Não sou inimigo, apenas penso diferente
Amigos e seguidores, é importante esclarecer um ponto: Eu, Artur Cussendala não sou militante do MPLA, apenas um simpatizante. Também não sou inimigo nem adversário da UNITA, e muito menos me considero com autoridade ou competência para sê-lo. Tenho familiares, amigos, vizinhos e colegas que militam activamente na UNITA ou que se identificam com as suas ideias — e respeito todos eles.
A minha discordância não é com o partido em si, mas com determinadas personalidades que, em nome da UNITA, dizem e fazem coisas que colidem com a minha visão da política e da história de Angola. Critico comportamentos, não filiações. O verdadeiro adversário político da UNITA é o MPLA, não cidadãos comuns como eu, que apenas exercem o direito de analisar e questionar factos históricos.
As minhas abordagens sobre a UNITA e sobre Jonas Savimbi não nascem de ódio ou partidarismo, mas de factos concretos e de leituras históricas documentadas e vivências pessoais. Infelizmente, muitos jovens de hoje tentam reinterpretar a história com base em versões idealizadas, onde o mito substitui a realidade e a emoção apaga o rigor. Pintam o passado com as cores do arco-íris, acreditando que, com o tempo, uma mentira repetida pode transformar-se em verdade.
Mas a história de Angola não pode ser romantizada nem reescrita ao gosto das paixões políticas. O que está em causa não é apenas o passado — é o modo como o interpretamos para construir o futuro. A reconciliação nacional exige memória, verdade e maturidade, não revisionismo nem idolatria.
Por isso, se um dia nos cruzarmos, não me vires a cara nem me ofendas — nem moral nem fisicamente. Eu não sou teu inimigo, nem teu adversário. Sou apenas alguém que pensa diferente. E pensar diferente, num país livre e soberano, não é um acto de hostilidade, mas um exercício de cidadania e consciência.
Artur Cussendala
Terça, 20OUT2025

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