Ofensiva libertadora do Soyo 1976
Fonte: Jornal de Angola
A operação estava incluída no Plano Operacional do Estado-Maior Geral das FAPLA, chefiado pelo comandante Xiyetu,para a libertaçáo total do País das forças invasoras.
O general Salviano de Jesus Sequeira, “Kianda”, na altura oficial da IX Brigada de Infantaria Motorizada, descreveu ao nosso jornal como tudo se desenrolou: “a reconquista da cidade do Soyo inseriu-se no âmbito de uma ampla operação para a libertação do Norte de Angola. A contra-ofensiva foi realizada em duas direcções, uma com as Forças da IX Brigada de Infantaria Motorizada que partiu rumo às Mabubas,Nambuangongo, Vista Alegre, Quitexe, Uíge, Songo, Bessa Monteiro, Nzeto, Quinzau, Soyo e Ponta do Padrão. A outra com as forças de um regimento cubano, que tomou a direcção Ndalatando, Lucala, Samba Caju, Camabatela, Negage, Damba, Maquela do Zombo, Cuimba e Mbanza Congo.
A IX Brigada de Infantaria Motorizada era comandada pelo comandante Ndozi. O regimento cubano, pelo comandante Tchué.
“As Forças da IX Brigada de Infantaria Motorizada integravam também, além da assessoria cubana, uma companhia de tanques cubana e um pelotão de artilharia reactiva BM-21. Com o regimento cubano operavam também algumas pequenas unidades angolanas enquadradas por oficiais e sargentos cubanos”, recorda o general Kianda.
“Quanto à companhia de comandos Corvos ao Imbondeiro, que desde a sua criação se subordinava ao Estado-Maior Geral das FAPLA e cumpria as suas missões em diversos teatros operacionais, a partir do momento em que a Batalha de Kifangondo ficou decidida, foi agregada à IX Brigada de Infantaria Motorizada”, disse.
O general Kianda lembra que no decorrer da contra-ofensiva da IX Brigada de Infantaria Motorizada e posteriormente à tomada da cidade do Nzeto, o comandante Ndozi introduziu na ordem combativa os “Corvos ao Imbondeiro”, conjuntamente com uma outra companhia de comandos, comandada pelo actual general Nzumbi.
As duas companhias de comandos e uma companhia de reconhecimento em viaturas blindadas de reconhecimento cumpriram a missão de destacamento avançado da IX Brigada de Infantaria Motorizada porque se previa que no decorrer da marcha na direcção Nzeto,Tomboco,Quinzau e Soyo, fosse necessário travar alguns combates de encontro.
“Num desses combates de encontro, três quilómetros a Norte do rio Mbridge, foram feridos o comandante adjunto Roseira, da companhia Corvos ao Imbondeiro, e o chefe de pelotão da outra companhia de comandos, Vieira Lopes, tendo este ficado ferido hum pé, como resultado do impacto de um pedaço de blindagem do veículo de transporte blindado que accionou uma mina anti-tanque, tendo-lhe cortado a bota e parcialmente o pé”, disse o general Kianda.
Ndozi sempre à frente
“Considero importante destacar que no comando mais avançado dos tropas da IX Brigada de Infantaria Motorizada em direcção ao Soyo, estava o comandante Ndozi, que não perdeu uma única oportunidade de observar, pessoalmente, a área de combate”, disse o general Kianda.
O destacamento avançado, constituído por duas companhias de comandos, uma companhia de reconhecimento, uma bateria de artilharia reactiva e uma bateria de artilharia anti-aérea era dirigido pelo comandante Kianda.
O oficial general disse ao nosso jornal que não discorda do relato produzido “pelos bravos combatentes da companhia de comandos Corvos ao Imbondeiro “dos quais tenho muitas e boas recordações além de admiração”. Mas relativamente às acções combativas da unidade, na reconquista da cidade do Soyo “desdobraram-se simultaneamente as outras unidades que constituíam o Destacamento Avançado. Tanto assim que no quartel inimigo onde foi ferido o então comandante da companhia de comandos Nelson Gaspar, ao mesmo tempo foi atingido gravemente, no pulmão, o corajoso combatente, chefe de um dos carros blindados da Companhia de Reconhecimento, o camarada Zeca Ndongo”.
Momentos de heroísmo
O general Kianda recorda um pormenor do heróico combate: “enquanto o comando Américo Oliveira, debaixo de fogo, evacuava o comandante Nelson Gaspar do interior do quartel, simultaneamente eu - desculpem-me a falta de modéstia - evacuava às costas o camarada Zeca Ndongo”.
A batalha pela libertação da cidade do Soyo teve várias acções combativas conta a coligação constituída pela FNLA, as forças armadas do Zaire e mercenários: “ outros camaradas também foram feridos. Gostava de lembrar-me do nome de todos, até porque foram poucos os feridos da nossa parte. Mas tenho na memória o Paulito, comandante adjunto da bateria de artilharia anti-aérea. Nos combates para a ocupação do Soyo, infelizmente tivemos um morto, o camarada Pilartes da Silva”. Muito importante: “a libertação da cidade do Soyo foi realizada pela IX Brigada de Infantaria Motorizada, constituída pelo Destacamento Avançado (duas companhias de comandos, uma companhia de reconhecimento em BRDM, uma bateria de artilharia anti-aérea e uma Bateria de GRAD-P cujos esforços foram incrementados pelas forças principais da Brigada, que desenvolveram a ofensiva até à Ponta do Padrão, impedindo a reorganização das tropas da FNLA enquadradas por mercenários e tropas das Forças Armadas do Zaire”.
Reconhecimento aéreo
O general Kianda recorda que a batalha pela libertação da cidade do Soyo. Esta “foi facilitada pelo reconhecimento, aéreo a bordo de uma avioneta, do comandante Ndalu chefe do Estado-Maior IX Brigada de Infantaria Motorizada e pelo comandante Ngongo, chefe de Artilharia, que nos enviavam os dados referentes às direcções e locais de fuga das tropas inimigas”.
A reconquista da cidade do Soyo “foi mais uma batalha das muitas realizadas desde Kifangondo pelos valorosos e corajosos combatentes da IX Brigada de Infantaria Motorizada, à qual estava agregada a companhia de xomandos Corvos ao Imbondeiro”.
Os militares gostam de esclarecer todos os pormenores. E o general Kianda esclarece um ponto final: “quero destacar que em todas as acções combativas levadas a cabo pela IX Brigada de Infantaria Motorizada, desde as Mabubas até à Ponta do Padrão, na província do Zaire, ela saiu sempre vitoriosa. E todas as acções foram hábil, corajosa e decididamente comandadas pelo comandante David Moisés Ndozi,um filho do Soyo”.
O general Salviano de Jesus Sequeira, “Kianda”, na altura oficial da IX Brigada de Infantaria Motorizada, descreveu ao nosso jornal como tudo se desenrolou: “a reconquista da cidade do Soyo inseriu-se no âmbito de uma ampla operação para a libertação do Norte de Angola. A contra-ofensiva foi realizada em duas direcções, uma com as Forças da IX Brigada de Infantaria Motorizada que partiu rumo às Mabubas,Nambuangongo, Vista Alegre, Quitexe, Uíge, Songo, Bessa Monteiro, Nzeto, Quinzau, Soyo e Ponta do Padrão. A outra com as forças de um regimento cubano, que tomou a direcção Ndalatando, Lucala, Samba Caju, Camabatela, Negage, Damba, Maquela do Zombo, Cuimba e Mbanza Congo.
A IX Brigada de Infantaria Motorizada era comandada pelo comandante Ndozi. O regimento cubano, pelo comandante Tchué.
“As Forças da IX Brigada de Infantaria Motorizada integravam também, além da assessoria cubana, uma companhia de tanques cubana e um pelotão de artilharia reactiva BM-21. Com o regimento cubano operavam também algumas pequenas unidades angolanas enquadradas por oficiais e sargentos cubanos”, recorda o general Kianda.
“Quanto à companhia de comandos Corvos ao Imbondeiro, que desde a sua criação se subordinava ao Estado-Maior Geral das FAPLA e cumpria as suas missões em diversos teatros operacionais, a partir do momento em que a Batalha de Kifangondo ficou decidida, foi agregada à IX Brigada de Infantaria Motorizada”, disse.
O general Kianda lembra que no decorrer da contra-ofensiva da IX Brigada de Infantaria Motorizada e posteriormente à tomada da cidade do Nzeto, o comandante Ndozi introduziu na ordem combativa os “Corvos ao Imbondeiro”, conjuntamente com uma outra companhia de comandos, comandada pelo actual general Nzumbi.
As duas companhias de comandos e uma companhia de reconhecimento em viaturas blindadas de reconhecimento cumpriram a missão de destacamento avançado da IX Brigada de Infantaria Motorizada porque se previa que no decorrer da marcha na direcção Nzeto,Tomboco,Quinzau e Soyo, fosse necessário travar alguns combates de encontro.
“Num desses combates de encontro, três quilómetros a Norte do rio Mbridge, foram feridos o comandante adjunto Roseira, da companhia Corvos ao Imbondeiro, e o chefe de pelotão da outra companhia de comandos, Vieira Lopes, tendo este ficado ferido hum pé, como resultado do impacto de um pedaço de blindagem do veículo de transporte blindado que accionou uma mina anti-tanque, tendo-lhe cortado a bota e parcialmente o pé”, disse o general Kianda.
Ndozi sempre à frente
“Considero importante destacar que no comando mais avançado dos tropas da IX Brigada de Infantaria Motorizada em direcção ao Soyo, estava o comandante Ndozi, que não perdeu uma única oportunidade de observar, pessoalmente, a área de combate”, disse o general Kianda.
O destacamento avançado, constituído por duas companhias de comandos, uma companhia de reconhecimento, uma bateria de artilharia reactiva e uma bateria de artilharia anti-aérea era dirigido pelo comandante Kianda.
O oficial general disse ao nosso jornal que não discorda do relato produzido “pelos bravos combatentes da companhia de comandos Corvos ao Imbondeiro “dos quais tenho muitas e boas recordações além de admiração”. Mas relativamente às acções combativas da unidade, na reconquista da cidade do Soyo “desdobraram-se simultaneamente as outras unidades que constituíam o Destacamento Avançado. Tanto assim que no quartel inimigo onde foi ferido o então comandante da companhia de comandos Nelson Gaspar, ao mesmo tempo foi atingido gravemente, no pulmão, o corajoso combatente, chefe de um dos carros blindados da Companhia de Reconhecimento, o camarada Zeca Ndongo”.
Momentos de heroísmo
O general Kianda recorda um pormenor do heróico combate: “enquanto o comando Américo Oliveira, debaixo de fogo, evacuava o comandante Nelson Gaspar do interior do quartel, simultaneamente eu - desculpem-me a falta de modéstia - evacuava às costas o camarada Zeca Ndongo”.
A batalha pela libertação da cidade do Soyo teve várias acções combativas conta a coligação constituída pela FNLA, as forças armadas do Zaire e mercenários: “ outros camaradas também foram feridos. Gostava de lembrar-me do nome de todos, até porque foram poucos os feridos da nossa parte. Mas tenho na memória o Paulito, comandante adjunto da bateria de artilharia anti-aérea. Nos combates para a ocupação do Soyo, infelizmente tivemos um morto, o camarada Pilartes da Silva”. Muito importante: “a libertação da cidade do Soyo foi realizada pela IX Brigada de Infantaria Motorizada, constituída pelo Destacamento Avançado (duas companhias de comandos, uma companhia de reconhecimento em BRDM, uma bateria de artilharia anti-aérea e uma Bateria de GRAD-P cujos esforços foram incrementados pelas forças principais da Brigada, que desenvolveram a ofensiva até à Ponta do Padrão, impedindo a reorganização das tropas da FNLA enquadradas por mercenários e tropas das Forças Armadas do Zaire”.
Reconhecimento aéreo
O general Kianda recorda que a batalha pela libertação da cidade do Soyo. Esta “foi facilitada pelo reconhecimento, aéreo a bordo de uma avioneta, do comandante Ndalu chefe do Estado-Maior IX Brigada de Infantaria Motorizada e pelo comandante Ngongo, chefe de Artilharia, que nos enviavam os dados referentes às direcções e locais de fuga das tropas inimigas”.
A reconquista da cidade do Soyo “foi mais uma batalha das muitas realizadas desde Kifangondo pelos valorosos e corajosos combatentes da IX Brigada de Infantaria Motorizada, à qual estava agregada a companhia de xomandos Corvos ao Imbondeiro”.
Os militares gostam de esclarecer todos os pormenores. E o general Kianda esclarece um ponto final: “quero destacar que em todas as acções combativas levadas a cabo pela IX Brigada de Infantaria Motorizada, desde as Mabubas até à Ponta do Padrão, na província do Zaire, ela saiu sempre vitoriosa. E todas as acções foram hábil, corajosa e decididamente comandadas pelo comandante David Moisés Ndozi,um filho do Soyo”.
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