sexta-feira, 8 de agosto de 2025

 O Presidente da República afirmou no seu discurso à Nação, a propósito dos recentes tumultos em Luanda, que o Estado conhece tanto os instigadores internos como os externos. Ora, se de facto os conhece — como afirmou com convicção — o que espanta é a ausência de responsabilização concreta. Afinal, por que razão continuam soltos e impunes aqueles que colocam em risco vidas humanas e o património público e privado?


O pior é que não é a primeira vez. São sempre os mesmos rostos, os mesmos nomes ou estruturas que operam à sombra da legalidade, instigando a violência e a desordem, travestidos de democratas e defensores de causas populares. E o Estado, que diz conhecê-los, parece hesitar sempre na hora de agir. Já o filho do Zé-Povo que na oportunidade pegou um pacote de 'sambapitos' ou um papel higiénico, está detido, a ser julgado, condenado com penas efectivas e outros conheceram a pior situação, despachados para o campo santo.
‎ Fica a pergunta incômoda: existe algum pacto com estes "bandidos de gravata"? Há medo? Há interesses ocultos? Ou estamos perante um jogo político em que se mantém os radicais à solta para que sirvam de válvula de escape controlada, útil para momentos de distração pública ou manobras internas de poder?
‎ O povo, que paga o preço mais alto com sangue, luto e perdas materiais, tem o direito de saber. Ou o Estado age com firmeza e justiça para todos sem selectividade nem compadrio ou a sensação de impunidade só continuará a alimentar a instabilidade.

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