terça-feira, 27 de maio de 2025

 

É, no mínimo, intrigante a ausência do Presidente de Angola no desfile do Dia da Vitória na Rússia. Ainda mais depois de ter aceitado o convite pessoal de Vladimir Putin em 2024. Para um líder conhecido por não perder uma boa oportunidade de viajar — às vezes sem que o país perceba qualquer retorno prático —, essa recusa de última hora chama atenção.

O que terá motivado essa mudança repentina?
Será que Angola está, discretamente, tentando alinhar-se ao bloco ocidental no conflito da Ucrânia? Ou teria sido o desconforto de dividir espaço com figuras como Ibrahim Traoré, do Burkina Faso, que também tem sido presença constante nas agendas russas?
É bom lembrar que os laços históricos entre Angola e a Rússia são profundos. Durante décadas, Moscovo foi um dos principais aliados do país — politicamente, militarmente e até academicamente. O próprio Presidente foi formado na então União Soviética. Recusar um convite simbólico como esse, ainda mais em tempos tão sensíveis, pode ser interpretado como uma mudança de rota diplomática.
Seja como for, a ausência não passou despercebida. E, vindo de quem vem, talvez diga mais do que qualquer discurso oficial.
08 MAI 3025

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