A VELHA QUESTÃO QUEM COMEÇOU COM A GUERRA EM 1975.
BREVE CRONOLOGIA DE ANGOLA
1483 – Portugal faz exploração ao longo da costa angolana.
1575 – Portugal inicia tráfico de escravos.
1900-1932 – Conquistadas três tribos significativas, mas todas resistem à consolidação da dominação portuguesa.
BAKONGO – Norte de Angola
KIMBUNDU – Norte e Centro de Angola (Luanda)
OVIMBUNDU – Centro de Angola (50% do total da população de Angola)
MOVIMENTOS NACIONALISTAS DE ANGOLA
HOLDEN ROBERTO, Presidente da FNLA ou Frente Nacional-1961, o mais violento. Com sede no Zaire. Contactos esporádicos com a CIA.
AGOSTINHO NETO, intelectual marxista, Presidente do MPLA-Movimento Popular; melhor organização política. Os guerrilheiros combatiam a partir da base da Zâmbia e do Congo (Brazazaville). Auxilio esporádico da União Soviética.
JONAS SAVIMBI, Presidente da UNITA-1966. Com sede na Zâmbia. Dirigiu pessoalmente a luta de guerrilha desde 1967. Doze oficiais treinados por Norte-Coreanos.
1961 – Tem inicio uma guerra de guerrilha prolongada, desencadeada separadamente por cada um dos três movimentos, combatidos pelo exército português que utilizava armas da NATO fornecidas pelos Estados Unidos.
1969 – NSSM 39 (Relatório “Tar Baby”-de Kissinger)
1973-1974 – A FNLA aceita fornecimento avultado de armas e conselheiros da China e a UNITA recebe armas também da China.
Abril 1974 – O exército português, cansado de guerras coloniais, assume o governo de Portugal.
Maio 1974 – 112 conselheiros chineses juntam-se à FNLA no Zaire. A China envia um carregamento de 450 toneladas de armas para a FNLA.
7 de Julho de 1974 – A CIA inicia secretamente o financiamento de Roberto (não aprovado pela Comissão dos 40) e faz démarches em Washington para obter apoio para a FNLA.
Agosto de 1974 – Os soviéticos reagem às iniciativas da China e dos Estados Unidos anunciando apoio moral ao MPLA.
Fins de 1974 – Os soviéticos começaram a enviar pequenas quantidades de armas para o MPLA via Congo (Brazzaville).
15 de Janeiro de 1975 – No acordo do Alvor os três movimentos de libertação concordam numa competição pacífica, sob a supervisão dos Portugueses, para eleições e independência marcadas para 11 de
Novembro de 1975.
26 de Janeiro de 1975 – A Comissão dos 40 aprova 300.000 dólares para Roberto.
Fevereiro de 1975 – A FNLA destrói a perspectiva de uma solução pacífica atacando o MPLA em Luanda e no Norte de Angola.
Março de 1975 – Os soviéticos respondem intensificando os carregamentos de armas para o MPLA. Conselheiros soviéticos e cubanos vão para Angola.
Julho de 1975 – A Comissão dos 40 aprova um programa paramilitar de 14 milhões de dólares para apoiar a FNLA e a UNITA contra o MPLA.
O MPLA expulsa a FNLA e a UNITA de Luanda.
Os Estados Unidos ignoram os apelos do Senegal para uma mediação por parte das Nações Unidas ou da Organização da Unidade Africana.
Os carregamentos de armas da CIA começam a entrar em Angola via aeroporto de Kinshasa.
As unidades blindadas do exército zairense juntam-se à FNLA e à UNITA em Angola.
Agosto de 1975 – A força da FNLA ameaça Luanda.
A CIA mente ao Congresso dos Estados Unidos sobre entrega de armas a Angola e utilização de conselheiros americanos.
O Subsecretário de Estado para os Assuntos Africanos dos Estados Unidos, demite-se como protesto pela intervenção paramilitar dos Estados Unidos.
Princípios de Setembro de 1975 – O MPLA retoma a iniciativa. Realiza uma conferência de imprensa alargada para mostrar armas norte-americanas que têm rótulos de embarque recentes da Força Aérea dos Estados Unidos.
Meados de Setembro de 1975 – O exército do Zaire compromete dois batalhões para-comandos.
Setembro de 1975 – A CIA inicia uma política de fornecimento de informação tendenciosa à imprensa dos Estados Unidos. A Agência desencoraja a discussão para uma solução pacífica entre a UNITA e o MPLA. O Departamento de Estado rejeita a abertura do MPLA para negociações.
Outubro de 1975 – Cuba começa a introduzir unidades do exército regular em Angola.
Uma coluna blindada secreta sul-africana junta-se à UNITA e dirige-se para o Norte. Colaboração entre a África do Sul e a CIA no terreno.
11 de Novembro de 1975 – Independência de Angola, proclamada pelo Presidente Agostinho Neto, em nome do Comité Central do MPLA. ESTAVA CRIADA A REPUBLICA POPULAR DE ANGOLA.
12 de Novembro de 1975 – O MPLA e os cubanos destroem e desmoralizam o exército da FNLA e do Zaire no Norte de Luanda.
Novembro de 1975 – A CIA inicia o recrutamento de mercenários em França.
Dezembro de 1975 – A CIA inicia o recrutamento de 300 mercenários portugueses.
Novembro-Dezembro de 1975 – A CIA continua a mentir ao Congresso sobre as armas e conselheiros utilizados em Angola; a Administração perde a batalha para o apoio do Congresso.
Janeiro de 1976 Retirada dos sul-africanos.
Janeiro-Fevereiro de 1976 – Um numeroso exército de cubanos e do MPLA, com aviões a jacto, helicópteros e armamento pesado esmaga a FNLA e a UNITA.
Abril de 1976 – Remunerações da CIA: 3,85 milhões de dólares dados às pessoas que apoiaram o programa.
Junho de 1976 – A CIA começa a atribuir condecorações e louvores a mais de uma centena dos seus homens comprometidos com o programa para Angola.
(J. Stockwell / 1979)
1575 – Portugal inicia tráfico de escravos.
1900-1932 – Conquistadas três tribos significativas, mas todas resistem à consolidação da dominação portuguesa.
BAKONGO – Norte de Angola
KIMBUNDU – Norte e Centro de Angola (Luanda)
OVIMBUNDU – Centro de Angola (50% do total da população de Angola)
MOVIMENTOS NACIONALISTAS DE ANGOLA
HOLDEN ROBERTO, Presidente da FNLA ou Frente Nacional-1961, o mais violento. Com sede no Zaire. Contactos esporádicos com a CIA.
AGOSTINHO NETO, intelectual marxista, Presidente do MPLA-Movimento Popular; melhor organização política. Os guerrilheiros combatiam a partir da base da Zâmbia e do Congo (Brazazaville). Auxilio esporádico da União Soviética.
JONAS SAVIMBI, Presidente da UNITA-1966. Com sede na Zâmbia. Dirigiu pessoalmente a luta de guerrilha desde 1967. Doze oficiais treinados por Norte-Coreanos.
1961 – Tem inicio uma guerra de guerrilha prolongada, desencadeada separadamente por cada um dos três movimentos, combatidos pelo exército português que utilizava armas da NATO fornecidas pelos Estados Unidos.
1969 – NSSM 39 (Relatório “Tar Baby”-de Kissinger)
1973-1974 – A FNLA aceita fornecimento avultado de armas e conselheiros da China e a UNITA recebe armas também da China.
Abril 1974 – O exército português, cansado de guerras coloniais, assume o governo de Portugal.
Maio 1974 – 112 conselheiros chineses juntam-se à FNLA no Zaire. A China envia um carregamento de 450 toneladas de armas para a FNLA.
7 de Julho de 1974 – A CIA inicia secretamente o financiamento de Roberto (não aprovado pela Comissão dos 40) e faz démarches em Washington para obter apoio para a FNLA.
Agosto de 1974 – Os soviéticos reagem às iniciativas da China e dos Estados Unidos anunciando apoio moral ao MPLA.
Fins de 1974 – Os soviéticos começaram a enviar pequenas quantidades de armas para o MPLA via Congo (Brazzaville).
15 de Janeiro de 1975 – No acordo do Alvor os três movimentos de libertação concordam numa competição pacífica, sob a supervisão dos Portugueses, para eleições e independência marcadas para 11 de
Novembro de 1975.
26 de Janeiro de 1975 – A Comissão dos 40 aprova 300.000 dólares para Roberto.
Fevereiro de 1975 – A FNLA destrói a perspectiva de uma solução pacífica atacando o MPLA em Luanda e no Norte de Angola.
Março de 1975 – Os soviéticos respondem intensificando os carregamentos de armas para o MPLA. Conselheiros soviéticos e cubanos vão para Angola.
Julho de 1975 – A Comissão dos 40 aprova um programa paramilitar de 14 milhões de dólares para apoiar a FNLA e a UNITA contra o MPLA.
O MPLA expulsa a FNLA e a UNITA de Luanda.
Os Estados Unidos ignoram os apelos do Senegal para uma mediação por parte das Nações Unidas ou da Organização da Unidade Africana.
Os carregamentos de armas da CIA começam a entrar em Angola via aeroporto de Kinshasa.
As unidades blindadas do exército zairense juntam-se à FNLA e à UNITA em Angola.
Agosto de 1975 – A força da FNLA ameaça Luanda.
A CIA mente ao Congresso dos Estados Unidos sobre entrega de armas a Angola e utilização de conselheiros americanos.
O Subsecretário de Estado para os Assuntos Africanos dos Estados Unidos, demite-se como protesto pela intervenção paramilitar dos Estados Unidos.
Princípios de Setembro de 1975 – O MPLA retoma a iniciativa. Realiza uma conferência de imprensa alargada para mostrar armas norte-americanas que têm rótulos de embarque recentes da Força Aérea dos Estados Unidos.
Meados de Setembro de 1975 – O exército do Zaire compromete dois batalhões para-comandos.
Setembro de 1975 – A CIA inicia uma política de fornecimento de informação tendenciosa à imprensa dos Estados Unidos. A Agência desencoraja a discussão para uma solução pacífica entre a UNITA e o MPLA. O Departamento de Estado rejeita a abertura do MPLA para negociações.
Outubro de 1975 – Cuba começa a introduzir unidades do exército regular em Angola.
Uma coluna blindada secreta sul-africana junta-se à UNITA e dirige-se para o Norte. Colaboração entre a África do Sul e a CIA no terreno.
11 de Novembro de 1975 – Independência de Angola, proclamada pelo Presidente Agostinho Neto, em nome do Comité Central do MPLA. ESTAVA CRIADA A REPUBLICA POPULAR DE ANGOLA.
12 de Novembro de 1975 – O MPLA e os cubanos destroem e desmoralizam o exército da FNLA e do Zaire no Norte de Luanda.
Novembro de 1975 – A CIA inicia o recrutamento de mercenários em França.
Dezembro de 1975 – A CIA inicia o recrutamento de 300 mercenários portugueses.
Novembro-Dezembro de 1975 – A CIA continua a mentir ao Congresso sobre as armas e conselheiros utilizados em Angola; a Administração perde a batalha para o apoio do Congresso.
Janeiro de 1976 Retirada dos sul-africanos.
Janeiro-Fevereiro de 1976 – Um numeroso exército de cubanos e do MPLA, com aviões a jacto, helicópteros e armamento pesado esmaga a FNLA e a UNITA.
Abril de 1976 – Remunerações da CIA: 3,85 milhões de dólares dados às pessoas que apoiaram o programa.
Junho de 1976 – A CIA começa a atribuir condecorações e louvores a mais de uma centena dos seus homens comprometidos com o programa para Angola.
(J. Stockwell / 1979)
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