despenteado, logo é orientado a cortá-lo, penteá-lo, dar um trato. Na última eleição para perfeito de Maringá, um candidato foi orientado pelo seu marketeiro para mudar o cabelo enrolado por um penteado de brilhantina. Perdeu a eleição.
2) mudam as relações pessoais: os antigos companheiros poderão ser substituídos por novos, que o leva a sentir-se menos ameaçado. O sentimento persecutório de "ser mal visto", precisa ser evitado a qualquer preço por quem ocupa o poder.
3) Temperamento: altera o tratamento com o outro, que torna-se autoritário com seus subordinados; gritos e ameaças passam a ser seu estilo. Certa vez, perguntaram a Maquiavel se era melhor ser amado que temido? O autor de O príncipe respondeu que "os dois mas se houver necessidade de escolha, é melhor ser temido do que amado".
4) mudam os antigos apoios e alianças. Aqueles que o apoiaram chegar ao poder, transformam-se em arquivos vivos dos seus defeitos. O poder leva a desidentificação com os antigos colegas de profissão. É o caso do presidente FHC e do seu Ministro da Educação Paulo Renato Souza, depois de executivos, ambos não se vêem mais professores.
5) Resistência em fazer autocrítica. Antes, vivia criticando tudo que era governo ou tudo que constituía como efeito de governo. Mas, logo que passa a ocupar o poder, revela "sua outra face", não suportando a mínima crítica. O poder os torna cegos e surdos a crítica. Uma pesquisa de Pedro Demo, da Universidade de Brasília, constata que os profissionais de academias apreciam criticar a tudo e a todos, mas são pouco eficazes na crítica para consigo mesmos. Enquanto só teorizavam, nada resolviam, mas quando passam a ocupar um cargo que exige acção prática, terá que testar a teoria; agora é que "a prática se torna o critério da verdade" [5] . Por falta de referencial e por excesso de idealismo, é frequente ocorrerem bobagens e repetições dos antigos adversários, tais como: fazer aumentos abusivos de impostos, aplicar multas injustas, discursos cínicos para justificar um ato imoral de abuso de poder, etc. Há um provérbio oriental que diz: "quem vence dragões, também vira dragão".
Os sujeitos quando no poder protege-se da crítica reforçando pactos de auto-engano com seus colegas de partido. Reforçam a crença de que representam o Bem contra o Mal, recusam escutar o outro que lhe faz crítica e que poderia norteá-lo para corrigir seus erros e ajudar a superar suas contradições. Se entrincheirarem no grupo narcísico, o discurso político tornar-se-á dogmático, duro, tapado, e podemos até prever qual será o seu futuro se tomar o caminho de também eliminar os divergentes internos e fazer mais acções de governo contra o povo, "em nome do povo".
Infelizmente assim é o poder: seduz, corrompe, decepciona e faz ponto cego e surdo nos seus ocupantes temporários.
* Psicanalista e professor da UEM
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[1] Jacques Lacan, psicanalista francês, que propôs o retorno à leitura da obra de S. Freud. Cf.: Seminário 1. Ed. Zahar, 1979, p. 318.
[2] Max Weber define que o"poder é toda chance, seja ela qual for de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contar a relutância dos outros". Para M. Foucault, nas duas obras, Vigiar e Punir e Microfísica do poder, faz uma genealogia do poder. Constata que o poder se exerce na sociedade não apenas através do Estado e das autoridades formalmente constituídas, mas de maneiras as mais diversas, em uma multiplicidade de sentidos, em níveis distintos e variados, muitas vezes sem nos darmos conta disso.
[3] Etienne La Boétie, filósofo francês, autor do Discurso da Servidão Voluntária. Cf.: Brasiliense, 1982.
[4] O rei George III reinou na Inglaterra no séc. 18 Ficou louco devido a uma doença, a porfiria, desconhecida na época.
[5] Dito por L. Feuerbach
RAYMUNDO DE LIMA
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