Angola, um país de contrastes que desafia a lógica
É curioso observar como Angola parece viver uma espécie de contradição permanente. Por um lado, o discurso recorrente é de que os salários são baixos e o custo de vida é insuportavelmente alto. Por outro, os shoppings e mercadinhos estão sempre cheios, e não é raro ver carrinhos de compras abarrotados. Como explicar isso?
As passagens aéreas, tanto nacionais como internacionais, estão entre as mais caras da região, mas os voos seguem sempre cheios. Então afinal, de que é que estamos a reclamar?
É evidente que há uma franja significativa da população a viver em condições desumanas, disputando restos de comida com ratos e baratas nos contentores do lixo. Essa é uma realidade inegável e dolorosa. Mas também é verdade que, em muitos casos, o "grito de sofrimento" que se ouve pode não representar toda a gente que o emite. Há um aparente descompasso entre o que se diz e o que se vive, entre o que se reclama e o que se consome.
O que está por trás desse paradoxo? Uma economia informal robusta? Um espírito de sobrevivência resiliente? Uma cultura de aparência e ostentação? Ou será simplesmente uma desigualdade social tão profunda que mascara a realidade de muitos sob o ruído de poucos?
Fica a reflexão e quero ler o seu comentário. Aceita o desafio?
01JUN 2025
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