segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Batalha de tanques ditou uma das mais importantes vitórias.

Novembro de 1987. Junto à nascente do rio Chambinga as tropas angolanas, ainda sem o saberem, estão a construir os alicerces da nova Angola e a libertar África do apartheid.
No Triângulo do Tumpo, milhares de angolanos, quase todos jovens com o máximo de 25 anos, incluindo os oficiais que comandavam as forças, fizeram renascer o espírito indomável de um povo que acompanhou Agostinho Neto no exaltante combate pela Independência Nacional. E apoiou os esforços de guerra dirigida pelo Comandante em Chefe, José Eduardo dos Santos, o líder que nunca foi vencido.
Um punhado de jovens angolanos escreveu, naquele Novembro de 1987, páginas que vão ficar gravadas a ouro no livro de honra daqueles que lutaram pela liberdade. Quando se fizer a chamada dos que aniquilaram o regime racista de Pretória, os sobreviventes dos combates de Mavinga, do Chambinga, do Tumpo e do Cuito Cuanavale estão na primeira linha, mostrando o seu orgulho de serem angolanos.
Batalha de tanques ditou uma das mais importantes vitórias.
Novembro de 1987. Junto à nascente do rio Chambinga as tropas angolanas, ainda sem o saberem, estão a construir os alicerces da nova Angola e a libertar África do apartheid.
No dia 11 de Novembro de 1987, em plenos combates na zona da nascente do rio Chambinga, o jornal “Star” de Joanesburgo noticiava que “Cuba nega que as suas tropas estejam a combater contra os sul-africanos”.
O jornal “Granma” em Havana escreveu em editorial de primeira página, no dia anterior, 18 de Novembro de 1987, que “são falsos e infundados os relatos sul-africanos que referem o envolvimento de cubanos e soviéticos nos combates do sul de Angola”. Era a verdade nua e crua.
O comandante Fidel de Castro, no livro “Cuba e Angola lutando pela liberdade de África e a nossa”, página 80, escreve: “Uma situação verdadeiramente crítica foi criada no Cuito Cuanavale, onde não estavam cubanos, porque a unidade cubana mais próxima, estava 200 quilómetros a Oeste”. A História só pode ser escrita por homens verdadeiramente honrados e com verdade.
No Triângulo do Tumpo, milhares de angolanos, quase todos jovens com o máximo de 25 anos, incluindo os oficiais que comandavam as forças, fizeram renascer o espírito indomável de um povo que acompanhou Agostinho Neto no exaltante combate pela Independência Nacional. E apoiou os esforços de guerra dirigida pelo Comandante em Chefe, José Eduardo dos Santos, o líder que nunca foi vencido.
Um punhado de jovens angolanos escreveu, naquele Novembro de 1987, páginas que vão ficar gravadas a ouro no livro de honra daqueles que lutaram pela liberdade. Quando se fizer a chamada dos que aniquilaram o regime racista de Pretória, os sobreviventes dos combates de Mavinga, do Chambinga, do Tumpo e do Cuito Cuanavale estão na primeira linha, mostrando o seu orgulho de serem angolanos. No dia 9 de Novembro de 1987, junto à nascente do rio Chambinga, começaram os heróicos combates dos angolanos. O jornal “Star” de Joanesburgo, na sua edição do dia 11, noticia que “Pretória reconhece que 25 dos seus soldados foram mortos em confrontos nas últimas três semanas, quando apoiavam a UNITA contra uma ofensiva governamental”. Helmoed Roemer Heitman descreve com pormenores precisos como decorreu a “Operação Moduler”, na sua terceira e última fase, e como terminou a 26 de Novembro, com a retirada das tropas sul-africanas vergadas ao peso de derrota.
Nascente do rio Chambinga
Dia 9 de Novembro de 1987, dois dias antes do 12º aniversário da Independência Nacional. Após os combates de Mavinga, as Brigadas das FAPLA agrupam-se na zona do rio Chambinga e preparam a “limpeza do terreno” para retomarem a ofensiva. Mas o alto comando das tropas sul-africanas decidiu também passar à ofensiva.
O objectivo era empurrar as tropas angolanas para a margem Oeste do rio Cuito, tomar a vila do Cuito Cuanavale e isolar as nossas Brigadas.
Helmoed Roemer Heitman revela a composição das forças da África do Sul: 3.000 soldados, 500 viaturas, batalhões da UNITA, centenas de canhões e outras armas pesadas. A força atacante era constituída pelo 4º Batalhão de Infantaria, 61º Batalhão de Infantaria Mecanizada (tanques) com três companhias, um esquadrão de tanques “Oliphant”, uma bateria de canhões G5 (oito peças), uma secção de canhões G6 (três peças) - uma versão auto-propulsada do canhão G5. Tinha ainda um grupo de lança-roquetes múltiplos Valkyrie, os “Shindungus”, dois grupos mecanizados de combate, e a Task Force “Delta”, unidade de reconhecimento, informação e infiltração.
Também estavam “embebidos” nas tropas dos racistas vários batalhões da UNITA de Jonas Savimbi.
Primeiros combates
As FAPLA estavam em grande desvantagem em homens e meios. A proporção era de um para quatro. O inimigo avançou sobre a 16ª Brigada, que se defendeu heroicamente numa mata cerrada na nascente do rio Chambinga. Os invasores organizaram as tropas em Força A, que atacou pelo Sudoeste, a Força B, que atacou no sentido Sul-Norte, e a Força C, mais as unidades da UNITA, que atacaram pelo Norte.
Dia 9 de Novembro de 1987, às cinco da manhã. Começa um intenso bombardeamento de artilharia pesada sobre as posições da 16ª Brigada das FAPLA. Pela primeira vez são utilizados pelo inimigo os canhões G6. Logo a seguir entram em acção os aviões “Mirage”. A Força A chega rapidamente ao pé da “linha de contacto”. A resposta das tropas angolanas é violenta e o inimigo recua ficando de reserva na retaguarda. As FAPLA detectam nesta manobra uma armadilha e ficam nas suas posições.
A Norte, a Força C move-se para o ataque. As tropas da UNITA marcham à frente, mas logo que entram em combate retiram desordenadamente. Os oficiais sul-africanos estavam convencidos de que iam encontrar as forças angolanas divididas, com unidades na perseguição à Força A. Este erro foi fatal. O comando “lamentou” ter enviado a tropa da UNITA à frente dos tanques, porque foram confundidos com as FAPLA.
Dia 9 de Novembro entre as oito e as nove da manhã. Cinco tanques das tropas angolanas lançam-se contra os tanques “Oliphant” e transportadores blindados “Ratel”. O fogo é intenso. Uma hora mais tarde, ao avançar sobre a 16ª Brigada, a Força C fica inutilizada. Os apontadores angolanos estavam em cima das árvores e de lá orientavam o tiro dos morteiros.
Uma secção de desembarque das forças do apartheid, ao saltar de um tanque “Ratel”, é dizimada pelo fogo dos morteiros.
Em desespero de causa, a Companhia D do Batalhão Búfalo tenta entrar nas linhas de defesa da 16ª Brigada, e é rechaçada. A Companhia B do Batalhão Búfalo fica inviabilizada face ao fogo preciso das forças angolanas
Inimigo desmoralizado
No auge da batalha, uma antiaérea ZU de 33 milímetros atingiu um tanque “Ratel”. Um sul-africano morre. Um “Ratel” paralisa um tanque T54 das FAPLA, mas um T55 passa-lhe por cima. São esmagados o comandante e o condutor. Outro ocupante tentou fugir a pé e foi abatido.
Às dez da manhã, um tanque T55 põe fora de combate um “Oliphant”. Numa pausa dos combates os oficiais do comando sul-africano manifestam desalento e culpam os “Oliphant” da derrota. De melhor tanque do mundo, o “Oliphant” passou a ter pouca capacidade de manobra, o depósito do combustível com baixa autonomia e pouco preciso no tiro. Os invasores começaram a perceber que para chegarem ao Cuito Cuanavale tinham muito que penar e muito soldado para morrer.
Os combates terminaram às 14h30. Os sul-africanos contam as baixas e ficam desmoralizados. As terras pantanosas e sagradas do Cuando Cubango estavam a ser um autêntico cemitério dos soldados do apartheid.
11 de Novembro de 1987 às seis horas da manhã. A 16ª Brigada está na parte Sul da nascente do rio Chambinga em posições muito favoráveis. De repente, começam os bombardeamentos de artilharia que duraram até às nove horas. Quando se calaram os canhões, um grupo de diversão ataca e retira-se para Leste. As FAPLA percebem que era mais uma armadilha e não se movem. Passados 30 minutos, a força principal ataca as forças angolanas.
Fonte:JA 15 de Novembro, 2014

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