quarta-feira, 2 de julho de 2025

A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Apesar de Agnóstico, desta vez, faço vénia e subscrevo por inteiro as palavras de André Ventura: o islamismo, tal como tem se manifestado em várias partes do mundo, é uma ameaça concreta às sociedades cristãs e às democracias seculares. E Angola, apesar de ainda pouco afetada, deve manter os olhos bem abertos.



O problema não está na fé em si, mas no radicalismo que muitos fazem dela: uma doutrina política, uma arma de submissão e um projeto civilizacional hegemónico. O islamismo radical não se contenta em conviver, ele pretende substituir, subjugar, moldar a sociedade ao seu modelo. Em muitos países onde se implantou, extinguiu a pluralidade religiosa e institucionalizou a intolerância. Igrejas são queimadas, cristãos perseguidos, mulheres reduzidas a cidadãs de segunda classe e a lei religiosa substitui os códigos civis. Basta olhar para casos como o Irão, o Afeganistão, a Somália ou a Arábia Saudita só como exemplo.

Agora vejamos aqui em Angola. Um país de maioria esmagadoramente cristã, onde a convivência religiosa foi durante muito tempo pacífica. No entanto, nos últimos anos, surgiram sinais de infiltração doutrinária por parte de movimentos islâmicos financiados por países estrangeiros. Em certas zonas do país, nomeadamente no norte e em quase toda cidade de Luanda, já se notam pregadores e comunidades que actuam à margem da nossa cultura, promovendo uma islamização silenciosa, muitas vezes associada a discursos que rejeitam abertamente os valores tradicionais, cristãos e democráticos.

É legítimo questionar: por que razão os mesmos que aqui exigem tolerância, espaço e respeito pela sua fé, não levantam a voz contra a perseguição de cristãos nos países de maioria islâmica? Por que razão tantos muçulmanos vivem confortavelmente em países laicos ou cristãos, mas nenhum país islâmico concede os mesmos direitos a igrejas e missionários?

Os decisores políticos em Angola não podem cair na armadilha da ingenuidade multicultural. A liberdade religiosa deve ser respeitada, sim, mas com vigilância. O Estado deve manter a sua laicidade, sim, mas não ser cego perante movimentos religiosos com ambições políticas e ideológicas. A soberania cultural, espiritual e social do nosso país não pode ser negociada em nome de uma tolerância que só vai numa direcção.

O islamismo radical não pede espaço — ele ocupa. Não quer coexistir — quer converter. E onde entra, mina lentamente os fundamentos da liberdade.
Um bem haja a André Ventura...

Por Artur Cussendala - Um 'ateu preguiçoso' ou melhor - um Agnóstico.

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